16.3.15

Slow Food


BOM, LIMPO E JUSTO!
Cultivo limpo, saboroso e economicamente justo. O alimento deve ser preparado com atenção e tempo, aproveitando-se com criatividade todas as suas partes: talos, cascas, flores...
Abusar das especiarias e ervas para enriquecê-lo, diminuindo o sal. Pagar um pouco mais pelos benefícios do orgânico, incluindo leite da roça, ovos caipiras, mel não pasteurizado.
Fazer sempre que possível e viável, a recolecção de vegetais em parques, terrenos baldios públicos e regiões rurais como beira de estradas, áreas abertas, propriedades de conhecidos.
Os ativistas Slow Foods prestam um grande serviço em prol da ecologia e plantas nativas, da alimentação de verdade - sem venenos e transgenia, de feiras do produtor, da maior diversidade alimentar possível.
Também ministram cursos na área, lutam pela merenda escolar de qualidade, da cultura do piquenique, hortas comunitárias urbanas, por pequenos produtores artesanais atados pelas normas de higiene burras como a pasteurização.
O movimento procura melhorar a qualidade da alimentação, através do direito à informação. Escolhe-se produtos preferivelmente artesanais, cozinha-se com calma (opondo-se à padronização) e saboreia-se. Tudo com muito prazer, pois preza o paladar limpo, com saborificadores naturais.
A defesa da herança culinária, da cultura autóctone ligada ao alimento - uma cadeia de consumo mais curta e sem atravessadores, conectando plenamente o prato ao planeta, estão em sua filosofia.
O Slow Food é contra o uso indiscriminado de alimentos produzidos em larga escala, monoculturas ou alimentos industrializados. É a desaceleração de todo esse processo, vinculado ao Cittaslow.

Interessante: Eu tenho a ver com este movimento mesmo antes de saber de sua existência! Então gostar do mato, valorizar as raízes, vangloriar seu chão vermelho é ser Slow Food? 

6 comentários:

  1. Ai, que legal! Não sabia que o movimento tinha esse nome! Gostei, Slow Food. Também me senti parte do movimento, mesmo sem saber que ele existia.

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  2. Então, Companheira, bom saber que há um movimento potente buscando reverter a nossa danosa cultura atual da "comida de plástico"!
    Esse mundo ainda tem salvação...

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  3. ~
    ~ ~ Por aqui a salvação é muito difícil, Cris. ~ ~

    ~ Não há terrenos baldios e tudo que seja beira de estrada está poluído.
    ~ Eu compro alguns produtos registados como 'Bio', bem caros.
    ~ A maioria das pessoas não tem possibilidade de os comprar.
    ~ É ver, nos supermercados, como se consomem vorazmente, alfaces, salsa e verduras cheias de tóxicos!
    ~ Nas quintas, as pessoas produzem para gasto próprio e vendem ovos de aves criadas com rações. Os ovos 'Bio' caríssimos...
    ~ Como pouca carne, só a vermelha pelo ferro, mas o peixe também está cheio de poluentes.

    ~ ~ Anda a humanidade doente por ganancia, deixando as grandes multinacionais farmaceuticas cada vez mais poderosas.

    ~ ~ ~ Grande abraço. ~ ~ ~
    ~~~~~~~~~~~~~~

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    Respostas
    1. Eu tinha esperança na queda da natalidade para que a natureza pudesse se regenerar, mas isso não se mostrou bom para a vida em sociedade...
      Vejo na zona rural, pastagens abandonadas por falta de moradores - vão virando capoeiras e virando matas. A natureza volta aos poucos.
      Por outro lado, diminuir a população parece um risco ainda maior que a poluição atual...
      Não há um meio-termo aceitável?

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  4. ~ Fico sempre muito desconfiada desses grupos que parecem querer criar protagonismo por serem diferentes.

    ~ Para já não gosto do nome - O Brasil não pertence ao Commonwealth!

    ~ Depois ''slow'' por que razão?

    ~ A cozedura lenta destrói as vitaminas dos alimentos...

    ~ Apesar de todos os defeitos, confio mais na divulgação na Blogosfera.

    ~ ~ Também acredito que ainda há salvação. ~ ~

    ~ ~ ~ ~ Beijos. ~ ~ ~
    ~~~~~~~~~~

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  5. Estou me familiarizando com o movimento agora, mas se realmente valorizam os alimentos locais, orgânicos, se lutam contra os agrotóxicos e afins, ou a "comida plástica", parece bom.
    Creio que "Slow" seja para contrapor "Fast" food e diz respeito a toda a cadeia produtiva: Seguir o percurso do alimento se possível até o produtor, procurar os menos tóxicos, cozer em casa - ter trabalho.
    O que me chateia no Brasil são os nomes "estrangeirados". Por que não dizemos "Comida desacelerada", que é um termo mais claro?

    Abreijos aprendentes

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