Estive lá no dia de natal à tarde, então o centro comunitário estava fechado. Focado no turismo, achei estranho fecharem justamente em feriados...
Magnífico casarão, sede da antiga e imensa fazenda leiteira. Imagine as mocinhas na janela!
Com alicerce em pedras, o energético porão não foi senzala, pois a casa fora construída em 1926. À minha esquerda há um alicerce lateral também magnífico, com escadinha.
A escadaria com mais de dois metros de altura é um amontoado triangular de grandes pedras e corrimão arcaico. Um perigo noturno. Possui um poder de sedução... Vejo antigos caboclos pitando cigarros de palha sentados ali.
Toda em taipa e com vidraças (um luxo raro), hoje é loja de artesanato local e centro cultural.
Os botijões de gás (abaixo, à direita) ficam sem corrente, soltos e sozinhos à venda.
Histórico do imóvel aqui.
Aqui também é um centro de artesanato, ao lado do casarão. Esta é antiga tulha, mas dizem "paiol".
Toda fazenda tem uma tulha grande para armazenar grandes produções de grãos para venda: milho, feijão, café... E um paiol menor para acondicionar os grãos e raízes para estoque anual e consumo: arroz com cascas, batata doce, amendoim, abóboras maduras, réstias de alho e cebola, milho prás galinhas, pipoca, pinhão...
Esqueci o galão d'água na pousada e tinha muita sede. Uma talha na varanda foi providencial - tomei três copos!
Vide o pico do papagaio pertinho, mas não é perto. A trilha na mata é íngreme e sinuosa.
Vide o pico do papagaio pertinho, mas não é perto. A trilha na mata é íngreme e sinuosa.
Atrás da tulha, esse é o verdadeiro paiol - bem menor e com magníficos pilares para afastar ratos. Geralmente a escadinha é móvel. Tem coisa mais linda?
Os fundos do casarão - vista do paiol. Lugar mágico. Mais aos fundos mora gente aparentemente "de fora".
Pelo que entendi, os locais remanescentes da antiga fazenda trabalham como guias, artesãos e funcionários na pousada. Queria ouvir a versão deles...
O forno do outro lado, aparentemente refeito para assar quitutes. Vendem um café típico (pena estar fechado).
O casarão para quem está sobre a ponte, na chegada. Pena que ninguém nos acolheu, nenhum guia nos abordou...
A cascatinha das fadas fica na trilha subindo o regato e a pousada é na estradinha (não dá para vê-la).
Antigo moinho de fubá próximo à cascata, movido à água do regato.
Vista interna - restauração. Na infância, frequentei um moinho assim onde levava milho para trocar por fubá. Era uma barganha simples e funcional.
O fubá sai meio granulado, tipo mini-canjiquinha e a polenta demora a cozinhar e dar ponto. O sabor não se compara a esse pó que compramos no mercado.
O fubá sai meio granulado, tipo mini-canjiquinha e a polenta demora a cozinhar e dar ponto. O sabor não se compara a esse pó que compramos no mercado.
Além da pousada da associação, há outras escondidas pelo caminho. São spas, casas de recolhimento e afins. Eu gostaria mesmo é de me hospedar na casa dum caboclo tradicional, dos empregados das pousadas.
Esses lugares assim me lembrar minha cidade natal... Roça também! Ou mais ou menos. (Roça, mas sem as coisas boas da roça - queijo caseiro, agricultura própria...)
ResponderExcluirA cultura rural em Minas ainda é mantida. No Matutu há um esforço em prol. Por outro lado, muitos spas lá instalados, aplicam terapia indiana, chinesa, que me deixam encucada.
ResponderExcluir~ ~ Uma reportagem completa e bela. ~ ~
ResponderExcluir~ Sente-se o pulsar dum coração sertanejo, pleno de romantismo.
~ ~ ~ ~ Abraço, amiga. ~ ~ ~ ~
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Haja coração sertanejo para apreciar esse Brasil caboclo!
ResponderExcluirAbreijos