15.10.14

Recordando...


 
Quando de meus oito anos, talvez, como de costume, fomos ao "pastão" colher amoras. Eu e as primas da roça; não me lembro bem exatamente os membros do grupo (talvez meu irmão, Ana, Angelita).
Não se trata de amoras quaisquer, são aquelas bem vermelhas, parecidas com moranguinhos (que nem conhecíamos, as primas da cidade é que comparavam).
O pé desta amora é um arbusto de setenta centímetros,  com flores branquinhas, e vingavam com tal vigor lá  perto da nascente, junto ao "corredor das vacas"; um aglomerado delas!
Esta amora gosta de altitude e clima mais frio, e um dos insetos mais propícios `a sua polinização é a mamangava, um inseto de três centímetros.
Ela nos era tida como inofensiva, nunca havíamos sido picadas; todavia, ao devorar amoras carnudinhas com esganadez, senti uma picada  na cintura, mais para as costas.
A dor foi tão forte! Contudo criança de roça não chora. Quando percebi que não parava de doer, afastei-me do grupo e tentei olhar: a parte que consegui enxergar por detrás da cintura, formava uma rodela vermelha nas costas, do tamanho de minha mãozinha.
Fui até a mina d'água e fiquei molhando. Amenizou, e então fui mostrar. O grupo estranhou, porque são tão dóceis!
Vivo esta cena como se fosse ontem, o susto pela vermelhidão, a dor (escondida), e o assombro pelo  inseto não ter ido com a minha cara...
Morro de saudade destas amoras, que frutificavam o ano todo. Quando vejo um pé à beira de uma estradinha (elas gostam de barranco), faço o esposo parar a moto e voo sobre elas!!! 

Imagens: Google imagens.

2 comentários:

  1. Que menina corajosa! Eu também fui picada quando era pequenina e fartei-me de chorar! Bjs

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  2. Oi, Ana!
    Criança de zona rural não chora, engole! A vermelhidão tinha cerca de 10 cm de circunferência.

    Beijão procê

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