22.11.14

Nutracêuticos

Originalmente, o termo era ligado à biomedicina e farmacologia, onde um alimento (produto natural) ou parte dele pode prevenir ou tratar doenças, ou ainda trazer benefícios adicionais ao organismo (como emagrecimento) se usado de forma concentrada.  
Hoje, a definição tornou-se sobretudo marketing de suplementos alimentares (capsulas) não apenas naturais, como também sintetizados. Sacietógenos, cápsulas de termogênicos, carnitina (que metaboliza ácidos graxos) são termos ouvidos em academias e receitados às vezes sem critérios. 
Com a longevidade atual e a diminuição do número de filhos, pessoas de meia idade se preocupam mais com a saúde e a cultura nutricional está evoluindo. Ao mesmo tempo toxinas invadem nosso organismo com mais ganância.
Câncer, problemas cardiovasculares e outras complicações nos "miúdos" e ossatura podem advir da síndrome metabólica associada a vida estressante, sedentarismo e baixa ingestão de água. Os nutracêuticos, preferencialmente naturais, podem ser usados terapeuticamente para amenizar este quadro.
Muitos laboratórios com ótica lucrativista estão dispondo-se a investigar plantas (e suas partes) para descobrir seus benefícios à saúde e possíveis curas de doenças, disponibilizando-os a um custo alto, como é o caso de suplementos alimentares.
O termo ampliado atualmente envolve também a biopirataria, inclusive com apropriação e monopolização de conhecimentos herbáceos das populações tradicionais, sobretudo no norte do Brasil. 
O simples fato de ser orgânico não acarreta uma conotação nutracêutica a um alimento, assim como um suco verde bem preparado a fim de causar benefícios fisiológicos.
Se a pessoa encontra-se com excesso de alguma toxina (metais pesados) e deve, por determinação de profissional de saúde, tomar suco verde (receita específica) toda manhã com finalidade detox estrita, esse suco será nutracêutico.
Quando há apenas redução de riscos, proporciona bem estar (melhor desempenho) e não envolve uma dieta especial, o alimento é considerado funcional. Nestes casos, a função nutricional vem em primeiro lugar.
Mesmo envolvendo preparados industrializados contendo por exemplo o trio andino, linhaça, hibisco, noni, granberry e muito mais, em pequenas quantidades não se configura nutracêutico.
Carotenoides e flavonoides presentes numa alimentação cotidiana são considerados funcionais. Se forem isolados ou consumidos em quantidades exageradas para maior absorção visando apelo médico, passam a ser nutracêuticos.
Quando envolve a farmacologia, fermentação e micro-organismos ou chás concentrados é nutracêutico. Nestes casos, a função nutricional se torna irrelevante, trata-se de alimentos-medicamentos e podem requerer acompanhamento profissional.
Evitar a síndrome metabólica pode ser uma atitude baseada em alimentos funcionais. Combater a síndrome instalada com acompanhamento médico e dieta restritiva pode envolver apoio de nutracêuticos.

2 comentários:

  1. ~ ~ ~ Gostei muito do teu artigo. ~ ~ ~

    ~ Não tenho problemas de lípidos no sangue, pelo que, nunca me interessei por carnitina. Estive a pesquisar e fiquei entusiasmada: vou passar a usar com mais frequencia, caldos gelatinosos de carne vermelha desengordurados, também pelo colagénio.

    ~ ~ Prefiro os alimentos funcionais frescos...

    ~ ~ ~ ~ Um grande abraço amigo. ~ ~ ~ ~

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  2. Também me interessei pela carnitina. O músculo bovino deve servir; em geladeira, a gordura se separa do caldo. Penso no colágeno prá mim, e nos lipídios do Par...
    Funcionais frescos são ideais. Cápsulas só em casos especiais.

    Outro abração de sua amiga sulamericana

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