27.6.13

Amoras

Minha infância foi recheada por estas quatro espécies de amora.
Esta primeira, solta estes cachos a partir de um arbusto em forma de touceira com espinhos, que adora estar à beira de barrancos.
Há uma touceira destas, à borda do caminho que me leva ao sítio. Sempre verifico se há frutos maduros. Não é tão abundante nesta região.
http://www.caldeiraodeplantasmedicinais.com
Esta amora, denominada taiuva, é de uma árvore frondosa e leitosa, também espinhosa. Ao frutificar, deixa o chão forrado delas. Os pássaros fazem a festa.
Existe à beira de pequenas capoeiras. É a que menos gosto, acho enjoativa, pelo leite que contém e pelo sabor doce demais.
http://saudepelasplantas.blogspot.com.br
Esta terceira, é a favorita do bicho da seda (a folha). Se cair na roupa, mancha como tinta. Deliciosíssima, a árvore é de médio porte, com galhos finos e longos, que se curvam na hora da colheita. 
Era a única amoreira não nativa, lá no sítio do vovô.
http://segredodasfolhas.blogspot.com.br
A última sempre foi a mais abundante e minha preferida. Muito parecida ao moranguinho, só que oca.  Havia um amoral delas lá no pastão.
O pé é mais alto que o morangueiro, mede cerca de 70 centímetros, frutifica o ano todo e fica cheia de mamangavas a polinizá-la.
http://www.google.com.br

6 comentários:

  1. Olá!Boa noite
    Cristina
    ...lembrei da minha infância,no interior do Paraná, quando passava horas incontáveis comendo sob os três pés de amora que existiam no quintal de casa. Tingia meus pés, boca e mãos, como se fosse sangue ( pelo jeito , pois não me lembro direito, é essa amora da terceira foto).Me lembro, também, que meu falecido pai me "ensinava" sobre o bicho-da-seda, relacionando a existência das amoras.
    Muito encantador seu texto.
    Obrigado pelo carinho da visita
    Belo final de semana
    Beijos

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  2. Bom dia, Felisberto!
    Você também se tingia todo? E os dentinhos então...
    Certa vez, minha tia inventou de fazer geleia com estas últimas, que parecem morangos.
    Dá-lhe colher amoras, e no final diminuiu tanto. Fiquei decepcionadíssima, por tanto trabalho resultar naquele pinguinho de doce (e nem achei tão bom).

    Um excelente descanso também a ti,
    outros beijos.

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  3. Olá Cristina
    Lembro muito bem destas três, sabe que nunca mais vi, por aqui nem existe, eram umas delicias e impossível de se saciar somente com uma. Eu colhia a terceira um pouco verdinha ficava mais azeda, eu adorava.
    Belas lembranças.
    Amiga obrigada pela visita e te desejo um lindo domingo. Beijos.

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  4. Oi Verinha! Bons tempos... as crianças de hoje só comem chocolates.
    Infelizmente a industrialização da vida tem levado à quase extinção de preciosidades que não eram plantadas, nasciam naturalmente nas propriedades rurais.
    Vários de meus alunos, mesmo vivendo no interior, não conhecem plantas e animais que me foram tão comuns na infância...
    Outros beijos, e excelente domingo.

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  5. OLÁ CRISTINA

    COM UM TEMPINHO AQUI NO TRABALHO, VIM VER AS SUAS ATIVIDADES, POIS AS SUAS AMORAS TAMBÉM FAZEM PARTE DA MINHA INFÂNCIA, E NÃO SÓ... A PRIMEIRA FOTOGRAFIA É A QUE MAIS ME IDENTIFICO, TAMBÉM AQUI EM PORTUGAL, EXISTEM EM QUALQUER CAMINHO OU VALADO!!!

    1 BEIJINHO LÍDIA

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  6. Oi, Lídia... prazer em tê-la aqui!
    Quando você disse "valado", fui pesquisar. É possível que seja o mesmo "valo" que havia na roça, em minha infância.
    Era um rasgo no pasto, para separá-lo em dois, feito cerca. Uma trincheira.
    Hummm, nascia cada frutinha ali! Plantadas pelos cocozinhos dos pássaros, que adoravam aquele ambiente não descampado.

    E vivam as amoras! Outros beijos.

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