11.9.13

Tajá



 Tirei daqui

Me lembro da estação ferroviária "Tajá", pertinho da escolinha rural onde estudei. Lá morou o Hélio, um menino mais velho, canhoto e com uma letra maravilhosa.

Espie:

Certa vez, fomos com a professora até o Tajá, visitar a casa do Hélio. Subia-se um triozinho (trilha) na montanha, lá na linha (via férrea) havia duas casas e muita coisa relacionada à ferrovia.
Hélio, como todos os que moravam lá, não permaneceu muito tempo, mas as imagens nunca sumiram. Hoje, somente há ruínas, e o único acesso é pela linha Prata-Poços.
Tínhamos que passar amedrontadamente sobre este pontilhão para acessar a estação Tajá. Meu pai desceu do trem muitas vezes nesta estação (100 metros acima do pontilhão). Quando o trem deixou de parar, eles simplesmente pulavam.


Um fazendeiro chamado Dorival, ao pular, bateu com a cabeça e ficou meu zonzo por uns dias. Deu nutrientes errados para o gado e vários morreram. Foi um falatório... 
Visão de outro ângulo do Pontilhão entra a Fonte Platina e a Cascata

Foto   daquiA nomenclatura "tajá" sempre me encantou; é indígena e designa uma planta aparentada ao inhame, podendo ser tóxica ou não.

Tajá ou taioba (comestível).  
Tajá ou tinhorão (tóxica).

Imagens daqui
 Hoje só descem pelo "Tajá" os trens com minério bauxita, para fazer alumínio. São extraídos do solo vulcânico de Poços de Caldas.

2 comentários:

  1. Oi, Cristina!
    Lembro de uma história que o meu avó contava sobre um tio-avó que morava em Guaxupé e lá plantava café. Era muito difícil o transporte até o Porto de Santos; Juntaram vários cafeicultores para construir uma ferrovia que ligaria Poços de Caldas a Ribeirão Preto e Ribeirão ao Porto de Santos, onde o café embarcaria.
    Esse sistema serviu tanto o Brasil e depois foi abandonado - andamos para trás - agora querem retornar as ferrovias.
    Sobre pessoas desaparecerem de nossas vidas... esse é um grande mistério. Melhor pensar no por quê elas surgem. Deixam seu recado e depois partem.
    Bom fim de semana!!
    Beijus,

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  2. Olá, Luma!
    Guaxipé é perto daqui, e esta é a ferrovia que sai de Poços de Caldas. Na estação Tajá já é estado de São Paulo.
    Agora já não passa café por aqui, apenas minério de bauxita, das terras vulcânicas de Poços - para fazer alumínio.

    Quanto ao Hélio, jamais o esqueci... um excelente garoto. São as efemeridades...

    Outras beijoquinhas a ti.

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