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Toda essa discussão minimalista de achar que uma simples medida de redução em dois anos fará diferença me assusta! Outros países reduziram e voltaram atrás por ineficiência da medida.
Jovens ricos, que podem pagar excelentes advogados, sairão privilegiados como sempre; os pobres abarrotarão ainda mais as cadeias, saindo de lá com "doutorado", alguns anos depois.
Há aqueles discursos exaltados referindo que a educação, como entidade mágica, é a solução para todos os males... discursos abstratos, generalistas.
Levando ao pragmatismo, nós, pedagogos, realmente temos boa parte da solução. Desde a alfabetização (6 anos), já podemos detectar vulnerabilidades.
Aquelas crianças desafiadoras e negativistas podem estar externando sinais de T.D.O./ T.P.D., sendo importante lembrar que cerca de 90% dos adolescentes infratores reincidentes apresentaram esses sinais na infância, todavia ninguém os ajudou a reverter, nem orientou os leigos pais.
Logicamente não é regra. Uma criança pode estar apresentando os sintomas em decorrência de um trauma. Tanto que nos relatórios para psicólogos e outros profissionais, nós apenas descrevemos os atos concretos, sem etiquetar crianças.
Ao disciplinar, dizemos em voz baixa e acocorados frente à criança:
_ Eu gosto muito de você. É com o comportamento inadequado que estou descontente e não contigo.
Entretanto, se houver um protocolo para rastrear traços exacerbadamente desafiadores e negativistas desde a educação infantil, aos 6 anos já é importante iniciar um tratamento multiprofissional.
Aos 8 anos, quando a fase das funções semióticas (jogo simbólico ou faz-de-conta) desaparece, fica mais nítido e sério o problema e a criança passa a ser taxada com "má índole", "mal educada", "sem limites".
Chegando na adolescência à deriva, a criança carrega tais comportamentos já exacerbados e o rótulo muda para Transtorno de Conduta.
E aí você me acusa:
_ Cri, então aquele garoto que atirou na filha de minha amiga podia ter sido "salvo" na infância e vocês, pedagogos, não fizeram nada?
Estou tentando sair desse "nada" aqui.
Informação é uma arma poderosa. Você deve pesquisar muito em fontes confiáveis (sites de universidades) e formar uma rede de informações.
Muito mais importante que baixar a idade penal é cuidar do TDO, pois aos 18 anos, o rótulo muda novamente: "Banditismo".
Nem todo bandido foi um TDO na infância, porém os TDOs costumam exercer função de liderança importante dentre os bandidos.
Nem todo bandido foi um TDO na infância, porém os TDOs costumam exercer função de liderança importante dentre os bandidos.
~ São crianças que deviam ser acompanhadas, permanentemente, por psicólogos.
ResponderExcluir~ Quase sempre, são provenientes de famílias disfuncionais.
~~~~~~~~Abraço amigo~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
E esse acompanhamento não vem. Passa-se uma década e os vemos por aí sem trabalho, metidos em encrencas. É terrível para uma professora a concreitização de uma tragédia anunciada.
ResponderExcluirAbreijos em alerta