7.9.14

Flora de São Tomé das Letras

Composta por vegetação de serrado nas áreas de pedraria, singela e surpreendente. Em meio à paisagem castanha ocasionada pela temporada seca, desabrocham flores de cores e tamanhos diversos, que tiram suspiros de quem sabe ver (mão da vizinha - Maria).
Embaixo do capim há pura rocha sedimentar tipo massa folheada - a famosa pedra de piscina amarelinha que domina toda a paisagem da região. Se cria gado sobre os pedregais, pois plantações não vingam.
Observe o capim característico, tipo sapé. São florzinhas de inverno num jardim natural que fui "pescando" pelo campo.
Mais beleza ressequida; pena que o perfume dão saia na foto... cachos de toda cor, num jardim natural e harmonioso. Eu tenho também esses jardins aqui na minha região, por isso não curto tanto aqueles feitos pelo homem.
Outras plantas também chamam à atenção pela sua singularidade. Veja esses suculentos frutinhos do tamanho de ervilhas; o arbusto tem cerca de 80 cm.
Esses cachos formavam manchas em forma de pinceladas, examinados de longe. Abelhas iam e vinham; imagine o sabor e a riqueza do mel!
A lobeira, minha paixão, aqui revela frutos enormes, fundamentais para a sobrevivência do lobo guará (combate um verme em seu fígado).
Veja a paisagem serrana atrás da caminhonete do Par, quando os veios de pedra se acabam.
Esta planta existe comercialmente; em minha infância no sítio do Vovô havia em abundância. É prima do "milho de grilo".
Essa tem troncos retorcidos e esbranquiçados, essas folhas grandes e fortes, preparada para sobreviver sobre chão pedregoso.
Parente do agave: observe as folhas e o pendão de onde desponta a inflorescência.
 Fruto rústico e áspero. Magnífica belezura tosca para uma caipira telúrica como eu.
Folhinhas delicadas despontando de caules rústicos: é  força da vida economizando ao máximo. Veja o capim seco e a mata ciliar ao redor do curso d'água.
Esta é "praga" no parque que contorna a cidade de leste a norte. Flores timidamente exuberantes - pouca cor, pouco perfume, porte baixo (1 metro e meio), robustez de leão despontando entre lajeados de pedra mineira.
Há musgos e líquens nas paredes das cavernas e grutas, onde escorre água e há luz. O olhar deve ser treinado para se procurar estas esmeraldas...
Arvorezinha do tamanho de um palmo próxima à cachoeira de Sobradinho. Pouquíssima água nesta época invernal.  Há várias destas "arvis" minúsculas à borda de penhascos.
Foram tantas cores e formatos numa vegetação rudimentar de serrado. Tudo gratuito, todavia sem esquecer a regra: retirar fotos, deixar pegadas, levar o lixo, valorizar o comércio local.
Não curto muito artesanato "de  enfeite", sem utilidade prática (sou pragmática irreversível). Comprei compotas, doces em barra, pacotes de biscoitão de polvilho para presentear familiares. Não há quem resista.

10 comentários:

  1. Que lindo post e as flores belíssima, cada uma com sua beleza! bjs, linda semana,chica

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  2. É a flora do exuberante Sul de Minas, Chiquinha! Minas Gerais é mesmo especial.

    Beijão

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  3. Que coisa linda, Cristina!
    Bem característico da região, né?

    Abração
    Jan


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    1. Ó Jan! Este é o verdadeiro sentido da expressão "jardim de inverno". Uma mescla de serrado com mata atlântica.

      Abração de cá também

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  4. Adorei as fotos! A natureza é extraordinariamente bela! Bjs

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    1. Oi, Ana!
      Cada região com suas peculiaridades e riquezas, neste Planeta Terra tão maltratado...

      Bjs também a ti

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  5. Oi, Cristina!
    Estava lendo as suas postagens sobre S. Tomé das Letras e recordando da vez que lá fui. A cidade praticamente não existia, havia apenas uma rua... Eu tinha 17 anos e fizemos uma vaquinha para comprar um carro. Apenas um amigo sabia dirigir e tinha carteira, mas o pai não emprestava o carro para viagem. O dinheiro que juntamos, compramos um carro velho, um ford rural willys que na porta tinha escrito "A Sertaneja". Bem exótico o tal carro e chamava a atenção por onde passávamos. Nessa época eu estava muito envolvida com música e levávamos alguns instrumentos para nos entreter em S. Tomé - Já sabíamos de antemão, pela pessoa que nos emprestou a casa, que a cidade não tinha rede de esgoto, água encanada e muito menos energia elétrica. Uma roça! Na casa em que ficamos, encontramos lá o Thomaz Green Morton, Pepeu, Baby e toda a filharada. Depois foi chegando mais gente, ficando um pouco demais e fomos embora. Antes andamos muito por trilhas e dormimos uma noite no telhado da casa da pirâmide com a intenção de ver extraterrestres... Não vi nada, acho que faltou a "erva" (rs*)
    Agora vendo essas plantas, percebi o quanto você é observadora! A Erva Milho de Grilo, me lembrou a Erva de Santa Maria.
    Beijus,

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    1. Oi, Luma!
      Que invejinha! Minha primeira ida a S. Tomé ainda foi por terra, antes do asfalto chegar... mas já era cidade.
      Thomaz exprime bem a cidade, assim como a visão alternativa de Baby. Levaram as seis crianças no reino das ervas?
      A perua rural "Sertaneja" deve ter sido o máximo naquelas estradinhas. Prá lá de "bão", heim?
      Sabe que esse modismo de ETs perdeu força até mesmo por lá?
      Adorei sua aventura,
      Bjs energizados

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  6. ~ ~ Uma reportagem muito interessante e muito bem ilustrada. ~ ~

    ~ ~ ~ ~ Abraço. ~ ~ ~ ~

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  7. Mostrei as flores, pois os pontos turísticos já pipocam na Net...

    Abraços procê também

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