1.2.14

Preferências gastronômicas

Gosto de tudo que é cascudo, pretinho, queimadinho, "de esquina", com "sujeirinhas" pro meio... por isso os integrais me atraem: arroz, torrada, biscoito, pão e afins. 
Prefiro o pão seco ao murcho, e se alguém não me deixar o bico, faço bico! Pão caseiro eu amo, e faço sempre; porém detesto que grudem um no outro ao assar.
Não gosto de pão ao almoço ou jantar, apenas no café da manhã. Lanche substituindo "comida de panela" não me atrai, nem aqueles tipo "burgues".
Pizza eu escolho pela praticidade, mas consigo ficar muito tempo sem experimentar. Apenas não resisto à marguerita, minha favorita devido ao manjericão.
Da galinha caipira, prefiro a cabeça, pés, ponta de asa, fígado, e tudo que é miúdo... quanto mais pelezinha saudável, melhor. Gosto mesmo é da periferia da galinha; não me venha com "partes nobres" - vou nas exóticas. 
Do frango de granja não se pode comer pele! E o peito, transparente, se desmancha ao olhar... fico só com as coxas e faço peito pro "Fiotão". Na saborosa galinha caipira, uma ponta de asa é o suficiente para nos satisfazer com temperança, regada àquele caldinho divino. 
Sou amiga das frutas: desde seriguela até cajá-manga (Azeda!); são raras as que dispenso, mesmo que as use apenas em sucos. Das "normais", prefiro banana à maçã; melão ao mamão; porém não dispenso as que não prefiro... mais tarde chego nelas.
As frutas cítricas deixam meu estômago em carne viva, assim como abacaxi, maracujá, graviola e afins. De vez em quando me sirvo com moderação. Certas folhas também me agridem o estômago, justamente as que mais gosto: rúcula, agrião... as azedinhas.
Saladas? Elejo muito mais os refogados. Chego a esquentar a salada no prato, ao microondas... faço isso quase sempre, contudo sem tempero. A salada esfria minha comida.
E os bolos? entre um de fubá com muita semente de erva doce e um de festa, recheado, adivinha com qual fico? Sobretudo se ao lado estiver uma (meia)  xicrona de leite com café fervendo.
Feijão, gosto de apurar com tomates, todavia às vezes me esqueço de fazê-lo assim. Um tutu (viradinho) com ovo mexido também não dispenso, fica uma refeição completa, se uso farinha de milho com a de mandioca casadas.
Carne de caça não se pode mais comer, todavia pelo sabor, não dispensaria nenhuma, com temperança sempre. Peixes também abarco todos, inclusive os minúsculos "barrigas-podres". Delicioso fritinho, temperado com limão e passado no fubá! Quase mini-lambaris.
As ervas, quase todas me encantam: melissa, erva doce, camomila, hortelã, capim-cidreira, alfavaca, manjericão, louro, orégano, losna, boldo, alecrim, arruda, erva de Santa Maria (mata-pulga), poejo, cheiro verde, pau de canela.
Sou enamorada de todas as variedades de pimenta, porém meu estômago chora... a do reino, aboli desde a adolescência por medo que se fixe nalguma dobrinha do estômago e vire ferida. Fico com o aroma, principalmente da selvagem e encantadora comari (aqui, cumbari).
Gengibre também me arde a gastrite, pena... pois gosto tanto do sabor quanto do aroma. Os tubérculos da maria jacinta, planta prima da gengibre, não mais suaves; e a outra prima, o falso açafrão, deixa a comida amarelinha e não interfere no sabor.
Um tempero que substitui o molho de tomate, que uso bastante é o colorau (feito de urucum), toda casa de roça tem um arbusto desta, para extrair a sementinha. A batata com urucum fica cremosa devido ao fubá que vai na receita, uma delícia.
Gosto de batata, contudo bem menos do que gostava antes. Hoje, além das refogadinhas básicas e assadas com carnes, sou mais adepta ao purê, e de vez em quando faço maionese. Quase aboli as fritas.
Sopas são minha paixão: de legumes, batatas com caldo de feijão, de fubá, creme de milho, de macarrão, mandioca ou mandioquinha... sempre com uma carninha para temperar.
Entre a macarronada e a polenta, fico com a última, pura ou com molho de carne moída por cima. Por fermentar no estômago, evito no jantar.
Entre carne bovina e suína, prefiro a bovina, pois um pedacinho satisfaz: moída, em bifes, de panela, charque.
De vez em quando faço massa. Dou preferência para o nhoque semi pronto. Se a massa é feita por outra pessoa, não exito em experimentar porque fica infinitamente melhor que a minha, sei lá.
Doces, gosto dos caseiros antigos, daqueles tradicionais de bar, rapaduras com todos os sabores. Estou economizando uma de cidra, que trouxe da viagem a Minas. Chocolate não adoro, mas gosto. E prefiro sorvete em picolé.
Imagem   deste site 

4 comentários:

  1. Estou conhecendo seu blog hoje
    adorei sua postagem onde você fala claramente
    a maneira deliciosa de cozinhar sem dizer ,
    que seu gosto é praticamente igual aos meus.
    Fui criada em roça não tem como esquecer
    das delicias das refeições.
    Feliz final de semana.
    Evanir.

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  2. Olá, Evanir! Seja bem vinda!
    Que bom gostarmos de coisas parecidas! O resquício da roça molda toda nossa vida: nunca tomei antibióticos na infância e não comi produtos industrializados. Quer melhor alicerce para uma vida saudável?
    As crianças de hoje são frágeis, devido à forma artificial com que vivem.
    Excelente domingo, até a próxima visita!

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  3. Que interessante, Cristina.
    A cozinha brasileira sempre me despertou a maior curiosidade, desde Jorge Amado e muito tempo antes de sua filha ter escrito o livro.
    Eu adoro tudo o que é apetitoso, apenas criei aversão a alguns alimentos, por não serem saudáveis.
    Já sei do que gostas, se um dias passares por terras algarvias...

    Procurei o teu e.mail, queria te dizer que vou estar ausente da blogosfera, por algum tempo, devido a problemas de visão e óculos.

    ~ ~ ~ Grande Abraço.~ ~ ~

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    1. Oi , Majo!
      Se um dia adentrar o interior de São Paulo, terá comidinha saudável a te esperar.
      Espero que tudo corra bem na mudança de óculos. Volte
      logo.
      Outro abração.

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