22.11.13

Da Barra a Ouro Fino

Seguimos pelo Caminho da Fé, várias vezes sobre espigões de onde se via os vales por ambos os lados. O campo de visão era infinito e profundo.
Tenho um primo, e o "Par" tem um sobrinho que fazem o caminho como ciclistas, todo ano. Nunca souberam de assalto ou maus tratos a peregrinos, porém nos trechos próximos à Aparecida, necessita-se mais cuidados.
Cortamos vários bairros rurais. Neste, a nova e bem cuidada igreja é absurdamente desproporcional ao vilarejo.
Pequenas fazendas com criação de gado é o que prevalece. É inviável agricultura mecanizada em meio a serras e mais serras.
A setinha amarela no morão da cerca dá o norte nas encruzilhadas, pois o GPS com o caminho salvo não foi confiável.
Muitos regatos escondidos entre capoeiras, que surgem de nascentes próximas, com águas cristalinas.
Placa indicando que estamos próximo ao perímetro urbano de Ouro Fino. 
Moradias serenamente instaladas num vale, atipicamente sem cercas de arame. Quem serão os moradores? 
Há também cavaleiros que fazem o Caminho da Fé, mas este não é o caso, apesar de que o pessoal da região tem substituído o cavalo pela motocicleta.
Estátua "Menino da Porteira". Não vejo graça neste monumento... sabe-se que a palavra "Ouro Fino" foi inclusa na canção apenas para rimar com "menino", embora a tragédia citada fosse mesmo corriqueira no sertão.
Igreja no centro da Cidade. Ouro Fino é uma bela e antiga cidade mineira, com o centro repleto de casarões centenários: pacata, pequena e deliciosa para uma diária relaxante.
Bem mais adiante, a cerca de três anos, um médico foi picado por abelhas (era alérgico). Ele caminhava sozinho (não se recomenda jamais) e não havia levado antialérgico. 
Quando foi encontrado por um padre, também peregrino, já agonizava... e não resistiu. Construíram uma capelinha em sua homenagem.

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