20.7.15

Trilha de jipe

Trilhas de jipe são passeios na maioria curtos, em feriados ou fins de semana, aproveitando nossas maravilhosas serras. 
Há adeptos de todas as idades e o público é eclético: Inclui médicos, profissionais liberais / autônomos, borracheiros / revendas e donos de oficinas (de moto, de rodas, de motores, funilaria ou pintura de autos).
Aproveitamos o feriado de nove de julho (quinta-feira) e rumamos à divisa com Minas Gerais, com o pretexto de almoçar num restaurante rural aberto só para nós, pois em Minas não é feriado.
Os mineiros sempre "tiram" conosco por termos perdido a guerra e mesmo assim, comemorarmos!

Vista do início do percurso: Manhãzinha fria e nublada.
Mais alguns quilômetros e o tempo fechou. Chuvisca fino. Veja meu Par ao lado do jipe vermelho do Vizinho, onde estávamos.
A cada 15 km em média para-se curtir a vista, fazer xixi no mato, tomar água, esperar um retardatário, socorrer alguém que quebrou, tirar fotos / filmar, comer ( cada qual leva algo: frutas, salame, tira-gosto).
Os jipeiros vão se comunicando por rádio ao longo das estradinhas.
Aqui, parou a chuvinha e veio a neblina. Altitude aproximada de 1.400 metros. Estamos aguardando o conserto da caminhonetinha adaptada, que pifou. Há sempre mecânicos preparados na equipe e fica fácil. 
Que demora! Estamos em meio a uma nuvem densa, não se vê nada da paisagem.
O dono da caminhonetinha, irresponsável, não cuidou devidamente da manutenção e atrasa todo o grupo de 29 pessoas - 21 adultos e 8 crianças.
Seguimos, e logo o tempo abriu. São dez veículos: 8 jipes, 1 gaiola e a caminhonetinha que fará história.
O percurso aqui na região é lindo, dá até pena de piscar para não perder nada.
Entramos na área de cafezais, cultura dominante na região, além das pastagens. O gado se esbalda por esses grotões, porém o capim começa a ralear devido ao inverno.
Plantação de macadâmias. Adoro passar por aqui, a colheita já terminou e sobra muita castanha na beira da estrada. Ó eu fazendo recolecção! Rendeu uma sacola cheia...
As outras mulheres estão macetando com pedras e comendo na hora. Prefiro trazer para casa.
Vários estágios da macadâmia: Ainda verde, com a capa, filipi (duas castanhas por fruto), o fruto sem casca (no escuro) e a amêndoa.
Não pense que é fácil retirar essa "madeira" para chegar à amêndoa! Eu retiro a casca, lavo e quebro na morsa da oficina. A maioria não sai inteira. Essas verdes devem ficar uns dias ao sol antes da operação.
Depois de prontas, lavo novamente o congelo. Duram meses (são calóricas). 
Aqui, no restaurante. Mais dois carros de turistas apareceram e aproveitaram o estabelecimento aberto. Se assustaram um pouco com nossa  farra: À esquerda da foto tem um barranco e fosso próprios para os jipeiros "brincarem".
E não é que a caminhonetinha bateu no jipe do Vizinho? Foi um momento chato... Estragou um pouco a frente, porém já está consertado e ele pagou.
Na volta. Todo mundo parou para aguardar a Cri (eu)  catar abacates num pé à beira da estrada. Dividi "casamigas". Achei também limões, serralha (aos montes, pois é época) e um cachinho de banana roxa.
 Foram 12 horas de passeio num percurso de pouco mais de 100 km. Para, anda, para. 
Aqui, ficamos em cima da Serra da Paulista curtindo o por do sol e aguardando a noite. Veja as luzes da cidade!
Mais atrás avista-se as luzes de três cidades vizinhas(que minha foto amadora não soube captar). Momento mágico... 


2 comentários:

  1. Que passeio!! Gostei imenso de ler este post. Estava à espera de ver uma foto do almoço. Deve ser bem diferente do que estou habituada. Fiquei com curiosidade.
    Para mim seria uma experiência única. Nunca participei num passeio desses.

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  2. Olá, Catarina!
    O almoço é no estilo self service, onde se repete quanto queira e paga-se por pessoa (R$ 25,00).
    No balcão de frios havia legumes e folhas (estava pobrinho). Sobre o fogão de lenha tinha torresmo, mandioca frita, feijoada, arroz, frango assado com batatas, macarronada, peixe frito, jiló, couve refogada (e mais alguma coisa - as cozinheiras repunham).
    De sobremesa: Doce de abacaxi, pavê de maracujá e doce de abóbora. Após o escândalo gastronômico, fiz 24 h de jejum!

    Voltamos sujinhos e cansados, todavia com a alma cândida.

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