13.8.13

Amor Transcendente

Fonte: http://www.mubevirtual.com.br/pt_br?Dados&area=ver&id=233

Arte tumular - Escultor Fernando Furlanetto
Presente no cemitério do Município
Uma prima do Par faleceu a alguns meses, e hoje faleceu o esposo. Não eram jovens, estavam na casa dos 70, todavia ele gozava de boa saúde.
Desde menina, na roça, sempre admirei demais este fenômeno, onde um falece e o cônjuge segue. Há casos em que a esposa faleceu na missa de 7º dia do seu falecido.
Na família, tivemos o tio Chiquinho que após dois meses, "levou" a tia Anita, então saudável (apesar de idosa).
A alguns dias, fui ao velório de outro primo de idoso. A esposa também falecera  poucos meses antes dele.
O nome da escola ao lada de onde leciono é devido à morte precoce de uma professora. O noivo que estava com ela a cerca de vinte anos, teve um mal súbito. Após cerca de dois meses ela também se foi,  com 42 anos (lecionava normalmente e era saudável).
Na zona rural, o fenômeno era corriqueiro; talvez os casais tivessem uma sincronia maior, menos contato social externo, mais interação com a natureza, com o cosmos.
Trata-se de um fenômeno que me faz sentir o amor marital nas entranhas do universo, ilumino-me de alegria por cada casal que consegue a façanha, mesmo que possa não haver nada após a morte.
Quem me dera um dia ter o privilégio de fazer parte destas estatísticas, juntamente com meu par!
Seria assim uma espécie de prêmio máximo, após uma longa vida em comum, atingir tal simultaneidade com o Par, a ponto de desprender-se totalmente, incondicionalmente, pois quando um falece e o outro fica só por muito tempo, melancólico, é terrível...
O sogro de meu tio sofreu por seis anos, devido ao falecimento da esposa. Ansiava reencontrá-la, perdeu todo o sentido da vida, todavia tinha medo da morte. 
Temos um caso clássico no Município, que ocorreu na década de 50, onde uma garotinha faleceu com cerca de nove anos. A mãe também se foi em poucos meses: não suportou.
O escultor Fernando Furlanetto imortalizou a cena naquela que provavelmente seja uma de suas mais famosas esculturas (acima - em diversos ângulos).
A avó materna encomendou o monumento, onde a menina (que morreu numa operação de apendicite), clama pela mãe. 

2 comentários:

  1. Olá Cristina
    Menina que post fabuloso, realmente já havia percebido, pois minha avó paterna faleceu e uns dias depois foi meu avô, incrível como tem casos assim por todos os lados. Fiquei emocionada com a escultura, nem quero imaginar perder um filho deve ser bem doido mesmo. Amiga agradeço sua participação na nossa BC e peço desculpas pela ausência, simplesmente fiquei sem sinal de internet, aqui na ilha é comum, já fiquei cinco messes sem internet.
    Beijos e bom fim de semana.

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  2. Oi Verinha!
    Quando eu era pré adolescente, passei a prestar muito mais atenção a este fenômeno.
    Eu perguntava aos mais velhos, e acabei ouvindo histórias incríveis de casais que faleciam num prazo curto.
    Quanto à escultura, a história ficou famosa na cidade, justamente pelo fato da mãe não suportar continuar viva...

    Adorei participar de sua blogagem. Quando fizer outra, quero estar dentro.
    Ótimo descanso, e beijinhos mil!

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