19.2.14

Plantas

Trapoeraba. Os caboclos que vinham de Minas costumavam comê-la, assustada em banha.
Limoeirinho que nasceu sozinho à beira da estrada. O limão cavalo é praga por aqui.
Moita de sapé. Usada por caboclos e indígenas para cobertura de cabanas. Atrás, alecrim do campo. À frente, e à esquerda, uma variedade de carqueja.
Pimenta comari quase invisível- pontinhos vermelhos, ao meio o mandacaru ou cardo (cujo fruto parece sorvete de flocos)  e jaracatiá (o mini-mamão), cujo caule serve para "doce de pau".
Assapeixe: excelente para varrer forno à  lenha. Deixa um suave aroma silvestre. Suas cheirosas flores brancas dão um mel de primeira grandeza.
 Pé de urucum no terreiro da casa do Tião Macumba. Faz-se o coloral com óleo e fubá, esfregando as sementinhas alaranjadas. Substitui o molho de tomate.
Aloe vera - babosa. Possui uma baba, gel que afina / limpa o sangue. Os antigos bebiam com água para evitar câncer de intestino e úlcera.
Juá. Não é aquele do Nordeste. É um frutinho ressequido não muito palatável.
Outra espécie de juá. O da direita é albino, assim como outros que estavam por lá.
Pita azul - prima da Agave Azul, aquela que se faz a tequila e o açúcar que está em moda hoje: calda de agave, considerada melhor que stevia, contudo os dois produtos são extraídos à base de química.
Goiabeiras silvestres, e um pé de nêsperas atrás. Em cada barranco há uma goiabeirinha carregada, nesta época do ano.
Junco, à beira do regato, num colchão d'água natural. Fiz muita cadeirinha com ele na infância.
Taiova / taioba: é um inhame e suas folhas parecem couve. Refogadas ao alho e gordura de porco ficam ótimas. Este exemplar está sofrendo com a seca!
Paininha de borboleta: é um arbusto venenoso onde borboletas depositam seus ovos. As larvas, taturanas amarelo e pretas (em sinal de alerta), só comem desta espécie de planta, ficando também venenosas até virarem casulos.
Moita de inhame tradicional. Costuma-se cozinhar para os porcos, porém é depurativo para o sangue e um excelente carboidrato para humanos.
Alfavaca, também chamada de manjericão grande. Uma deliciosa erva aromática para chá e tempero. Usei hoje num creme de chuchu com palmito e ficou suave.
Maracujá, losna e alecrim, do quintal do Tião Macumba. 


14 comentários:


  1. ~ Gostei muito de apreciar o teu registo fotográfico!
    ~ As coisas que tu sabes!
    ~ Adorava ter umas goiabas dessas, amadurecidas na árvore e
    biológicas, para degustar. Haaam! Seria uma delícia. ~

    ~ Gostaste da lição da folha de papel? ~

    ~ ~ ~ ~ Beijos amigos, voadores. ~ ~ ~ ~

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    1. Olá, Majo!
      Salvei o blog "Interioridades" e ainda não li, quero debruçar-me com calma sobre ele!
      Quanto às goiabas, estão se perdendo pelos barrancos; é só chegar e pegar aos montes. Eu trouxe do sítio e congelei sete copões descartáveis com polpa. Quero fazer goiabas em calda, com açúcar mascavo. Se pudesse mandar via correios...
      Beijos prá ti.

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  2. Quanta coisa a natureza nos dá! Basta saber ver! bjs, chica

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    1. Então, Chiquinha, e há tantas plantas com propriedades medicinais que estão sendo esquecidas... precisamos ressuscitá-las!

      Beijocas também a ti.

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  3. Menina,
    que aula rica tive aqui.Só conheço três das espécies que vc mostrou, mas pra mim o destaque ficou com uma expressão que há muito não ouvia: dar uma assustada na verdura(rsrs).
    Adorei!
    Bjkas, Cris.
    Calu

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    1. Oi, Calu!
      É assim que o pessoal roceiro se refere aos refogados, e com banha de porco; nada de óleos industrializados.
      Aí, à beira-mar a vegetação deve ser bem diferente da nossa!

      Outros beijões caipiras.

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    2. Essa ""assustada"" é muito importante para destruir o excesso de ácido fítico. Um bom hábito, adqurido por imtuição.
      ~ ~ ~ Abraço. ~ ~ ~

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    3. Exatamente, Majo! Na roça, pouco se usa saladas. O pessoal prefere refogar as hortaliças; ficam mais fáceis de se digerir.

      Até mais.

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  4. ~ O colega Agostinho muda de postagem no fim de semana.
    A aulinha dele é encantadora e lê-se rapidamente. ~

    Gostaria muito de comer as goiabas muito maduras, cruas, com uma calda feita com esse açucar.
    Para a absorção dos carotenos, cobriria com um pouco de côco fresco ralado ou amendoins/nozes picadas.
    Uma maravilha de refeição, muito nutritiva, que aliaria muita vitamina C e ferro!
    ~ Uma delícia! Resta-me sonhar.~

    ~ ~ ~ Um abraço muito amigo. ~ ~ ~

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    1. Li o post do blog "Interioridades"... esta técnica é muito reflexiva, tive que fazê-la certa vez num curso, e quem amassou menos a folha, se deu melhor ao final!
      Quanto às goiabas, fiz muita compota neste final de semana, para não se perderem. Doei à duas Tias, à Avó, Nora e avô da Nora. Me sobraram quatro frascos grandes das meia-luas, e tem muito mais nas goiabeiras.

      Beijos procê.

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    2. Que sorte teres uma avó!
      Então já tens um filho casado!
      Cubinhos de goiabada, fazem parte das guloseimas que considero os "meus pecados de Natal".
      ~ Beijos. ~

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    3. Oi, Majo!
      Minha avó tem 91... requer cuidadoras o tempo todo por já estar senil.
      O filho tem namorada (aqui já dizemos "Nora"), ainda não se casaram.
      Nesta época, as goiabas se perdem pelos barrancos e as pessoas não as aproveitam. Uma pena!

      Até breve.

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  5. Olá, querida
    Gosto da natureza e de ler post como o seu... totalmente natural e de ervas e folhagens eu aprecio muitas, bem como árvores frutíferas...
    Uma riquíssima postagem vc fez para nos informar mais sobre as plantas...
    Bjm fraterno

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    1. Olá, Rosélia! Fico muito feliz quando me visita...
      Eu também gosto de aprender mais sobre a flora aqui do interior. Pergunto aos caboclos, pesquiso e vou fotografando muito do que me lembro da infância roceira também.

      Outro grande beijo a ti.

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