13.10.12

Viajei no tempo: Maria Fumaça!

Fomos a Paulínia (na grande Campinas) comprar tinta pó.  Poderia vir na transportadora, porém decidimos passear.
Embora com diversos (e caros) pedágios, saímos antes das seis. Paulínia é um polo petrolífero: antes de chegar, já se vê as refinarias, com chaminés acesas.
Os inúmeros vagões de trens, formato tanque, trazem o petróleo bruto. Caminhões aguardam nas vias de acesso, em filas de 20, 30, para carregar os subprodutos prontos.
Minhas tias moram em Americana, ali perto. Uma comunidade de americanos lá se instalou a décadas, formando um polo têxtil.
Antes ainda, há Limeira, polo cítrico. Nas margens da rodovia, só laranjais carregados!
Contornamos Campinas: grande demais, me dá claustrofobia, fico tensa. Paramos em Jaguariúna, na antiga estação férrea.
Já passeamos  de Maria Fumaça: entre São João Del Rei e Tiradentes - MG.
Faltava 1 h para a partida: ficamos a ver o museu ferroviário e a feirinha de artesanatos. Pudemos adentrar uma locomotiva, meter a mão na fornalha (apagada).
Na feirinha, comprei bolachinhas caseiras salgadas, temperadas com muito alho e tinindo à pimenta. Pareciam casulos minúsculos. Tentarei fazer.
Não havia a opção de percurso completo (R$ 60,00). O meio percurso não chega a Campinas (R$ 40,00). E às 10 h em ponto, o trenzinho partiu.
Para quem assistiu "Sinhá Moça", é aquele trem a vapor, pois foi filmado ali...
Há um engraçado guia explicando tudo, nomeando os lugares. Sai devagarinho, sobe o viaduto, e desce mais rápido. Ganhamos a zona rural de Jaguariúna a Campinas. 
Vencemos três estações rurais. Na última, o trem espera a chegada do irmãozinho de Campinas, com percurso completo a Jaguariúna.
Desgrudamos da locomotiva, recebemos as outras duas (juntas), pois agora é mais peso. Vamos afastando até acoplarmos aos vagões com os turistas campineiros. 
Nosso vagão foi um dia do Pantanal: Ponta Porã. Pequeno, com banquinhos de madeira. O encosto é reversível: quando voltamos, não precisamos viajar de costas.
Na segunda estação, voltando, um número imenso de turistas no meio do nada. Não dava para ver a estradinha até um hotel fazenda. Dois vagões reservados a eles!
O primeiro vagão é o restaurante. Compramos água e biscoitos de polvilho. As fagulhas fizeram furos nas toalhas das mesas. Queimam até as roupas. 
No lado oposto às estações, a oficina ferroviária: vagões, troles, locomotivas, carro-ambulância, uma imensidão! E os mecânicos trabalhando no restauro. Muita coisa funciona perfeitamente.
Logo mais, o clube de campo deles. E então entra uma bandinha no vagão. Cantaram modinhas antigas e passaram o chapéu: Cantora sexagenária, sanfoneiro, pandeirista e tambor.
Todos trabalhadores homens, de uniformes azuis, com exceção da foguista: longas tranças loiras, suja de fuligem como um tatuzinho. Altiva!

4 comentários:

  1. Eu adoros essas maria fumaças, por aqui tem mais eu nunca andei.Eu ia muito a Americana qdo era pequena e tenho otimas recordações de lá.
    Um abraço e obrigada pela visita.

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  2. Oi Renata! Espero que esteja ótima... Te admiro, viu?
    Voltar ao passado dá um sensação de pertencimento, de aconchego!
    Eu também agradeço a você!
    Um abraço,
    Cri.

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  3. Cristina,
    Que passeio gostoso! Eu curto muito estas cidadezinhas com ares de antigamente, trem de ferro, apito, fumaça, a vida passando diante da janelinha do trenzinho.
    Fiquei com uma vontade de comer esses biscoitinhos que falou.
    um abraço, carioca


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  4. Adorei a visita, Beth!
    O saculejo da Maria Fumaça, os rostos dos turista (digo o povo de SP), os cabritinhos a pastar, moradores da roça acenando...Desestressa!
    Grata por vir me ver,
    Cri.

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