24.2.15

A magia do trem

Resultado de imagem para vagões carregados de bauxita
A pouco, ao levar uma peça até o outro lado da cidade, me deparei com a chegada do trem. As motos, sempre mais ousadas, vão se aglomerando junto à via férrea enquanto a serpente desliza sua imponência.
Durante os cinco minutos em que demorou a passagem das dezenas de vagões, formou-se um exército de motoqueiros em ambos os lados. Até bonito estar em meio a eles num bloco coeso, emana uma certa energia.
Os carros, enfileirados, sumiam na curva da ruazinha estreita de nome Raticliff (livro "Morro dos ventos uivantes"?). Lá embaixo, a ponte sobre o "Rio da Prata (vindo de Águas da |Prata) pertinho de ser engolido pelo Jaguari Mirim.
O pesado trem traz minério bauxita de Poços de Caldas para transformar-se em alumínio cá no Estado de São Paulo. Coisa linda de se ver e de sentir as vibrações.
Desde criança vivo às voltas com a "linha do trem". Morei três vezes bem próximo a ela e daqui de casa, nas madrugadas ouço-lhe o emblemático apito. 
Lá pelos meus 11, 12 anos, adorava subir à cintura da montanha para colher aquela terra vermelha, tão comum e entretanto tão significativa. Era metal em potencial, caído dos vagões. Ali eu fantasiava, tentava imaginar o trajeto, o destino...

2 comentários:

  1. ~ Muito interessante essa Rua Raticliff!!
    ~ Um presidente de município admirador das manas Bronte...

    ~ Um comboio que te emociona e desperta recordações infantis...

    ~ É tão linda a tua franqueza e sinceridade!

    ~ Simplicidade, como a tua, é uma qualidade rara.

    ~ ~ ~ Grande abraço. ~ ~ ~
    .

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  2. Oi, Majo!
    Para mim, criada na zona rural, o trem era um ícone de que havia mundo mais além.
    Um mundo de sonhos e encantamento: Aquele veículo lindo e poderoso bailando sobre trilhos delgados carregava nossa imaginação pelos trilhos sinuosos até desaparecer detrás da serra.

    Abreijos em devaneios

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