4.7.15

Generatividade no século XXI

Na faculdade, estudamos que o período mais propício à gravidez vai dos 20 aos 30 anos, sendo que a "crista da onda" é aos 25. A partir daí os óvulos já começam a se envelhecer, pois eles estão com a mulher desde a fecundação.
Uma janela mais escancarada, porém precária, abarca as faixas etárias dos 15 aos 20 / dos 30 aos 35. A partir daí, os riscos de problemas com o feto só aumentam.
Se até a década de 60, a mulher concebia à deriva, simplesmente "porque Deus quis", hoje ela oscila entre querer ou poder gerar uma criança numa rotina de vida atribulada e desgarrada. 
Com a atual conjuntura brasileira, onde a fertilidade já se encontra abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filho por mulher, esse tema acaba por vir à tona. 
Sem mencionarmos a legislação arcaica que vigora em relação ao aborto, que por vezes leva mulheres a parim sem a menor estruturação psicológica / material, estamos atualmente com o percentual de 1,77 filhos por mulher.
Percebo mulheres com 35, 38, falando em engravidar num futuro... futuro. Sonham em ser mães e vivem realidade oposta. São mulheres que priorizam a carreira, os estudos, as viagens, as relações amorosas menos estáveis.
Faz parte do estilo de vida do século XXI a mulher ser independente, apresentar inteligência multifuncional, ser responsável pelo seu próprio sustento.
Foi um avanço tremendo, lembrando que no início da década de 60, na zona rural, as mulheres não podiam usar calça comprida (era sinal de transgressão e masculinidade).
Com tantos avanços, hoje elas estão perdendo a noção de que mulher continua tendo prazo de validade no que diz respeito à concepção, por mais que o prazo tenha sido prorrogado nas últimas décadas, com avanços científicos.
Quando enfim resolvem engravidar e percebem que a chance natural foi perdida, entram em desespero. Ajuda profissional é caro e não traz garantias de sucesso absoluto - é uma loteria.
Existe a possibilidade de congelamento de óvulos quando a mulher está bem abaixo dos 30, mas quem pensa na possibilidade? E quem se dispõe a onerar-se com algo tão remoto? 
Agora também se preconiza que o homem deve congelar os espermatozóides enquanto ainda bem jovem, pois a ciência descobriu que também eles vão perdendo o “viço”.
Com tantos problemas mais urgentes na saúde pública, o governo não pode assumir mais este, entretanto pelo que se descaminha a demografia, em cerca de uma década será necessário pagar “bolsa bebê” para as mulheres conceberem, como já ocorre em certos países.
Há tantas questões na balança, como programas sociais tipo "Bolsa Família"; um possível risco (ou não) da diminuição da população brasileira (para daqui a poucas décadas); a superpopulação mundial ainda se ampliando e os desastres ambientais / efeito estufa.

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