Mais regato cristalino escorregando pelas montanhas.
Capelinha numa fazenda. Elas são típicas nesta região, estão nas propriedades e à beira de estradas. São sempre singelas na paisagem rural.
Estrada empoeirada, com o restante da equipe à frente.
Enfim, asfalto. Desligamos o ar a abrimos os vidros. Desce, desce.
Mais uma bela vista.
Hortência de Campos do Jordão, as inflorescências rechonchudas.
Arquitetura típica da cidade, estamos chegando.
Agora no centro, à procura da saída para Aparecida. Não dá para seguir as setas, ou chegaremos à pousada do peregrino...
Araucárias belíssimas (coníferas), indicando a altitude.
Estamos no "Parque Estadual Campos do Jordão"; ele ocupa um terço do município. Mais abaixo, ultrapassamos um grupo grande de jipeiros com várias mulheres ao volante. Corajosas, pois a trilha é demasiado íngreme e sinuosa, com pedras soltas e buracos derrapantes.
Mais um deslumbrante vilarejo encravado na encosta montanhosa. Quer morar aqui?
Rumo à Pindamonhangaba.
Chagamos em aparecida ao meio dia e meia, num sol a pino, com excesso de veículos e pessoas, devido ao feriado.
Paga-se R$ 13,00 no pedágio lá à frente, e cada um se vira para achar uma vaga, nada de ajudantes... comecei a me estressar.
Achamos um canto para a caminhonete, besuntamo-nos com protetor solar e fomos procurar o resto da equipe num imenso estacionamento asfaltado. Senti claustrofobia mesclada a agorafobia naquele "formigueiro humano".
Às 13 h 00 nos reunimos ao lado do bebedouro e ficamos sabendo que a próxima missa seria às 16 h 00. Apenas quatro, dentre os onze integrantes, não se contentaram com uma oração na basílica: tivemos que ficar ali até 17 h 30.
A notícia me caiu mal porque ainda tínhamos que encontrar um sítio em "Santo Antonio dos Pinhais", do parente de um integrante, onde faríamos churrasco e dormiríamos. Ninguém sabia o caminho exato.
Passei toda a tarde sem fome alguma, tomando apenas água e observando os transeuntes, enquanto a equipe se dissolveu e sumiu em meio à multidão, para visitar a igreja antiga, o shopping e sobretudo a praça de alimentação.
Os arredores da basílica se configuram numa grande indústria de devoção e entretenimento: passeios de trenzinho à beira do rio onde acharam a imagem, voltinha de barco por lá, venda de velas a metro, camelôs cadastrados, além do próprio estacionamento, shopping e praça de alimentação já citados.
Os sanitários (gratuitos) são duplos: enquanto se limpa um lado, usa-se o outro. Está sempre impecável como a área externa, com funcionários uniformizados limpando tudo, acudindo desmaiados, trazendo cadeiras de rodas. Há grandes bebedouros gratuitos também.
O "Par" devorou uma marmita, enquanto eu adentrei a maravilhosa (e repleta) basílica. É realmente magnífica, a muito tempo eu estivera ali, mas nem me lembrava. Fiz minha oração e logo saí.
O público se caracteriza por famílias completas (três gerações), com muitas pessoas de classe média baixa, nordestinos, doentes em cadeira de rodas, muitas freiras com diversos modelos de "hábitos" e também nipônicos (os japoneses adoram templos).
Quem vai de ônibus exclusivamente para a visita, passa o dia todo lá, contudo romeiros excêntricos como nós, cavaleiros, ciclistas, motoqueiros e peregrinos pedestres, ficam bem pouco tempo e logo retornam. Muitos saem com seus diplominhas de peregrinos (ciclistas e pedestres).
No próximo post mostrarei a Basílica.
Como é linda Campos de Jordão! Tenho que conhecer de perto! Belo passeio! bjs,chica
ResponderExcluir"Bastarde", Chiquinha!
ResponderExcluirRegião de serra é sempre bela, pois o sol vai se escorregando, volteando e tudo dourando.
Grande abraço.
Cris,
ResponderExcluirainda na semana passada falei a respeito de peregrinação e a Luma me comentou sobre este caminho que vcs fizeram.Realmente são paisagens de tirar o fôlego ou de repô-lo(rs) já que o ar puro e límpido deve abrir nossos pulmões.
Fiquei bem encantada com toda a região.
Bom domingo.
Bjos,
Calu
Olá, Calu!
ExcluirJunte um grupinho e venha fazer a peregrinação, não tem segredo. Basta reservar vagas nas pousadas e arrumar um cajado (tem tudo na Net).
Nós temos também outro caminho mais curto, chamado "Rota das Capelas", com menos de 100 km. Ele vai de Aguaí - SP a Santa Rita de Caldas - MG.
Excelente domingo também a ti, outros beijitos.
Bom mesmo é estar neste interior de nosso Brasil, passar por caminhos e estradas arborizadas, sentir a generosidade da mãe natureza.
ResponderExcluirBelo passeio Cristina com todos os transtornos.
Um carinhoso abraço amiga.
Oi, toninho!
ExcluirIsso mesmo, a serenidade do caminho é de "cabo a rabo": natureza, sossego, contato com caboclos de boa prosa.
Na Basílica há superpopulação (feirado), o que destoa de toda a introspecção anterior.
Outro abração.
Como é lindo Campos de Jordão, né mesmo Cristina!?
ResponderExcluirEu adoraria voltar lá e ficar no mesmo hotel que ficamos há tempos, era tudo tão bonito e com o visual amplo e a perder de vista.
Quanto à Basílica, sempre passei por fora, olhando-a de longe, admirando sua enorme estrutura, mas nunca lá fui e acabei gostando de conhecer por dentro aqui em seu blog, muito bonita.
beijinhos cariocas
Oi, Alfazema!
ExcluirDizem que durante a semana não há público e a Basílica fica aberta para visitação.
Uma opção bem melhor que a aglomeração dos feriados. Por dentro, ela impressiona pela amplitude, conservação e sobretudo a serenidade que emana.
Abreijos brejeiros.