15.8.15

Longevos

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Eu tenho tias paternas com 92, 88, 86 (gêmeas), 84 e aí vai... Todas lúcias e nenhuma nunca teve empregada doméstica! A ascendência materna é espanhola e paterna é italiana. 
A tia Angélica, de 92, teve 12 filhos, uma vida adulta difícil na grande São Paulo e ainda cuida até hoje com afinco do solteirão quinquagenário que vive com ela.
A de 88 fez um casamento onde ela e o irmão se uniram a um casal de irmãos também. A tia teve oito filhos criados com sacrifício aqui mesmo na cidade. Inteligentíssimos, sobretudo o caçula
A ninhada de 13, do irmão que teria 90, possui inteligência normal. Essas 21 pessoas são primos irmãos, com genes cruzados - um casal de lá com um casal de cá. Assinam Pavani Parolin e Parolin Pavani.
Engraçado que as gêmeas tiveram hábitos adultos totalmente diferentes, pois uma se casou e teve oito, além dos trigêmeos  de aborto espontâneo; a casa transborda gente. A outra é solteira e vive sozinha.
A de 84 teve sete filhos em cinco partos, sozinha na grande São Paulo. O marido saía de madrugada e voltava noite fechada. Até a entrada das primeiras gêmeas à escola foi adiada. Só um dos sete lhe deu netos, casado com a prima filha daquele que teria 90...
Nunca fumaram e nem ingeriram álcool, sempre tiveram a mente e o corpo ocupados, são magras e relativamente pobres. Nunca tiveram um feito notável ou estiveram em evidência.
Possuem uma vida rotineira de donas de casa, dedicando-se extremamente à família. O planeta delas é o mundinho familiar, com exceção em partes da gêmea solteira. 
Nunca foram excessivamente religiosas, não estudaram muito, fizeram pouco turismo. Não tiveram câncer ou outra doença grave. São tímidas e introspectivas, bem mais caladas que falantes. 
Nunca fizeram caminhada ou outro exercício, nem nunca dirigiram veículos, com exceção da solteira nos dois quesitos. Sempre viveram num clima relativamente quente, sem grandes extremos.
Sempre ingeriram arroz com feijão e vegetais, pouca carne, sem excessos. Nunca fizeram jejum ou comeram seis vezes ao dia ou se preocuparam em "casar" nutrientes.
Perderam inúmeras noites de sono quando as crianças eram pequenas, trabalhando quase ininterruptamente à exaustão. Devem ter tirado muita comida da boca para alimentar tantas boquinhas.
Detalhe importante: Todas viveram na zona rural até boa parte da vida adulta.

2 comentários:

  1. ~~~
    ~~~ Outros tempos...

    ~ Os que não morreram cedo, duram muito...

    ~ Havia mais fé e humildade e menos stress...

    ~ Menos fartura, ócio e poluição, mais higiene alimentar...

    (Estava a lecionar - há 30 anos - nas ilhas dos Açores, quando ex-emigrantes luso-americanos introduziram no gado, as hormonas de crescimento. Os bezerros ficam enormes gigantes...)

    ~~~ Beijo, amiga. ~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  2. Nada como os alimentos ao natural, a vidinha pacata ao natural.
    A moderação e temperança fazem da tartaruga uma vencedora.

    Beijos desacelerados!

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