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Me situo bem lá atrás, iniciando a idílica década de 70 na roça, pelos meus 8, 9 aninhos, numa tarde ensolarada de domingo veraneio.
Os caseiros da Fazenda "Santa Maria" foram levar costura à minha mãe: aquele bando de crianças traquinas se aglomerou.
Aproveitei para estrear meu novo par de chinelinhos havaianas. Subimos ao regato para brincar, pois era estação chuvosa e ele estava volumoso.
Este regato, tão inquebrantável em minha vida, na verdade é um canal acinturando a montanha, que abastecia com água diversas habitações sob seu curso.
Fora construído provavelmente por escravos, a levar água à antiga fabriqueta de farinha de milho na fazenda do Tio Antenor.
Após muita brincadeira morro acima, adentramos o mesmo, onde ele desviava água para a casa do Tio "Lia". Ali se acumulava muita areia ao fundo, e a correnteza era forte.
Numa pisada mais funda, meu chinelinho ficou preso na argila mole debaixo da areia. Entrei em pânico, pois acabara de estreá-lo, estava novinho!
Tinha convicção de que ele havia rodado regato abaixo, e segurando o outro com as mãos, pedi ajuda; campeamos por tudo logo adiante, fuçamos sob as moitinhas que se debruçavam na água, e nada...
Mais uma vez fui ter ao regaço de minha salvadora - a vovó me compreendeu sem xingatório e voltamos as duas à cena da tragédia. Experiente, ela remexeu a areia e arrancou milagrosamente aquela peça valiosa!
Me recordo vivazmente todo o frenesi inicial com a chegada das visitas; o desespero pela perda de um bem quase animista; e no desfecho, a delícia frutuosa; embutidos nesta infanta tarde domingueira.
Imagino o desaponto da menininha. rs
ResponderExcluirAvós são pessoas meio mágicas. Adoro ser avó.
Beijo e boa semana, Cristina.
Olá Lúcia!
ResponderExcluirTambém admiro demais as avós (sempre salvadoras). Imagina enfrentar a mãe? Melhor não.
Ótima semana também a ti.
Beijo paulista.
Salam, Cris!!
ResponderExcluirBelo relato! As avós são muitíssimo amadas de onde acabo de chegar...Veja as novidades no blog.
Tive saudades de minhas amigas blogueiras!
Com carinho,
Denise.
Boas Vindas, Denise!
ExcluirEstou curiosa sobre a viagem, até amanhã te visito.
Beijão para ti.
Cristina é incrível como nós recordamos até detalhes da nossa infância, eu me lembro quando eu ganhei uma cadelinha no meu aniversário de sete anos..emoção indescritível.
ResponderExcluirBjosss e fica com Deus
Oi Renatinha!
ExcluirEu, roceira que sou, tinha uma porquinha!
Um dia conto sobre ela.
Deus te abençoe, beijão paulista.
Olá Cristina, que alegre lembrança da infância colocada aqui em palavras, imaginei a cena, no meio da historia imaginei que tivesses puxado e arrebentado o chinelo, pois é o que eu sempre fazia,kkkkk.
ResponderExcluirDeixando meu carinho. Beijos.
Oi Verinha!
ExcluirSó não arrebentou porque tinha meia hora de uso, e a Avó tinha a técnica correta... tive medo de apanhar!
Outros beijos carinhosos.
ai que imaginei toda a cena agora, ja aconteceu comigo tbm, do chinelo ficar no lamacal :-)
ResponderExcluirmas o que mais achei legal, foi alem da tua bela descricao, tao bonita,encantadora, Cris, foi a Super Vovó Salvadora de Chinelos Perdidos. Um encanto.. eu amo avós!
Cris, vim aqui tbm agradecer a receitinha de arroz doce, cara!!! ouca os fogos de artificio, Cris de Deus, ,foi a primeira vez que acertei com esse mingauzinho, putz! to feliz. Mt obrigada, ficou mt gostoso! Fiz agorinha...
ahh qq dia falo do mingau de banana,é tbm uma verdadeira delicia do norte ;-)
Bjs e bom finde!
Oi Nina!
ExcluirEsses chinelinhos grudam mesmo... e minha Avó me salvou de cada uma!
Ainda bem que seu arroz doce ficou bom, pois a receita é no "olhômetro".
Aguardo um post sobre o mingau de banana.
Beijão prá ti, e maravilhoso domingo.
Gostei imenso destas recordações!
ResponderExcluirBeiinho e bom fds
Oi Carlos!
ExcluirGrata pela visita. Estranho como a infância fica impregnada em nós, muito mais que qualquer outra fase da vida.
Ótimo domingo, e um beijo sul americano.
Ai Cristina, que história linda. Não há nada como as avós, elas são mágicas. Abraços!
ResponderExcluirOlá Joana!
ResponderExcluirEntão, meu chinelinho novo havia deixado tão lindo aquele pesinho encardido pela terra vermelha.
Abraços brasileiros.