2.8.15

Campos Gerais - romaria de carros de boi

Estivemos em Campos Gerais e assistimos emocionados à romaria de carros com bois de toda a região, invadindo o centro.
A população local já está acostumada e nem apreciou muito.
Cada junta de boi é  encangada por uma corrente que liga à canga - peça de madeira sobre o pescoço (cangote do boi).
Meu Par encantado!
Acompanhamos a pé até o ponto de concentração. Eu acompanhei o belo boi Martelo chorando de emoção. Remeti a meu pai o tempo todo - ele adorava isso.
É a coisa mais linda, cada boi tem nome e obedece ao carreiro, que carrega essa vara com cerca de três metros, contendo uma argola ou ferrão na ponta para  indicar a direção a ser seguida ou disciplinar o animal.
Este carro é o décimo sétimo, conforme numeração na roda, que é uma obra de arte.
Ao comando, o carreiro usa expressões num grito cantado como “ôu!”... para frear. Diz “êi!”... para fazê-los descer ladeiras. “Carrega boi"... para agilizar o passo.
Detalhe da parte interna de um carro. São necessários dez deste e 60 bois - 30 juntas ou parelhas - para equivaler a um caminhão normal.
 Um dos estilosos carreiros paramentado.
A indumentária compreende o chapéu, camisa manga longa devido ao sol, jeans, um facão na bainha, cinturão "invocado", bota e a caneleira de couro.
 Detalhe da lateral do carro, trançada em taquara (bambu).
 Este contém pedras enormes. O peso faz o carro cantar melhor. O chiado característico é que dá vida ao carro de boi; produzido pelo atrito do cocão (peça que apóia a grade ou mesa) sobre o eixo.
Simplesmente um meio de transporte e locomoção pré-histórico, do período neolítico.
 Equipamento na lateral do carro - cocão chorador - a alma do carro.
 Dizem que cada carro de boi possui sua identidade sonora única, reconhecível de longe.
Logo postarei a segunda parte.

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