Slow life nas Gerais

Ah! Já sinto saudade de Minas, embora meu próximo passeio espero que seja aqui mesmo em São Paulo.

Nas cidadezinhas mineiras, parece que o relógio é preguiçoso... O povo não liga em  parar um minuto para te dar atenção - prosear. Não passa te atropelando pela calçada.

Sempre te darão informações com prestimosidade, porém não espere que saibam onde é direita / esquerda. E constantemente te dirão para percorrer "toda vida".

É um povo mais aninhado nas falas que o paulista, conta longos causos com voz cantada, pausas tranquilas e gestos suaves. Não fala aos berros.

Seu dialeto e sotaque varia por região, porém a fala caipira é bem marcante nos rincões.

A comida é bem típica, caseira, com banana frita, mandioca, torresmo, batata doce e muitos legumes refogados, na sobremesa rapadura, doce de leite e de frutas com queijo minas.

No comércio, não te exploram por ser turista. Não são vendedores atirados e inconvenientes. O mineiro típico costuma pender mais para a ingenuidade que para a malandragem (sempre há exceções).

O pão de queijo, biscoito de polvilho e a broinha de fubá marcam o café da manhã, sobretudo numa padaria tradicional. O leite com café também não pode faltar. Eles comem calmamente...

Nunca te viram e já te tratam como a um parente que chegou. A hospitalidade nas cidadezinhas mineiras é marcante - uma devoção; eles se importam com os outros. O aperto de mão é levado muito a sério.

Não respeitam faixa de pedestre. Ainda há uma cultura de que os pedestres é que devem temer os carros e manter-se à distância.

Religiosidade - a semana santa é um "carnaval" para o mineiro. Faz questão de manter as tradições da quaresma, com promessas e intenções (restrição de algo importante - carne, por exemplo). Suas igrejas são bem cuidadas e movimentadas.

Privacidade - eles especulam você na maior simplicidade: quanto ganha, filhos, poupança, detalhes pessoais quaisquer. É considerado um zelo perguntar sobre sua vida pessoal, seus familiares e tudo mais.

O cafezinho - a toda hora no hotel oferecem um gole de "café preto", assim como em postos de combustíveis e  outros estabelecimentos. É um ato de atenção para com o outro.
Minas me lembra modas de viola apaixonantes como esta.