22.6.20

Experiência carnívora

Trata-se de relato pessoal, não aconselhamento.
O que você precisa saber sobre a dieta carnívora - Plug Hosting
Após 1 semana de jejum, fiz uma de carnívora. No 1º dia, comi três ovos fritos e uns cubos suínos às 13h. Me senti enjoada duas horas depois, vindo a comer apenas queijo no jantar.
O enjoo  é devido à falta de enzimas digestivas, o descanso de uma semana requer retomada lenta. Devia ter comido os ovos cozidos.
Esse leve enjoo persistiu após o lanche da manhã do 2º dia (peixe) e perdurou. Fiz 4 pequenas refeições: carne, queijo, quefir.
Foi muito bom enjoar, pois comi pouco. O intestino funcionou no início do 2º dia, levemente pastoso.
Fome normal no 3º dia, com 4 refeições. Amenizei bebendo uma mistura de água e kefir na proporção de 3/1. 
Muita energia e vivacidade ao fim do 3º dia, mas não fiquei cansada nos primeiros também.
Usei queijo meia cura e água com gás de sobremesa no 4º dia, pois faltava-me algo. Tive espinha pelo excesso de laticínio. Raro em mim.
Do 5º ao 7º dia, senti-me bem adaptada, com 3 refeições - menos fome. 
Na 5ª manhã, o intestino voltou a funcionar, agora levemente ressecado pela caseína, excesso de laticínio.
Me pesei nas três últimas manhãs: 61kg se mantendo. Lembrando que antes do jejum, eram 64,5kg.
Na última manhã, o intestino prendeu de vez. Só umas bolinhas. Tomei magnésio, e após 3 horas tudo se normalizou.
Ao final do dia, após 2h de caminhada, tive alergia (groceira) por todo o abdomem, porém amanheceu bem no dia seguinte.

E iniciou-se novo jejum, mas de 3 dias. E uma nutrição fruto-carnívora por vir.

17.6.20

Jejum longo

Trata-se de um relato pessoal, não aconselhamento.
Dieta polêmica: a moda agora é fazer jejum - Blog Social 1
A pandemia aumenta o peso: sem academia, sem parques, mais tempo em casa exposta a comidas... e a roupa fica agarrada.
Então, completei o 1º jejum de sete dias e meio (e oito noites). Pratico desde 2014 ampliando aos pouquinhos, e cheguei a 5 dias em 2017.
Com a prática, percebi que menos de 1L de água por dia é melhor: a sede esconde a fome e não se perde minerais. Não há necessidade de sal, nem ocorrem cãibras.
Uma molécula de gordura agrega três de água. Um pouco de sede força o corpo a quebrar ainda mais gordura para sugar essa água velha.
Certa vez fiz o jejum seco por três dias e foi bom, mas tive efeitos colaterais: lábios escamando e leve cistite após o término.
O jejum em comparação à reeducação alimentar é como comprar um produto em 24 prestações ou à vista.
À vista é mais custoso juntar o dinheiro (o período do jejum longo), mas não há dívidas. Desci 5 kg, talvez a metade foi emagrecimento.
Comprar em 24 prestações é mais suave, tem-se o prêmio antes, mas requer supervisão constante para bater a meta todo mês.
Eu gosto da reeducação Low Carb para manter, após chegar ao peso ideal. Contudo, um choque rápido é mais eficaz para mim.
Nesse jejum, tive cansaço no início do 4º dia, e fome à tarde; só pensava em carnes. 
Não tive dor de cabeça,  só um leve peso nas têmporas. No sexto dia, senti mais energia e sem cabeça pesada.
Nunca tive clareza mental com jejum (bem que preciso), mas tenho uma serenidade absurda, nada afeta aquela sensação de desprendimento.
A leve melancolia típica do pós menopausa desapareceu, e o sono melhorou, com sonhos vívidos.
Falando em menopausa, nos três anos de fogacho, eu amenizava com jejum.
Senti o queixo, cabelo e à volta do nariz bem oleosos. Os calçados e roupas foram folgando.
No 5º dia, quando terminei o jantar do marido, comi um cubinho de gordura de porco, era tudo que eu queria. E fiz chá antes de dormir.
Todo dia molhava a boca com café amargo de vez em quando, e a água só aos golinhos. 
Trabalhei normalmente, pilotei moto, musculação em casa sentada, sem aeróbico, mas  fiz caminhada devagar.
Na última noite, o intestino funcionou. Expele-se aquele resíduo normal em todo jejum e uma pasta bem negra.
O maior inconveniente é o bafo que vem dos pulmões, resolvido com máscara!

4.6.20

Nonenal, cheirinho de vovó


Desenho de Boca e nariz para colorir - Tudodesenhos
Todos conhecemos o cheirinho de bebê, aquela fragrância única e especial que não se encontra nem nos perfumes mais caros.
Na adolescência, o odor corporal muda drasticamente e pode ajudar a sinalizar a fertilidade ou a saúde de alguém, ajudando a encontrar um parceiro ideal.
Porém, após os 40 anos, uma série de alterações na estrutura e no funcionamento da pele faz nosso cheiro se alterar. 
A mudança de odor ocorre por uma molécula que se multiplica na pele com a idade madura, exalando um cheirinho de gordura rançosa.
A substância chamada 2-nonenal fica mais concentrada na pele de indivíduos com idade avançada. Seu acúmulo é um fator por trás desse cheiro.
Benzotiazol e dimetilsulfona também contribuem, além de outros compostos odoríferos e bactérias interagindo com a pele.
Nonenal é uma molécula gerada na pele pela oxidação natural dos ácidos graxos da barreira lipídica.
O odor é identificado como ruim, mas não tem nada a ver com suor, outros fluidos corporais ou com falta de higiene.
Em testes cegos, várias pessoas são capazes de identificar o odor característico de um idoso. 
Esse odor também não vem da alimentação, consiste mesmo no envelhecimento da derme.
O organismo começa a fazer a transição,  já não tem o mesmo colágeno ou antioxidantes de quando tinha 15 anos.
A produção de lipídios na superfície da pele aumenta graças a alterações hormonais, por isso, diz-se que os idosos têm um cheiro mais forte. 
Todos faremos essa transição. Colocar um pouco de vinagre à lavagem das roupas e na limpeza da casa, atenua o odor de ácido lipídico oxidado.

“Síndrome látex-fruta”

A produção de látex é mecanismo de defesa da planta contra predadores e situações de estresse. 
Alérgicos à borracha (látex) podem desenvolver alergia a frutas que são leitosas quando verdes. A esse fenômeno chamamos reatividade cruzada.
O látex do mamão, assim como outras substâncias produzidas por diversas plantas, tem ação biológica.
São substâncias sintetizadas pela planta para defesa; significa que são tóxicas para os predadores. 
Em grandes quantidades, podem ser tóxicas para nós também.
O ato repetitivo de encher balões de borracha, manuseá-los, o uso de luvas  ou equipamentos hospitalares de latex, podem desencadear alergia.
O fenômeno chamado “síndrome látex-fruta” ocorre por algumas frutas conterem seiva: nódoa ou "leite" com proteínas semelhantes às do látex da seringueira.
A banana contém mais de dez componentes alergênicos comuns ao látex.
Leitosos: Jaca,  figo, melão, abacate, kiwi, pêssego, abacaxi, melão, manga, maracujá, goiaba, mandioca, castanha, amendoim, batata, tomate, pepino e chuchu cru.
Autistas devem moderar essas frutas, devido à sua sensibilidade maior a toxinas alimentares.
As reações alérgicas vão desde rinite, urticária, conjuntivite, angioedema (inchaço no rosto, mãos, etc), asma, até anafilaxia. 
A longo prazo, pode surgir eczema, dermatite e estomatite. Muitos casos sem etiologia permanecem ignorados e atribuídos a outras causas.
A proteína cisteína protease do látex da seringueira, tem a sequência de aminoácidos muito similar à da quimopapaína do mamão, que pode provocar a síndrome. 
Seu látex, principalmente da casca, contém uma enzima proteolítica chamada papaína, bactericida e anti-inflamatória, até usada em medicamentos para auxiliar a digestão.
A papaína é um alérgeno bem descrito. Porém, quem tem alergia a mamão, pode ser alérgico a outras proteínas dele que ainda não foram descobertas.
Cada vez se descobre mais proteínas similares às da seringueira em frutas. Muitas crianças têm esse tipo de alergia, e o diagnóstico é difícil. Só do mamão há cinco alérgenos descobertos.