24.5.15

Fogo Digestivo

(Texto de estudos meramente autodidatas)
"Somos o que conseguimos digerir"
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Na medicina indiana, o "Fogo Digestivo (Agni)" equivale a grosso modo, ao que designamos "metabolismo": A forma como digerimos o alimento é tão determinante para a saúde quanto o que ingerimos.
Para a medicina indiana, acelerar o metabolismo (como está na moda) leva ao desgaste do organismo mais rápido. Animais longevos são lentos.
São regras alimentares milenares que buscam harmonizar o método de preparação;  o modo de consumo -  local e tempo de ingestão / período do dia; o equilíbrio de nutrientes com  nossa constituição básica.
Busca a individualização das necessidades nutricionais, pois cada ser apresenta constituição única, implicando escolhas peculiares, adaptadas às suas circunstâncias de vida.
Eis alguns pressupostos:
Só comer quando o corpo tiver naturalmente fome (e não a cada três horas); não comer demais ou de menos; aumentar a qualidade e diminuir a quantidade.
Não comer até que o estômago tenha digerido totalmente a refeição prévia - tempo variável, dependendo da digeribilidade de cada alimento - leves ou pesados.
Não beber líquidos gelados antes, durante ou depois da refeição. O frio choca o corpo, inibe o Agni e forma ama (toxina).
Não comer quando bravo, preocupado ou transtornado; nem à frente da TV, principalmente assistindo cenas de terror / suspense,  ou num ato mecânico e rápido.  Isso perturba o Agni.
Desfrutar do alimento numa atmosfera de respeito e amor, num ato consciente, aprazível e social. 
Evitar combinações incompatíveis de alimentos (sinergia) e  aqueles que não aprecie, pois não satisfarão a mente.
Evitar comer sobras ou alimentos requentados - contêm pouco Prana (transcendência). Escolher alimentos saudáveis que agradem aos sentidos.

O jejum é parte integrante da alimentação na medicina indiana, valendo-se da monodieta, dieta líquida ou apenas de água, purifica o corpo, descansa órgãos digestivos, restaura o paladar e controla o vício por certos alimentos. 
Sendo "o outro lado da moeda" o jejum nos ajuda a sermos seletivos, atentarmos para o que ingerimos: Quanto, como e porque comemos. Controlando a alimentação, ganhamos disciplina para controlar outros aspectos do comportamento. 
Jejuar não induz a distúrbios alimentares - pelo contrário, nos leva a "dar as cartas" nesse processo e fechar o ciclo digestivo, para determinar potência e equilíbrio físico / mental e a longevidade.
Férias vão bem sempre - inclusive para o aparelho digestório. Se na doença perdemos o apetite, algum fundamento deve haver no jejum...

* Pessoas com histórico de distúrbios alimentares ou propensas a tal devem evitar qualquer tipo de variação na dieta básica. O jejum terapêutico é indicado a pessoas saudáveis e em equilíbrio.
Fonte: Textos Ayurvédicos diversos.                    Imagem.

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