Uai, "prá modi quê" tão parente das macacas, Cri?
Sou aquela do maior custo-benefício possível. Vivo ponderando tudo: Custo financeiro, ecológico, emocional, sociológico, político... Somente pago mais caro se compensar por outro lado.
Eu sou pragmática ao último grau - a começar pelo nome: Cristina é um palavrão de 8 letras, então "Cris" é mais prático. Que tal "Cri", mais econômico ainda?
Sou um esculacho nas vaidades, acho desnecessário até um batonzinho básico para iluminar o rosto... Aquele lápis preto de imitar panda, até tenho só para casamentos. E um pó de arroz blash quase incolor. Sombra eu adoro, porém não sei passar - nunca uso, e se uso, exagero... Fico igual aquele do circo.
Salto alto? Pra que, se o conforto é uma ideia tão brilhante? Mudar de brinco? "Larga mão", esse minúsculo aqui já é de ouro mesmo...Trabalheira. Vai que inflama a orelha à toa...
Limpeza de rosto e cremes aprendi "male-má" aos 30, por absoluta necessidade de manutenção.
Fazer unha? Ficar me entupindo de veneno em forma de esmalte, aguentar a neura do salão, depois tendo o trabalhão de tomar cuidado ao lavar louça. Não compensa. Só faço pé em casa, por higiene.
Pintar cabelo? Só aos 42, quando não dava mais para disfarçar os intrusos. Secador e escova? Imagine, deixa os pobres fios secarem ao vento, tão mais natureba!
Guarda-roupas? Ah, aprendi a costurar na adolescência; vivo comprando em brechó "cê que sabe". Reformo daqui, renovo dali, reciclo de lá. Até para o Par. Fiotão não aceita...
Alimentação? Custo-benefício total - aproveito até as cascas e talos no suco verde, sopas, massa de pão e o resto liquidifico para as plantas, que amam o "esterco"!
Rotina é o extremo da serenidade. Eita "trem bão" ter tudo previsível, com pitadas salutares de modificação! Para uma TOC relacionada ao tempo, como eu, ter a rotina planejada e organizada é paraíso.
Ah, o pior: Sou antissocial "bixu do mato" e serviria para eremita; detesto ir na casa das pessoas porque posso estar incomodando. Amo a natureza, minhas montanhas, espaço quase sem humanos.
Gosto de tudo em pequenas doses - poucos amigos, poucosraros eventos sociais. Detesto sair à noite, sou diurna ao extremo, a ponto de acordar todo dia de madrugada.
Não sou de organizar festinhas, considero desnecessidade e bagunça. Prefiro a maravilhosa praticidade dos piqueniques.
Imagem GoogleGosto de tudo em pequenas doses - poucos amigos, poucos
Não sou de organizar festinhas, considero desnecessidade e bagunça. Prefiro a maravilhosa praticidade dos piqueniques.
Muito interessante e humorada esta postagem em dissecar a Cris.
ResponderExcluirVocê me fez lembrar Lamento Sertanejo:
Por ser de lá do Sertão
Lá do cerrado
Lá do interior, do mato
Da caatinga, do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver
Contrariado.
Por ser de lá, na certa
Por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão, boiada
Caminhando a esmo.
Um carinhoso abraço bicho do mato.
Um bela e alegre semana a você.
Bju de paz.
Pôxa, Tonin.... É exatamente isso!
ResponderExcluirSabe que nem me lembrava mais dessa saudosa musica?
A sorte é que moro num bairro sossegado, dou aulas na periferia e quase não vou a centro.
Se for para enfrentar um restaurante lotado, prefiro ingerir ovo em casa, na paz. Detesto cidade maior que a minha, fico "zoada".
Você, como bom mineiro, captou a essência da questão!
Tranquila semana também, um abraço desse bicho do mato!
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ResponderExcluir~ Macacas não comem cascas...
~ Também são curiosas e gostam de bisbilhotar...
~ Tu, que saíste de uma roça e frequentaste uma universidade...
~ Foge de cair em extremos...
~~~~ Não te deixes ficar velha, Cristina Pavani!! ~~~~
~~~~~~~ Abraço amigo. ~~~~~~~~~~
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Será que não comem cascas? Então estou num patamar mais primitivos que elas (orgulho).
ResponderExcluirMinha roça e meu primitivismo ocasional são uma forma de útero. Para circular entre mundos tão distintos, preciso desse escape. Não poderia ser padronizada, certinha, ou perderia a essência.
Tenho cisma da aposentadoria, por medo de começar a "pensar velho". As crianças me são a fonte da juventude.
Abreijos excêntricos, contudo amigáveis!