30.3.15

A careta da morte

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A vida é linda, desde que não olhemos muito de perto para não estragar a ilusão de perfeição - disse alguém!
Tem havido uma onda de suicídios nesta e outras cidades próximas. Todos relativamente jovens... Alguns deles conversavam-se pelo "face". Cinco em dez dias, sendo que o último ateou fogo ao próprio corpo, após ingerir álcool combustível. Depois, a revelação sobre o egocentrismo pusilânime  do Copiloto alemão...
Hoje, acordei com a notícia do falecimento do avô da Nora - de repente. Mais um pouco, um amigo de 59 anos, que trabalhou até sábado. E agora, a notícia sobre a passagem do pai da Raquel, a um mês.
Ocasiões assim nos levam a repensar o estilo de vida; os valores; o suposto poder e a real impotência do dinheiro; os nascimentos que estão cada vez mais escassos.
No final das contas, os laços familiares são o único porto seguro, o elo entre a existência e a extinção. Ontem, perguntando pela doença grave de uma ex vizinha, soube que faleceu após imenso e extenso sofrimento. Deixou três netinhas.
Meu filho disse que casais sem filhos podem se arrepender na velhice, e eu pensei que gostaria de mais um menino, contudo não me arrependo de ter ficado com apenas um. Há circunstâncias que nos norteiam. 

6 comentários:

  1. Verdade Cris, há uma careta a nos espreitar em cada esquina e ela é feia mesmo. Perdas e mais perdas coletadas. Parece que temos fases, como o plantio e a colheita. No ano passado perdi alguns amigos, sendo que acidente esteve em alta. O mais duro desta careta é para quem tem o tal do muito dinheiro e ainda assim não tem como se livrar dela.
    Falar de morte é sempre um tabu, estranha mania de perpetuarmos e da posse e nesta semana santa há uma reflexão bem forte sobre a vida, a morte e o depois.
    Vamos fechar a cara para a morte.
    Uma linda semana para voces com paz e alegria da Ressureição.
    Abraços com carinho.

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    1. Oi, Tonin!
      E quanto mais vamos vivendo, mais atentos e perceptíveis à "Dona Marte" vamos ficando!
      É um tal de perder conhecidos mais jovens que nós, um tal de achar que fulano faleceu cedo demais...

      A trajetória é essa, com início, meio e fim.
      Um feriado repleto de serenidade procê e aos seus,
      um carinhoso abraço também.

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  2. Ola. Como esta?

    Olha antes de mais quero dizer que fico espantado com o ritmo com que escreve no blog. Enquanto eu escrevo um texto, você escreve 3 ou 4 :) . Quanto a este texto, penso muitas vezes no futuro, no que poderá ser a minha vida quando meus pais ja nao estiverem comigo. Penso também no que poderia ser minha vida se tivesse uma familia. Nao que nao goste de estar sozinho mas como diz no texto faz falta por vezes uns laços familiares. Passo muito tempo a preparar-me para a morte, a minha e a dos outros, e digo sempre que por muito que custe é algo natural. Sei no entanto que quando os meus próximos morrerem, estarei pouco ou nada preparado.

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    1. Que saudade, Bruno!
      Meu segredo é postar textos que já estavam em rascunho e aproveitar dias mais livres. Às vezes emperro feio!
      Penso também na velhice do meu filho... Por ser único, se não constituir família estará só. E se desenvolver uma lenta doença degenerativa? São bobeiras que povoam nossa cabeça - faz parte mesmo da humanidade.
      Quanto a você, é pouco mais velho que ele; deixe que sua mãe se preocupe com isto!

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  3. ~ ~ ~ Um dia melancólico, acontece! A todos. ~ ~ ~


    ~ Visitei o ''post'' da Raquel e fiquei espantada com a sua história.
    ~ Que sucesso! Um gosto ler!

    O que fará uma brasileira ir para Tromdheim, quase no Polo Norte?!
    ~ Tanto frio, tanto gelo, dias tão curtos...
    ~ ~ Não seria eu! Há coisas que o dinheiro não paga! ~ ~

    ~~~~~Abraço amigo. ~~~~~~~~~~~~~
    ~ ~ ~

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