1.8.15

Praticidade e jejum intermitente

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Eu sempre passei muitas horas sem alimentação por falta de tempo. Jantava e não comia mais nada até o almoço. Com o estresse e correria da manhã, não tinha a menor fome.
Nos fins de semana, beliscava cá e acolá e por vezes ingeria porcaria, não me alimentando direito nas refeições principais.
Daí, né! A idade avançou e os quilinhos indesejáveis passaram a surgir um a cada ano. Quando me dei conta, estava com 71 aos 49 anos de idade!
Levei seis meses só estudando nutrição e salvando textos em "rascunho". Dia dois de janeiro de 2014 virei o jogo.
Então, não sei de onde surgiu a moda onde muitas nutris mandam comer saudavelmente seis vezes por dia - a cada três horas (nunca tive tempo prá isso). 
Foi um processo rápido e excelente comer tantas vezes: Eliminei oito quilos em um ano com reeducação alimentar e corrida religiosamente diária de 4 km.
Acontece que os outros dois quilos necessários a eliminar, travaram geral. Até subi um kg nas férias de janeiro, que suei para tirar.
Nos exames de rotina, tudo perfeito, com exceção do colesterol estacionado na casa dos 200 e não baixa nem por decreto-lei.
E depois de um ano, aquela trabalheira de come-come regradamente, com horário certinho, passou a me tirar a fome. À qualidade alimentar eu já havia aderido, faltava dar um choque. Um chacoalhão.
Então, por já ter estudado alimentação salteada e sendo pragmática demais, me lembrei que era tão comum o jejum em minha infância rural, por motivos espirituais e terapêuticos.
Esta prática é milenar, Muçulmanos realizam até hoje, no Ramadã.
Nostalgicamente, pesquisei os efeitos colaterais, os benefícios, e vi a chance de baixar de vez o tal colesterol e exterminar dois quilinhos restantes.
Domingo é dia de folga, resolvi então usá-lo também para folgar o sistema digestório. Escolhi fazer de almoço a almoço para usar a noite a favor. Importante.
Aquela mania bizarra de fazer seis refeições diárias (Alguém sabe quem inventou isso? Dizem que foi ideia americana, ou da indústria alimentícia) agora estava de ponta-cabeça, todavia num oposto igualmente bizarro.
Nas primeiras vezes, eu comia meia maçã à noitinha. Mastigava devagarinho, sorvendo em câmera lenta aquela ideia antiga, repaginada.
De quebra, evito processos inflamatórios crônicos e ganho longevidade saudável. É tão factível, pois água saborizada e chá sem adoçar é permitido, além de um suco verde ralinho de manhã (ou café amargo).
Uma tigelinha de  caldo de mocotó (osso) caseiro e com pouco sal também é permitido antes de dormir. Nunca usei.
Uma ideia tão incoerente quanto a outra, para complementarem-se: Seis dias com seis refeições; um dia sem nada... E  lá se foram os dois quilos.

Jejum só faz sentido se integrar o processo alimentar de forma prazerosa, e não sacrificial. É indicado a humanos saudáveis e em equilíbrio. Pessoas com histórico de distúrbios alimentares ou propensas a tal devem evitar qualquer tipo de variação na dieta básica, inclusive a "moda" das seis refeições diárias sem orientação de nutricionista.

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