24.6.14

Correndo e chorando

Bandeira do Brasil para colorir
Ontem, após o início do jogo, fui correr, porém atenta à vizinhança. Em pouco tempo, ouvi o burburinho e aguardei o foguetório: gol! Gesticulei com a molecada que soltava pipas.
No gol adversário, julguei ser alguma jogada nossa, impedida. Mais umas voltas e nova gritaria... e lá vem foguetes. Me emocionei qual outros brasileiros; as lágrimas se misturavam ao suor.
Fiquei decepcionada ao voltar e constatar o gol adversário, mas estávamos no comando. Sozinha em casa, ouvi o segundo tempo enquanto lidava na cozinha, vibrando com meus utensílios.
Quando a família chegou, de alegria escancarada, fiquei matutando sobre as manifestações anteriores, sobre nossas prioridades, sobre o fato de sediarmos (ou não). 
Num país mais estruturado, poderíamos conquistar a taça? Pensei naqueles aniversários chiques, cheios de "nãometoques" e naqueles de fundo de quintal, com a turma felicíssima sentada em tábuas sobre latas.
Seria o Brasil aquela noiva pobre que faz um casório além das posses e depois se separa, mesmo antes de quitar as dívidas, e encurralada por elas?
O povo está mais crítico ou voltou a alimentar o espírito com pão e circo (o aroma de churrasco era intenso em qualquer casebre)? O que advirá de toda esta experiência, da conexão em redes sociais, do quebra-quebra estúpido, da fala governamental que (com certeza) mostrará números positivos?
Independente do ponto em que chegaremos na Copa; independente do quanto o Brasil estaciona durantes os jogos, deixando comerciantes no vermelho; independente do quanto os turista$ deixaram para alguns, o tempo não para e temos uma bandeira para continuar a colorir.

5 comentários:

  1. ~
    ~ ~ Querida amiga, mas tu nem páras para ver a seleção do teu país! É de mais.

    ~ ~ Então o jogo com os Camarões foi uma festa! Não percebo porque dizes que estavas chorando.

    ~ ~ Tens de habituar-te a relaxar um pouco. Também é importante.

    ~ ~ Nós já estamos fora. Tinhamos um conjunto de jogadores, mas não tinhamos uma equipa. Só hoje jogaram bem, mas os ganeses eram valentes.

    ~ ~ ~ ~ Fica para outra vez. ~ ~ ~ ~

    ~ ~ ~ ~ ~ Um abraço oceanico. ~ ~ ~ ~

    PS ~ O meu PC, deu-lhe para deixar de escrever os acentos circunflexos...

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    1. Majo, sou aquele coelho do livro "Alice no país das maravilhas".
      Na verdade, nunca tive paciência com futebol. Choro de emoção, embora prefira saber apenas os lances principais. Nunca torci para times isolados.
      Vocês fizeram uma saída apoteótica. Foram embora vitoriosos.

      Abreijos de cá.

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    2. ~ ~ ~ Bjs. ~ ~ ~

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  2. Oi, Cristina!
    Eu me emociono quando vejo todo o estádio cantando o nosso hino mas sou pragmática o suficiente para pensar que somos os tais "bobos alegres".
    E a noiva ainda corre o risco dos convivas colocarem defeitos na festa...
    Beijus,

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    1. Oi, Luma!
      Quanto ao Hino, cantamos toda sexta-feira na escola... também sempre me emociono (inclusive com o hino na cidade).
      Também fiquei emocionada com a recente cartinha do Tribunal Regional Eleitoral. Sempre trabalho em eleições e deveria fazê-lo com A camisa.
      Esta questão dos convidados saírem falando é mesmo um risco, apesar do esforço além das posses.

      Outros beijos!

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