15.6.14

Síndrome Metabólica

Síndromes são sinais e sintomas, definindo manifestações clínicas de certas doenças. Portanto, a síndrome em si não é uma doença.
Ela geralmente começa com pressão alta, segue para sobrepeso,  logo tem-se triglicerídeos alterados, colesterol... Por último, a apoteose bombástica- resistência insulínica (glicemia alterada).
Estima-se que um em cada 5 brasileiros na meia idade começam a desenvolvê-la, exibindo apenas 3 dos 5 sintomas:
Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
Hipertensão Arterial - pressão arterial acima de 130 por 85;
Triglicerídeos  acima de  150 mg/dl;
Colesterol acima de 200 (há muita controvérsia aqui, os novos estudos indicam exageros e distorções interpretativas);
Glicemia alterada- acima de 100 - alerta / de 130 a 150 - pré diabetes / acima de 150 - a doença instalada. 
Geralmente as pessoas com a síndrome não se consideram em risco, pois não sentem dor alguma, estão confortáveis com os maus hábitos alimentares, na vida sedentária, se consideram "gordinhos normais". Uso contínuo ou abusivo de álcool e principalmente fumo agravam o quadro.
Estes fatores, com o passar do tempo, acarretam doenças cardiovasculares, levando a riscos de infarto, derrame e doenças afins, deixando a pessoa por vezes aleijada, com cegueira parcial, insuficiência dos rins, parte do corpo dormente e até com parte de membro inferior amputado, por falta de circulação sanguínea. 
O "remédio" principal é a diminuição dos carboidratos e consequentemente do peso, com urgência, fazendo reeducação alimentar aliada à atividade física diária, para o resto da vida. Simples assim!
Até se atingir valores aceitáveis, o foco na alimentação e exercícios deve ser intenso e mais restritivo; depois, o policiamento não pode cessar, para que não ocorra o efeito sanfona e a volta da síndrome.
Este "lobo mau em pele de cordeirinho" está presente em quase todas as famílias. A pessoa com a síndrome, na maioria das vezes, reluta em aceitá-la, tornando o tratamento  altamente deficitário. Antes de mudar qualquer hábito, é fundamental mudar a cabeça em mergulhar em teorias.
Dar o exemplo, disponibilizar alimentos saudáveis e funcionais, convidar e acompanhar nos exercícios físicos, deixar material teórico para leitura próximo à pessoa, demonstrar casos reais de consequência direta, são tentativas de conscientização.
Eu não possuo nenhum desses sintomas, todavia meu Par apresenta quase todos a uma década. Já tomou fármacos para diminuir colesterol e triglicerídeos; parou por efeitos colaterais - dores intensas pelo corpo.
Além da ênfase maior na alimentação, falta ele melhorar a atividade física, que apesar de meus esforços, ele só pratica aos domingos. Insisto para que ande de bicicleta todas as madrugadinhas, por 20 minutos.
O consumo noturno e cotidiano de 1 cerveja também atrapalha a reeducação alimentar, que ocorre corretamente durante todo o período diurno. É o que emperra a diminuição do peso corporal. 

Complicações secundárias:
Imagem daqui

13 comentários:

  1. Anônimo15/6/14

    Salam, Cristina!

    muito esclarecedor o seu texto. Como vai você? Saudades!

    um abraço urbano

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    1. Olá, Denise!
      Estou bem, espero que você tambem!
      Vi que você postou, vou te visitar em breve para também matar as saudades.

      Abraço caipira procê.

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  2. Bom dia, Cristina
    Felizmente não tenho nenhum desses sintomas!!!
    Não posso considerar-me obesa, embora me esforce por perder um pouquinho de peso. Agora estou com 66 quilos... o que não me parece excessivo.
    Triglicéridos, colesterol, glicemia (esta mais para o baixo...) e tensão arterial (esta também sempre para o baixo...) tudo dentro dos valores normais.
    Devo dizer que tenho uma alimentação bastante equilibrada, não consumo álcool (só aos domingos, e em muito pequena quantidade), e pratico caminhada (6 quilómetros diários).

    Gostei da sua chamada de atenção, pois cada vez há mais pessoas com os problemas que você aqui aponta.

    Cristina, não sei o que se passa com o seu blog...
    Não tenho vindo cá mais vezes porque, todas as vezes que vim (e foram bastantes) aparece sempre um post antigo, de Fevereiro.
    Hoje aconteceu a mesma coisa. Mas estranhei... e depois reparei na barra lateral, onde aparecem as postagens, e refere, em Junho 2014, 10 postagens. Foi assim que consegui ver esta...
    Daqui para a frente, sempre que cá vier, usarei este "truque"... :)))

    Uma óptima semana.
    Beijinhos

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    1. Olá, Maria!
      Não entendo muito desses defeitos do blog, mas ainda bem que você encontrou outra forma.
      Sua saúde está excelente! Peso (alimentação) e exercícios são uma fatia importante deste sucesso.
      Eu também não abuso, principalmente para dar o exemplo cá em casa... devagarinho as taxas do marido vão diminuindo.

      Maravilhosa semana também a ti,
      Outros beijos de cá.

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  3. Oi, Cristina!
    Quem tem pressão alta se ilude dizendo que a cerveja faz urinar e consequentemente diminuir a pressão. Existe o fator positivo e o negativo. O positivio é que a cerveja faz relaxar e o negativo é quando há o exagero e explico: uma cerveja é diurética e é até recomendável, mas dependendo do funcionamento dos rins, a ingestão de bebida alcoolica sobrecarrega os rins, provocando a deficiencia do seu funcionamento. Se o seu marido gosta tanto da cerveja, veja se ele consegue consumir a sem alcool. Se não gosta, acho que deve repensar o uso, ao ver pessoas conhecidas em condições de má qualidade de vida por causa de um acidente vascular ou ataque cardíaco.
    A caminhada não precisa ser feita de forma contínua, apesar de ideal, mas se ele fizer pequenas caminhadas durante o dia, tá valendo. Esconda o controle remoto, não leve comidinhas ou bebidinhas no sofá... pequenas atitudes podem valer mais que grandes decisões (rs*)
    Boa sorte!
    Beijus,

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    1. Oi, Luma!
      Sempre fico-lhe grata por ensinamentos tão pertinentes. Certa vez, antes da síndrome, ele ficou com cerveja sem álcool por mais de 2 anos... quando voltou, foi pior, pois passou a fazer uso cotidiano e não apenas aos fins de semana com antes.
      Eu e o filho vivemos pedindo que retome a sem álcool, ou pare de vez. O próprio esporão é consequência direta. Nós oferecemos para sair de bicicleta com ele, contudo nem sempre é aceito.
      Neste último ano, ele tem se preocupado mais com a alimentação, o que já é um começo. Resta reduzir o peso paulatinamente - o turrão.

      Muito obrigada pelo apoio, outros grandes beijos.

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  4. Minha querida eu näo sei se o meu comentário foi publicado pois a net caiu mas desde já te digo que sei o que vc passa pois tenho um diabetico e hipertenso em casa.
    Tbm estamos na luta por aqui e tentando resistir as tentacöes.
    Grande abraco.

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  5. Olá, Renatíssima!
    Olha, não é fácil conscientizar meu turrão... os exercícios estão sendo a pior parte. De que adianta ele se exercitar só no domingo?
    Espero que você tenha melhores resultados com o seu!

    Outro abração prá ti.

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  6. ~ Um problema Cristina...
    ~ Vai areando os ouvidos do teu par, afinal água mole em pedra dura...
    ~ Diz-lhe que anda a brincar com o fogo. Que mais vale abster-se por vontade própria do que ser obrigado, depois de já estar aleijado.

    ~ Tenho, a viver no Rio de Janeiro, amigos de infância e juventude.
    ~ Um deles, é da minha idade e está todo estropiado e estrompado-- diabetes, excesso de colesterol e aneurisma na aorta. Fez uma intervenção para recauchutar a artéria, logo depois teve de colocar um marca passo no coração. O médico aconselhou só dois copos de vinho, ele foi aumentando o tamanho dos copos e, recentemente, foi internado com uma pancreatite! Agora, nem uma gota.
    ~ Quem o conheceu jovem de configuração esbelta e atlética, custa a acreditar que se tenha tornado um viciado em churrascos e patuscadas bem regadas.

    ~ Um fim lamentável para um jovem tão ajuizado.

    ~ Não desistas de azucrinar, atazanar, atucanar os tímpanos do Par.

    ~ ~ ~ ~ Beijos com salpicos atlânticos. ~ ~ ~ ~

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  7. É isso mesmo, Majo, conscientização à base da teima. O pior é que o próprio médico do meu Par é gordo, pançudo e bebe cerveja... não proíbe mesmo, pois não dá exemplo!
    Minha principal luta é pela bicicleta à madrugadinha. Seriam apenas 20 minutos diários, a pista aqui da esquina é vazia às 6 h 00.
    Há muitas pessoas na vizinhança (sobretudo homens), que aos 60 e poucos anos estão como o seu amigo, fruto de uma vida desregrada.
    Com a proximidade dos exames, fico ainda mais apreensiva.

    Beijoquitas amenas de inverno.

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  8. ~ Ai esse médico! Ehehehe!

    ~ A minha irmã é médica-- ganhou peso depois dos períodos de gravidez e anda sempre aflita com o peso.

    ~ ~ ~ XX ~ ~ ~

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    1. Diz prá ela não ser nunca como certos especialistas daqui: "Siga o que digo, não o que faço" (?).

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