5.4.15

Abóbora moranga

Neste início de outono, temos iguarias que são dádivas do verão. Na feira livre desta semana garimpei estas pérolas:
Pinhão das terras altas aqui da Mantiqueira. As araucárias são belíssimas e só frutificam nessa época, entretanto os pinhões são bem duráveis. Vende-se a R$ 5,00 o litro bem medido - esta porção. 
É só cozinhar na pressão, aguardar 10 minutos após chiar e deixar em água até que acabe. Se cozer demais perde a cremosidade.
O pinhão foi um importante carboidrato para nossos indígenas no entorno da Mata Atlântica.
O caqui é de produção comercial, deve ter veneno, porém eu amo. Exagerando no consumo, causa prisão de ventre, entretanto com uma pitada de sal amargo tudo se resolve.
Banana roxa orgânica e abóbora moranga da banca da Zelinda. A banana roxa não existe em produção comercial por aqui, sendo difícil de achar.  
A variedade moranga é minha abóbora favorita, pelo visual e pela cremosidade. Sem contar, que de uma abóbora bem higienizada se aproveita tudo.
Paguei R$ 4,00 por esta, orgânica e enorme. Da parte mais nobre, o miolo, fiz este doce com coco. Pico bem miúdo, coloco em fogo baixo e deixo soltar a própria água. 
Usei açúcar cristal em baixa quantia, pois o demerara me parece mascarado e o mascavo, que adoro, neste caso escureceria a receita e alteraria o sabor.
Na foto, com o coco.
Aqui, o doce pronto. Ao soltar líquido, coloquei bastante semente de erva doce, pois aumenta a "docicidade" e agrega substâncias importantes.
Dividi em três partes: uma em tigela tampada em geladeira para consumo imediato, outra melhor acondicionada, também em geladeira, para consumo a médio prazo e o resto congelei. 
Aqui, casca e parte com fiapos do centro. Liquidifiquei e amassei broas de abóbora. A broa é uma massa de pão mais mole, que facilita crescer e mantém a fofura, visto que a abóbora diminui a quantia de glúten, que imprimiria a maciez.
Usei golinhos de água para liquidificar e nenhum líquido a mais para amassar, apenas dois ovos e duas colheres bem cheias de gordura de porco caipira.
Aliás, já me convenci de que essa gordura em moderação é menos maléfica que qualquer óleo industrializado. Nem no azeite extra virgem se pode confiar, pois o adulteram ou o pobre oxida...
As broas ficaram saborosas e saudáveis. O sabor bem leve. Temperei com duas colheres de chá com sal grosso, três das de sopa com açúcar cristal e fermento biológico um pouco além do recomendado, pois a massa fica mais pesada com menos glúten
Antigamente eu preferia o pão de cenoura pelo fato da abóbora não me permitir colocar leite na massa, pois solta muita água naturalmente. Eu me cobrava um pão com leite, achando ser melhor para a família...
E as sementes secando ao sol! Uma iguaria riquíssima em minerais, sobretudo meu queridinho magnésio e contém cucurbitacina, um poderoso anti inflamatório. Deve ser consumida com moderação, pois também é riquíssima em antinutrientes - o ácido arsênico. Por isso é vermífugo...
E da abóbora, apenas rebarbas foram ao lixo.

9 comentários:

  1. Que linda fotografia! Adoro ver fotos de produtos alimentares.
    Aprendo sempre neste blog!

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    1. Olá, Catarina!
      Suas fotos é que são lindas, e a montagem de seus pratos é pura delícia!

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  2. ~ Também confeciono o doce pelo mesmo processo, mas não adiciono açucar, nem - nunca - uso açucar refinado.

    Prefiro juntar um pouco de mel e/ou Stévia, na altura em que se come.

    ~ O dr. Lair, brasileiro - conheço da youtube - afirma e assegura que o vosso adoçante, Stevita, é absolutamente seguro.

    ~ Como já te disse, poderia enviar-te muitos links interessantes, mas não ligas nenhuma ao teu ''e.mail''...

    ~ ~ ~ Amigos beijos primaveris. ~ ~ ~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  3. Também só uso o cristal - e pouco, com bastante coco, como no caso da foto.
    O demerara ainda não sei ...
    A "refrescância" da erva doce ajuda e a abóbora já é docinha.

    Eu gosto das dicas do Dr. Lair, mas na época em em fazia "auto ajuda", pegou fama de charlatão.

    Esqueço mesmo dos e-mails... Dá uma preguiça!

    Beijos fresquinhos de outono

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  4. ~ As ''famas'' brasieiras são terríveis!
    ~ De fato, ele tem um discurso científico muito diferente das nutrólogas.


    Fata de consider
    ~~~~~~~Bjs~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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    1. Dr. Lair era mais criticado pelos livros de auto ajuda. Na área de medicina, diz-se que ele é garoto-propaganda de alguns produtos - suplementos, água...
      A gente houve as palestras dele, retira o que é interessante, pesquisa, e o que é duvidoso joga fora.

      Äbreijos sem preconceitos!

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  5. ~ O comentário sumiu!!
    ~ Como estava dizendo, essa preguiça é uma tremenda falta de consideração por quem te anda a acompanhar dedicadamente no
    teu blogue...

    ~~~~Ab~~~~~~~~~~~~~~~

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  6. ~ Podia acrescentar algo importante, mas deu-me uma
    preguiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiçççççça!!!!!

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  7. Esse puxão de orelha doeu, viu? É que brasileiro gosta de sentir preguiça - herança de Macunaíma!
    Falando em preguiça, cadê seu blog? É que te gosto muito, e nem nunca vi sua foto!

    Beijinho meio indolente...

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