19.1.14

Jaracatiá

Ontem fomos dormir no Mamonal (sítio da avó na serra), após um mês e meio de ausência. Meus vizinhos ficaram lá conosco até anoitecer.
O primo, dono "da venda" vez bauru grátis: comi meio, sem refrigerante. Antes porém, fui à cata: peguei três dúzias de limões; aproveitei algumas pencas de bananas de dois cachos que estavam perdendo ao pé.
Após estourar gostosas castanhas de coquinho jerivá,  fui com a vizinha buscar mangas e canela no sítio do Tio. Trouxe quatro qualidades de mangas: duas nossas e duas do Tio, estavam se perdendo.
Colhi goiabas, porém ainda estão no início. O primo deu cebolinha e chuchus, que estavam lindos no jirau.
Hoje, ao caminhar pela pastagem, na trilha das vacas, encontrei pés desta frutinha: JARACATIÁ (nome dado pelos índios que aqui viviam).
São do tamanho do dedo polegar, e o caule do arbusto serve para fazer doce, o famoso doce de pau, que nunca comi, mas conheço a fama.
O caule, igual de mamoeiro, é descascado e ralado. Igual doce de laranja e cidra, fica uma semana de molho para sair o amargor, trocando-se a água; então é espremido dentro de um saco de pano e vai ao fogo sobre açúcar caramelizado. Parece cocada. Um dia, ainda hei de fazer o famoso "doce de pau"!  
Aqui, o jaracatiá mordido por mim: tem cheiro de mamão, gosto de mamão, sementinhas de mamão e mina leite como mamão. Come-se com casca e tudo; duas mordidas e se acaba. Na garganta, fica um leve geladinho, devido ao leite. 
É mais doce que o mamão; na verdade, é o seu ancestral, antes do homem realizar melhoramento genético. Eu comi vários ao longo do percurso, em três pés que encontrei. Nesta época de verão, várias frutinhas silvestres estão no ponto.
Também encontrei mandacaru (cacto), esta fruta que parece demais com sorvete de flocos,  é prima da pitaia. Na foto: flores secas e murcha, miolo delicioso, fruto semi descascado, e as cascas que sobraram. 
Trouxe um pouco "de vez", para madurarem na fruteira. Os maduros, a passarada devora, depois sai plantando cacto com os bumbuns! Há uma árvore dormitório, onde formou-se um anel de cactozinhos em volta, interessante.
Nestes pés, o fruto é amarelado e estava carregado; noutro local (no lajeado de pedras), é vermelha e este ano não deu quase nada. Este é o post do ano passado.
Colhi canela para o ano todo, pois as minhas se acabaram. Raspei os musgos, lavei e estão secando: hoje ao sol, depois à sombra.
Eu e o Par, tomamos água de canela uma vez ao dia (não recomendo em excesso, nem para quem sofre de hipertensão arterial). A canela é um dos temperos mais benéficos do Planeta, e deixa a água gostosinha.
Também achei melõezinhos. Ao serem colhidos, se abrem sozinhos. A florzinha amarela murchou, a rama é como melão de verdade, trepadeira. Chupei alguns e deixei as sementes brancas, são docinhos e enjoativos. Essas folhas de bananeira secas, são eficientes guardanapos naturais, após comer fruto do mato.
Também comi "milho de grilo", mas não trouxe para fotografar. Esta imagem é da Net. São roxos por fora e brancos por dentro, com semente, doces e sem graça O arbusto tem cerca de meio metro de altura. 
As pimentas comari também estão quase maduras, há por toda parte e ficam ótimas em março. Ajudam a emagrecer, mas ardem nos olhos após ingeridas, e atacam a gastrite. São "quentíssimas"! foto da Net.

5 comentários:

  1. Fiquei salivando. Tenho a certeza que lhe faria a melhor companhia nesse repasto campestre.
    Já experimentou ter plantas de stévia? Dizem que uma só folha adoça um chá.

    ~ ~ ~ B e i j o ~ ~ ~

    ResponderExcluir
  2. Tenho a certeza que teria sido uma alegre e felicíssima companhia nesse passeio campestre. Que coisas lindas e apetitosas!

    Já pensaste ter umas plantas de Stévia?
    Dizem que uma só folha adoça um chá. Talvez que picando as folhas e por infusão, se obtenha um bom adoçante. Penso que se poderão conservar congeladas, tal como as ervas aromáticas.
    Se realizares estas experiências, agradeço, desde já, a partilha.

    ~ ~ ~ Beijinhos amigos ~ ~ ~

    ResponderExcluir
  3. Oi, Majo!
    Olha, a stévia natural é mesmo fenomenal, visto que a industrializada leva muita química, diminuindo a qualidade.
    Deveria ser vendida em vasinhos no mercado, não sei se teria boa adaptação ao clima da serra.
    Estas aí, com exceção da canela, foram todas plantadas pelos gulosos pássaros, excretando sementes por todo lado.
    Outro beijão a ti.

    ResponderExcluir
  4. As plantas estão adaptando-se bem em Portugal, pelo que, penso que se adaptariam à serra, mas precisariam de rega.
    ~ ~ ~ Abraço ~ ~ ~

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia, Majo!
      A rega é um problema sério na serra... os primos não querem este encargo e fica tudo dependendo das chuvas, pois só vamos lá uma ou duas vezes ao mês.

      Beijos.

      Excluir

Desativado

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.