6.12.13

De Campos do Jordão à Aparecida

Mais regato cristalino escorregando pelas montanhas.
Capelinha numa fazenda. Elas são típicas nesta região, estão nas propriedades e à beira de estradas. São sempre singelas na paisagem rural.
 Estrada empoeirada, com o restante da equipe à frente.
 Enfim, asfalto. Desligamos o ar a abrimos os vidros. Desce, desce.
 Mais uma bela vista.
 Hortência de Campos do Jordão, as inflorescências rechonchudas.
 Arquitetura típica da cidade, estamos chegando.
 Agora no centro, à procura da saída para Aparecida. Não dá para seguir as setas, ou chegaremos à pousada do peregrino...
 Araucárias belíssimas (coníferas), indicando a altitude. 
 Estamos no "Parque Estadual Campos do Jordão"; ele ocupa um terço do município. Mais abaixo, ultrapassamos um grupo grande de jipeiros com várias mulheres ao volante. Corajosas, pois a trilha é demasiado íngreme e sinuosa, com pedras soltas e buracos derrapantes.
 Mais um deslumbrante vilarejo encravado na encosta montanhosa. Quer morar aqui?
 Rumo à Pindamonhangaba.
Chagamos em aparecida ao meio dia e meia, num sol a pino, com excesso de veículos e pessoas, devido ao feriado.
Paga-se R$ 13,00 no pedágio lá à frente, e cada um se vira para achar uma vaga, nada de ajudantes... comecei a me estressar.
Achamos um canto para a caminhonete, besuntamo-nos com protetor solar e fomos procurar o resto da equipe num imenso estacionamento asfaltado. Senti claustrofobia mesclada a agorafobia naquele "formigueiro humano".
Às 13 h 00 nos reunimos ao lado do bebedouro e ficamos sabendo que a próxima missa seria às 16 h 00. Apenas quatro, dentre os onze integrantes, não se contentaram com uma oração na basílica: tivemos que ficar ali até 17 h 30. 
A notícia me caiu mal porque ainda tínhamos que encontrar um sítio em "Santo Antonio dos Pinhais", do parente de um integrante, onde faríamos churrasco e dormiríamos. Ninguém sabia o caminho exato.
Passei toda a tarde sem fome alguma, tomando apenas água e observando os transeuntes, enquanto a equipe se dissolveu e sumiu em meio à multidão, para visitar a igreja antiga, o shopping e sobretudo a praça de alimentação. 
Os arredores da basílica se configuram numa grande indústria de devoção e entretenimento: passeios de trenzinho à beira do rio onde acharam a imagem, voltinha de barco por lá, venda de velas a metro, camelôs cadastrados, além do próprio estacionamento, shopping e praça de alimentação já citados. 
Os sanitários (gratuitos) são duplos: enquanto se limpa um lado, usa-se o outro. Está sempre impecável como a área externa, com funcionários uniformizados limpando tudo, acudindo desmaiados, trazendo cadeiras de rodas. Há grandes bebedouros gratuitos também.    
O "Par" devorou uma marmita, enquanto eu adentrei a maravilhosa (e repleta) basílica. É realmente magnífica, a muito tempo eu estivera ali, mas nem me lembrava. Fiz minha oração e logo saí.
O público se caracteriza por famílias completas (três gerações), com muitas pessoas de classe média baixa, nordestinos, doentes em cadeira de rodas, muitas freiras com diversos modelos de "hábitos" e também nipônicos (os japoneses adoram templos).
Quem vai de ônibus exclusivamente para a visita, passa o dia todo lá, contudo romeiros excêntricos como nós, cavaleiros, ciclistas, motoqueiros e peregrinos pedestres, ficam bem pouco tempo e logo retornam. Muitos saem com seus diplominhas de peregrinos (ciclistas e pedestres).
No próximo post mostrarei a Basílica.

8 comentários:

  1. Como é linda Campos de Jordão! Tenho que conhecer de perto! Belo passeio! bjs,chica

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  2. "Bastarde", Chiquinha!
    Região de serra é sempre bela, pois o sol vai se escorregando, volteando e tudo dourando.

    Grande abraço.

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  3. Cris,
    ainda na semana passada falei a respeito de peregrinação e a Luma me comentou sobre este caminho que vcs fizeram.Realmente são paisagens de tirar o fôlego ou de repô-lo(rs) já que o ar puro e límpido deve abrir nossos pulmões.
    Fiquei bem encantada com toda a região.
    Bom domingo.
    Bjos,
    Calu

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    1. Olá, Calu!
      Junte um grupinho e venha fazer a peregrinação, não tem segredo. Basta reservar vagas nas pousadas e arrumar um cajado (tem tudo na Net).
      Nós temos também outro caminho mais curto, chamado "Rota das Capelas", com menos de 100 km. Ele vai de Aguaí - SP a Santa Rita de Caldas - MG.

      Excelente domingo também a ti, outros beijitos.

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  4. Bom mesmo é estar neste interior de nosso Brasil, passar por caminhos e estradas arborizadas, sentir a generosidade da mãe natureza.
    Belo passeio Cristina com todos os transtornos.
    Um carinhoso abraço amiga.

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    1. Oi, toninho!
      Isso mesmo, a serenidade do caminho é de "cabo a rabo": natureza, sossego, contato com caboclos de boa prosa.
      Na Basílica há superpopulação (feirado), o que destoa de toda a introspecção anterior.

      Outro abração.

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  5. Como é lindo Campos de Jordão, né mesmo Cristina!?
    Eu adoraria voltar lá e ficar no mesmo hotel que ficamos há tempos, era tudo tão bonito e com o visual amplo e a perder de vista.
    Quanto à Basílica, sempre passei por fora, olhando-a de longe, admirando sua enorme estrutura, mas nunca lá fui e acabei gostando de conhecer por dentro aqui em seu blog, muito bonita.
    beijinhos cariocas


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    1. Oi, Alfazema!
      Dizem que durante a semana não há público e a Basílica fica aberta para visitação.
      Uma opção bem melhor que a aglomeração dos feriados. Por dentro, ela impressiona pela amplitude, conservação e sobretudo a serenidade que emana.

      Abreijos brejeiros.

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