Trunfos

Para manter o peso após mais de ano há que se ter cartas na manga. A reeducação alimentar progressiva deve vir aliada a exercícios físicos, lazer saudável e o máximo de serenidade no cotidiano, incluindo um sono de qualidade.

O sossego eu consigo reservando mais horas para as atividades que fazia "correndo". Procuro usufruir da natureza serrana aqui do interior e durmo menos, entretanto com mais qualidade: meu quarto nunca teve TV ou luzinhas acesas.

A dor de vacuidade que acometia meu estômago algumas vezes na semana e roubava horas de sono, sumiu com a alimentação a cada três horas e o suco verde.

Passei a me preocupar mais comigo mesma e menos com os outros. Nos fins de semana gosto de ficar na paz, sem nenhum compromisso de lazer. 

Eu passei a valorizar mais os produtos naturais. Este urucum eu e o Par fizemos a recolecção à beira de estradinhas como esta, onde já sei que há pé. É época de safra.

Após limpo e seco ao sol: betacaroteno puro. Ingerir algumas sementes com água de limão a cada quatro dias; é muito benéfico para triglicerídeos e colesterol.

Intercalo o urucum com canela (evita diabetes), cúrcuma e sal amargo (magnésio) - suplementos naturais ingeridos com moderação. A cada 4 dias, retorno ao primeiro item.

Consegui fornecedor para rapadura, que a tempos não encontrava. É bem melhor que uma barra de chocolate, cheia de química e que prende o intestino. E eu prefiro.

Uso também esse trio de grãos duas vezes na semana: alpiste, painço e semente de girassol; tudo com casca. Deixo de molho em água na geladeira por 24 horas, escorro e bato no suco verde, em dias alternados ao abacate.
O "leite" e a gordura são benéficos, a fibra ajuda a varrer impurezas do intestino. A medida é uma colher de sopa bem rasa. Compro na gôndola para pássaros; é importante ler as letras miúdas: Caso tenha acréscimo de vitaminas, eu não levo. dou preferência a uma envasadora de farináceos aqui do Município.

O conselho foi de uma nutricionista adepta do alimento local ou acessível, enquanto falávamos informalmente sobre o trio andino. Digamos que estes são os primos pobres, sem fama.
O objetivo do trio não é alimentar, pois são grãos crus. Uso para agregar a gordura importante às vitaminas lipossolúveis, e aproveito também o rico "Leite".
Poderia usar azeite extra virgem, porém a embalagem sempre é inadequada (deve ser vidro escuro) e por ser importado, o tempo entre a prensagem e o consumo é longo demais - oxida e vira veneno; sem contar as adulterações no caminho.

 A laranja passei a usar com mais regularidade, agora que perdi o medo da gastrite. Gosto assim, com casca e tudo, procuro ingerir uma parte mesmo que pequena, da casca. Uma unidade rende bastante e sacia a fome; bom para os lanches intermediários, com outra fruta, ou sobremesa do almoço.

Voltei às origens e procuro ovos caipiras. Com essas pérolas saudáveis, podemos consumir até três unidades por dia sem culpa, desde que cozidos ou apenas grelhados na frigideira. Priorizo o consumo para meu Par.

Compro produtos alternativos na feira livre: coquinho jerivá, "ovão" de perua para o Par e caxi (ou porongo) - esta mistura de abóbora com cabaça. A casca é mais dura e o sabor mais aguado que da abóbora. Um produto indígena que persiste.

Eu compro também carne suína caipira dos primos da roça. Eles avisam quando haverá abate. A gordura (banha) reservo para pães; moderadamente é mais saudável que óleos industrializados cheios de química.