29.1.14

Cidade

Em época de aulas, fico "internada" a manhã toda na escola, então tenho saído bastante nestas férias e observado a movimentação matinal do centro.
Como o comércio abre tarde! Às nove horas estão começando a chegar funcionários, abrindo as portas timidamente. Eu, que acordei às cinco, já estou cansada de trabalhar, neste horário.
Um fenômeno recente é a presença de muitos idosos fazendo caminhada lenta pelas calçadas do centro, acompanhados de cuidadores. Até a alguns anos, ninguém prestava muita atenção a eles, ficavam largados numa cama.
Muita gente aproveita a fresca para seguir a pé rumo ao trabalho, contudo as motos são muitas e pilotadas por mulheres jovens. Carros com uma só pessoa também imperam. 
É nesse sentido que as motos, embora perigosas, auxiliam muito o trânsito: não ocupam espaço na via e nem nos estacionamentos; são rapidinhas para estacionar, não bloqueando o trânsito; gastam menos combustível (fóssil); fluem melhor, enquanto os carros estão parados nos semáforos.
Se cada moto na via se transformasse num carro, até aqui no interior haveria congestionamentos. E há os moto-taxis, bastante usados pela população. 
Comparados aos ônibus circular, são mais caros, todavia muito mais rápidos, pois pegam e deixam a pessoa no local exato, é só ligar antes de terminar de se arrumar.
Quem mais utiliza os ônibus circular são os idosos, que não pagam passagem, viajam sentados, têm tempo de sobra e morrem de medo de trafegar numa moto. 
Pessoas que precisam economizar ou ganham passe no trabalho também usam coletivos, mas geralmente tem que andar até o ponto, aguardar (passam geralmente a cada meia hora), descer longe do destino e caminhar mais - nada que um bom planejamento não resolva.  
As bicicletas são usadas pelo pessoal da construção civil e adolescentes, geralmente homens... as poucas senhoras que usam bicicleta aqui no bairro são algumas nordestinas (uma, inclusive, usa um charmoso triciclo) e uma japonesa. Descendentes de japoneses são raros por aqui.
Não temos ciclovias, contudo o fato das mocinhas evitarem as "bicis" é bobeira. Elas são práticas, baratas (nem todas), econômicas e ecológicas, já servindo como forma de exercício físico. Para quem não tem carteira de motorista ou moto, é uma mão na roda.
Imagem daqui  

4 comentários:

  1. Também não temos ciclovias, ainda há muito que fazer na educação ecológica e formação de mentalidades respeitadoras do ambiente.
    Nos países do norte da Europa, é habitual andar de bicicleta, mesmo debaixo de neve...
    ~ ~ ~ Abraço ~ ~ ~

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  2. Olá, majo!
    Realmente é difícil usar bicicleta e correr risco de atropelamento. Com medidas simples e baratas o poder público poderia melhorar a cidade.
    Andar de bicicleta na neve é para poucos com força de espírito!
    Outro abraço a ti.

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  3. ~ Qual é a cidade, Cri? ~ Bj

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    Respostas
    1. Majo, o nome de minha cidade é São João da Boa Vista, no interior do estado de São Paulo, na região sudeste do Brasil.
      Já ouvi dizer que aí em Portugal há um lugarejo exatamente com este nome!

      Beijocas.

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