23.12.13

Mortalidade, fecundidade e migração

Tenho grande interesse por este tema, por já ter trabalhado porta-a-porta com o escritório do IBGE municipal, onde vivia bisbilhotando.
Em agosto, foram divulgadas projeções que levam em conta três componentes do crescimento demográfico: mortalidade, fecundidade e migração.
A taxa de fecundidade projetada para 2013 no Brasil é de 1,77 filho por mulher, e 1,50 em 2030.
Mesmo com a fecundidade caindo vertiginosamente, há os dois outros quesitos a considerar: mortalidade e migração.
Nossa população deve chegar ao seu máximo (228,4 milhões) em 2042. Em 2060, voltará a um patamar próximo ao de 2025 (218,2 milhões), e continuará decaindo.
A idade média em que as mulheres têm filhos está em 27 anos e deve chegar a 29,3 anos em 2030.
A esperança de vida ao nascer deve atingir os 80 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060.
Em 2027, o Rio Grande do Sul poderá ter mais idosos que crianças, ao passo que Acre, Amazonas, Roraima e Amapá ainda teriam cerca de 30 idosos por 100 crianças.
Quanto a migração interna, em 2030 a projeção indica que Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul (?), Ceará, Alagoas, Piauí e Pernambuco deverão ter os maiores saldos negativos (saindo). Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo devem ter os maiores saldos positivos (chegando).
A razão de dependência: pessoas abaixo de 15 e acima de 64 anos sustentadas pela população de 16 a 63 anos, deve ser menor em 2022.
Cada 100 indivíduos deverão sustentar 43,3 na chamada "janela de oportunidades", chegando a 66 em 2060, onde 100 pessoas produtivas sustentarão 66 dependentes: bem mais idosos que crianças, começando a fechar a janela. 
Este “bônus demográfico” proporciona ao país oportunidades decorrentes de uma menor parcela da população a ser sustentada pelo grupo economicamente ativo. 
Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade será de 26,8%, enquanto em 2013 é de 7,4% (olha o rombo).
Com estes dados, notamos que o INSS terá que se organizar até 2022, pois estará enrascado em 2060.
A meu ver, nem tanto as aposentadorias, mas sobretudo as pensões estariam em estado de alerta. Veja bem, em minha região hoje acontece assim em inúmeros casos:
Um homem trabalha, contribui por 35 anos. Ou paga 20 anos, se aposenta por idade (65 anos), com salário mínimo. 
Aposentado, goza por cerca de 15 anos. Morre, a esposa vira pensionista (geralmente mais jovem que ele) continua a gozar o benefício por mais 20 anos. São 35 anos pagos pelo INSS a esta família.
Em muitos casos, a mesma mulher contribui um pouco, deixa de trabalhar, e ao se aproximar da idade de 60 anos, volta a pagar a taxa mínima (subsidiada) e se aposenta com 15 anos de contribuição (salário mínimo). Esta mulher viverá mais 25 anos.
Pagou por 15 e recebeu 25... mais a pensão do marido (fica com duas) durante 20 anos... a conta não fecha, gente! 
Esta fonte

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