6.11.12

Enterrem Meu Coração Na Curva do Rio.


Logo agora que um grupo de indígenas brasileiros aparece na mídia internacional, eu havia iniciado este tijolão com diversos termos técnicos e uma história verídica até demais! 
É cansativo, com muitos nomes a serem decorados, descrições rústicas, uma "doação de sangue"!
O autor não traz florzinhas secas, cavoca nossa carne na ponta do canivete, girando a 300 graus...
Um documentário sobre povos oprimidos pelo dito povo "civilizador". Quem assistiu a filmes de bang-bang se familiariza com nomes dos locais, de tribos, de chefes indígenas e dos comandantes do exército americano.
Quem gosta dos livros (como eu) de Laura Ingalls Wilder, também estará ambientado com locais e sobretudo datas (coincidentes).
Trata-se de uma faceta importante da história da colonização americana, iniciada sobretudo por europeus do norte (ingleses, escandinavos e afins). 
Os indígenas barbarizaram? Obvio! Após sua ingenuidade ser apunhalada com ataques horrendos, desumanidades com tribos inteiras, reservas que na verdade eram campos de concentração (e o intuito de muitos comandantes era unicamente exterminá-los).
Houveram brancos "camaradas"? Obvio! Muitos se casaram com mulheres indígenas e se solidarizaram, gerando filhos mestiços.
Não li esta versão do Scribd (li outra em PDF), todavia tiro daqui uma canja e também as ricas imagens de época. Há muitas outras para quem se aventurar ao  deleite!

A versão que li, leva esta foto na capa.
Nesse período de amizade, os navajos iam freqüentemente a Fort Fauntleroy (Wingate), para comerciar e receber rações de seu agente. A maioria dos soldados recebia-os bem e desenvolveu-se um costume de fazer corridas de cavalos entre os navajos e os soldados. Todos os navajos esperavam ansiosamente essas corridas e, nos dias de competição, centenas de homens, mulheres e crianças vestiam suas roupas melhores e iam, em suas melhores montarias, a Fort Wingate. Numa clara e ensolarada manhã de setembro, foram disputadas várias corridas, mas a corrida especial do dia estava marcada para o meio-dia. Seria entre Bala de Pistola (nome dado a Manuelito pelos soldados), num cavalo navajo, e um tenente, num cavalo do Exército. Muitas apostas haviam sido feitas para esta corrida — dinheiro, cobertores, gado, contas de vidro,
 tudo que um homem pode usar numa aposta. Os cavalos partiram juntos, mas em alguns segundos todos podiam ver que Bala de Pistola (Manuelito) estava em apuros. Perdeu o controle do seu cavalo, que saiu do percurso. Logo, todos viram que as rédeas haviam sido cortadas com uma faca. Os navajos recorreram aos juízes e pediram que a corrida fosse disputada outra vez. Os juízes recusaram; declararam vencedor o cavalo militar do Tenente. Imediatamente os soldados fizeram um desfile de vitória numa marcha até o forte, para pegar as apostas... 
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Fonte: esta  

2 comentários:

  1. Caríssima Cristina,
    Este livro que tenho até hoje, comprei pelo Círculo do Livro há muitos anos atrás. Eu era fascinada pela história dos indígenas americanos e foi um dos livros que volta e meia eu pegava para olhar as fotos inúmeras que tem nele. A história é bastante emocionante, triste, mostra a ignorância do ser humano branco e a dizimação de dezenas de tribos norte americanas.
    Legal você falar sobre ele aqui, gostei!
    bjs cariocas


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  2. Ah, Beth!
    Não me chame de caríssima que fico com vergonha...
    Dá uma revolta saber em detalhes sobre as atrocidades de nossos ascendentes europeus (ou filhos deles) ditos civilizados!
    Aqui no Brasil foi tudo igualzinho (bandeirantes de uma figa).
    Outro beijão da caipira!

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