11.3.14

Enfronhada

Sim, estou tão enfronhada com meus projetos cotidianos, que me perdi dos blogs... sinto tanta saudade, tenho tanta coisa prá escrever, contudo gosto de digitar com calma, deixar de molho, voltar e editar.
Esta reforma na serra tem consumido deliciosamente meus fins de semana; a sala de aula requer dedicação número 1 durante os dias úteis; a reeducação alimentar está de vento em polpa; e ainda me sobra casa, família e oficina.
Com os miudinhos, a rotina (santa rotina) já se estabeleceu; há um ou outro atrito / estranhamento, que logo contorno. Nunca tive uma classe tão pequena, calma e avançada (para a faixa etária), então estou leve e solta, sem atropelos com eles.
Na escola, no entanto, há mudanças: a Diretora teve bebê; a Coordenadora conseguiu melhor cargo na Secretaria de Educação (vai embora); a Vice voltou para sala de aula, pois logo se aposentará.
A auxiliar da nova Vice pleiteará o cargo de coordenadora. A nova Vice ficará na mão... sem experiência e sem auxílio. Duas tardes por semana, como carga suplementar, posso até ajudar (pois tenho experiência - já fui coordenadora), mas paro por aí.
No mais, tudo transcorre tranquilamente. Eliminei quatro quilos em janeiro, dois em fevereiro e até o final de março pretendo eliminar mais um. Estou com 65 kg / 1,68 m / 50 anos - considerando os três fatores, está quase bom.
Foi moleza: não tive fraqueza, nem senti fome, pois me alimento seis vezes ao dia, religiosamente. Apesar de diminuir muito as guloseimas, foco nas leguminosas e oleaginosas (abacate, sementes, castanhas - amendoim cru, amêndoas de coquinhos e macaúba, granola). Suco verde às segundas e sextas, na 1ª refeição, corridas (que me adaptei otimamente) e muita água.
O uso da carne com temperança, além de saudável, também se refere a isto:
Este porquinho do "Tião macumba", vizinho da serra, passará alguns meses neste chiqueiro minúsculo, se alimentando e engordando, se locomovendo nada para poupar energia e gerar carne macia.
Quando estiver uma bolinha, será abatido para virar linguiça, gordura de cozinhar, chouriço de sangue, farofa de miolo, miúdos refogados, carne curtida na lata, torresmo, feijoada, e uma parte será vendida a conhecidos.
Estas belas vaquinhas caipiras do primo Bento, quando ficam de meia idade e diminuem a lactação, vão a abate para se tornarem nossa carne moída, nosso bife, nossa carne de panela, nossa mortadela (das carnes que não passam no controle de qualidade), salsicha (de miúdos).
Todas têm nome e personalidade, sentem dor, medo e ficam em estado de alerta com novidades. Possuem DNA muito próximo ao nosso... Um bife pode se transformar num strogonoff para três pessoas, com grão de bico e ervilhas frescas. É a temperança, faço sempre!

2 comentários:

  1. ~ Cristina, já perdi duas vezes o meu comentário. Gosto de os fazer diretamente, pelo que, apanho destas surpresas.

    ~ Prefiro comer as leguminosas com ovos ou peixe. A refeição fica mais rica em teor de ferro e mais equilibrada do ponto de vista calórico.

    ~ 100 - 120g , é o peso ideal para uma refeição de carne para senhora, o que corresponde a um bife do tamanho da palma da mão. (excluindo os dedos).

    ~ Ter a possibilidade de comer carne ecológica é um regalo para poucos. ~

    ~ ~ ~ ~ ~ Beijos amigos. ~ ~ ~ ~ ~

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  2. Olá, Majo!
    Seu comentário estava guardadinho, eu é que não acessei o blog (estava na zona rural). Senti sua falta de verdade.
    Quanto às leguminosas, era justamente minha dúvida. Nunca perguntei às nutricionistas se é preferível ou não misturar proteína animal e vegetal no mesmo prato. Agora você já me esclareceu: peixe e ovos.
    Na serra comemos carne dos próprios bichinhos criados lá, contudo rola sim um remorçozinho, um leve sentimento de culpa.
    Abreijos, e até mais.

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