26.4.16

Lipo-adaptação

Um dos maiores expoentes da comunidade Low Carb aqui no Brasil é Dr. Souto. Ele utiliza o termo Lipo-adaptação para se referir à forma de adaptar o organismo na utilização de gordura corporal como combustível.
Somos iguais a um carro flex, com dois tanques de combustíveis: de gordura e de carboidratos. Na era moderna, nos tornamos muito sedentários e ingerimos demasiados carbos, o que leva à obesidade e suas consequências.
Se pensarmos nos pequenos grupos de indígenas isolados que vivem pela Floresta Amazônica, fugindo dos temerosos homens brancos, o que eles comem?
Com certeza, vivem da caça (sobretudo de pássaros), pesca e recolecção de insetos, ovos, cogumelos, castanhas, sementes, mel, raízes, brotos, algumas frutinhas ocasionais. Talvez furtem alguma plantação de outros indígenas de tempos em tempos.
Sua carga de carboidratos se limita à celulose dos brotos, frutose de poucos frutos meio verdes / meio secos e mel que porventura consigam de vez em quando, e amido de algumas raízes.
***O carboidrato celulose não é digerido por nosso intestino onívoro, então compõe o bolo fecal. Para isso, necessita de gordura para lubrificar e escorregar, não travando.
O "grosso" de sua alimentação está na gordura e proteína animal (caça, pesca, insetos, ovos) + vegetal (castanhas, sementes).
Então, estar lipo-adaptado significa que a maioria das demandas energéticas do organismo são supridas por gordura corporal e alimentar, não por carboidratos. Visto que proteína não é bom combustível.
Descobriu para que serve essa "caderneta de poupança" aí em seu abdome? 
O homem primitivo cruzava desertos (levando preferencialmente água), partia para novas terras, fazia guerras, passava dias ferido na mata (nalgum oco de árvore), enfrentava longas secas e invernos rigorosos. 
O jejum era uma necessidade de sobrevivência. Para continuar vigoroso e manter a labuta, usava-se como "alimento", a gordura corporal armazenada em épocas de fartura. 
Portanto, esse abdome globoso atual é resultado de bonanza constante. Se temos dinheiro na carteira, não vamos ao banco retirá-lo da poupança, e os juros vão aumentando os lucros = obesidade.
Pensando assim, fica lógico não deixar essa banha mofando por muito tempo; afinal, jamais enfrentaremos adversidades iguais aos indígenas isolados ou outros povos coletores / caçadores que ainda persistem nesse Planeta.
E apenas numa alimentação Low Carb (inibindo picos de insulina) se consegue essa façanha - eliminar banha corporal sem passar fome, alimentando-se com qualidade (comida natural, e não produto alimentício).
Quem fez uma marcha-a-ré na nutrição caótica atual, retrocedendo-a aos tempos de nossas bisas, foi  Gary Taubes. A partir daí, a indústria alimentícia já não fazia mais sentido.
O jejum intermitente (após adaptação) acelera o processo. É o maior dos depurativos, e parte integrante desse estilo de vida. 
Dr Jason Fung (do Canadá), Dr Andreas (da Suécia), Dr Walter Longo (italiano que vive na América), e tantos outros na Austrália, África do Sul e todo o Planeta prescrevem jejuns controlados a seus pacientes.

4 comentários:

  1. Estou no mesmo estilo alimentar que vc !! Que legal ler um blog de alguém que nao acha que eu vou morrer de colesterol por comer gordura kkk.
    Estou na alimentacao LCHF desde novembro e estou amando
    Acho que vamos trocar figurinhas :)
    Bjoss

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  2. Renata, amei saber que você também faz parte da comunicade!
    Eu gostaria muito de beber direto da sua fonte, pois estamos seguindo a Suécia nesta nova vertente alimentar.
    Beijinhos sem açúcar!

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  3. Caso para se dizer: "Somos o que comemos".
    ;)

    bj amg

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  4. Olá, Carmem!
    E podemos ir até um pouco além:
    "Somos aquilo que conseguimos digerir devidamente"!

    Beijo amigável também prá ti.

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