14.9.15

Sexualidade feminina e tabu


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Desde sempre a sexualidade e o ato sexual em si reputaram lugar preponderante no palco da humanidade. Entretanto os papeis masculino e feminino nem sempre pesam equiparadamente nesta gangorra.
O direito feminino ao prazer sexual é relativamente recente na maioria das culturas, pois é através de seu corpo "paridor" que perigosamente alastra-se ou inibe-se civilizações.
Na promiscuidade, prostituição, estupro /abuso sexual, doenças sexualmente transmissíveis, traição e aborto, a mulher sempre foi execrada não só por homens (seus "corruptores"), todavia por outras mulheres e sobretudo por órgãos religiosos. Vitimada sobrepostamente!
O estorvo do julgamento social por atos sexualizados ou eróticos e também o fardo da responsabilidade pela maternidade, mesmo quando parcialmente compartilhada com um companheiro, nos evidencia o desequilíbrio nessa balança entre voluptuosidade masculina e feminina.
Embora num estado dito laico, a força "religiosa" é tamanha a ponto de levar multidões a decisões desinformadas pautadas no mito do aborto. Decisões essas que fazem com que mulheres abortem clandestinamente e percam a saúde física e mental; percam até mesmo a vida!
Ainda desconsiderando que crianças nascidas sem a menor estrutura social, psicológica e física podem se voltar contra a própria sociedade que a ignorou, apenas dez anos depois, num semáforo qualquer...
Não se esclarece devidamente os cidadãos sempre que o tema vem à pauta... Muito longe de ser uma obrigação de cada grávida abortar, poderia ser uma remota possibilidade de escolha cônscia.
Sempre.o veredito de interrupção da gravidez por motivos sérios e justos, deve estar a cargo de cada mulher e sua família - que deseja seu melhor, apoiados em profissionais imparciais.
Colher do poder público (por direito) todo o apoio que se faz necessário nos casos de gravidez inesperada - apoio incondicional: com psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e o que mais necessite para a mulher tomar a decisão mais correta a si e sua família, é praxe em países democráticos. 
Não aqui!
Na condição de professora, me deparo com famílias "abandonadas" que geram crianças mais abandonadas ainda... Dificuldades de aprendizagem, agressividade, carência de bens básicos, envolvimento futuro com drogas, são feridas abertas que purgam pelas vielas das cidades.
Nesse tripé onde o homem, a igreja (símbolo másculo) e outras mulheres tapam o sol com a peneira, resta-nos arrebanhar ao menos essas fêmeas em prol de uma sociedade que esbranja ponderação. 
Imagem Google.

2 comentários:

  1. Ahhh infelizmente nosso país tem muita exacerbação sexual, mas não tem educação para fazê-la.
    As pessoas agem errado na adolescência, têm filhos e criam iguais a como foram criados e logo eles estão reproduzindo também. É um ciclo doloroso de ver e também de difícil trabalho para os professores, mas temos que tentar, falar, conversar, abrir o leque para que os jovens se acheguem sem vergonha e falem de suas necessidades.
    abraço carioca


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  2. Olá, Alfazema!
    Cada vez mais o número de crianças desapoiadas tomam os bancos escolares e tomam postos na sociedade.
    Como você bem diz: um doloroso ciclo que eterniza desorganizações e forma adultos desajustados socialmente.

    Abraço roceiro de cá!

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