18.8.14

Insulada

Passei o final de semana assim. Antes do término do expediente de sábado, o telefone emudeceu. Achei bom aquele sossego e após verificar a fiação interna, o Par tentou contato com a operadora. 
Pela morosidade, desistiu... só fomos procurar reparo novamente nesta manhãzinha. O defeito era na rede externa e logo se normalizou. Concluindo, fiquei em casa, mas sem a net, sentindo falta!
Leitura e TV foram as opções, além do trabalho doméstico. Comecei dois livros e desisti - estranhos. Vi uns programas bons de entrevistas e documentários na TV paga e assisti a um filme sueco de época, com famílias nobres envolvidas em teatro e com fantasmas. Adorei, pois me desgastei daqueles hollywoodianos a uma década.
Na sexta-feira, para encerrar a letrinha M na escola, uma criança (indicada) levou um item, como de costume. A mãe dela mandou um sachê de milho cozido - M. Foi uma festa ver aquele bando de porquinhos comendo puro milho com as mãozinhas aparadas. É tão fácil fazer criança feliz!
Hoje, uma garotinha que vivia numa olaria me pediu:
_ Tia, pó pegá u arcu pá ponhá na carteira?
Na hora, eu pensei que se tratasse de um arquinho de cabelo (tiara); porém, caipira letrada como sou, percebi logo que ela sujara a carteira após a colagem e respondi naturalmente:
_ Pode colocar um pouco de álcool gel para limpar, sim!

4 comentários:

  1. Rssrsrs, é super divertido como ficamos bambas nos dialetos infantis.Isto nos faz poliglotas, né, Cris!
    Tadinha da peludinha insulada, ai, quem poderá salvá-la????
    Bjos e boa semana.
    Calu

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  2. Oi, Calu!
    Aqui no interior a criançada abusa do dialeto e até transfere para a escrita, burlando a norma culta: é 'bassora", "campiá", "mais grandi", ...
    A cachorrinha pode nadar, só que descrê!

    Excelente fim de semana procê, beijão de cá

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  3. ~ ~ Muito diícil desenvolver a oralidade com hábitos tão arreigados!

    ~ ~ É preciso muita dose da tal ""paciencia pedagógica"".

    ~ ~ ~ ~ ~ Abraço muito amigo. ~ ~ ~ ~ ~

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  4. Olha, Majo o MEC (Ministério da Educação) está enfatizando demais o desenvolvimento da comunicação oral com os alunos.
    Temos que ponderar entre valorizar a cultura da fala caipira, dialetal, que eles trazem da família e introduzir a norma culta da língua portuguesa, demonstrando onde utilizá-la.

    Abração também procê

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