29.1.13

Um dia de férias!

Acordei costumeiramente às cinco, não mudo o cotidiano durante as férias. Esposo fez aquele café cheiroso enquanto eu arrumava a cama. Não pudemos beber - jejum para exames de rotina.
Para ele: Triglicerídios, colesterol e glicemia (daquele detalhado). Para mim, somente os dois primeiros. Fico "nos 80" em triglicerídios, todavia o colesterol estava "raspando", no ano passado. 
Fui à feira seis horas. Um verdadeiro breu devido ao horário de verão, nem enxergava as moedas; as abobrinhas pareciam brancas. A barraca do queijo "Minas" e das mangas baratas nem tinham sido montadas.
Me desloquei ao laboratório com a moto, peguei duas senhas; Esposo passou serviço aos funcionários e logo apareceu. Em 45 minutos eu tomava um golinho de café sem açúcar (lá mesmo).
Nos apartamos, fui à Diretoria de Ensino pedir "Certidão de Tempo de Serviço" - me mandaram a uma escola aqui perto, pois a que trabalhei (aqui na rua), agora é da Prefeitura.
Minha ex colega trabalha nesta escola (Loide - lindo nome). Aguardei-a até às nove, fiz uma solicitação de punho, protocolei. Levará vários meses, até ano, sendo que na Prefeitura (o meu outro cargo) saiu em dez dias!
Não faz mal, ainda não há tempo para me aposentar mesmo! Imagine quem deixa para última hora?
Ao sair, vi faxineiras da escola alvoroçadas. Um vizinho acabara de se suicidar com uma faca, dentro de casa. Havia quatro veículos oficiais nas imediações.  
Cheguei à oficina, muito serviço. Logo que deu uma brecha, voltei à feira na esquina, peguei o queijo e seis mangonas (enormes) por R$2,00. Darão sucos deliciosos. 
Subi para fazer um arroz fresquinho. Esposo sempre "bebe" a refeição e desce para que os funcionários saiam pros almoços deles. Tive uma saudade da Laura! Aquela do livro num post abaixo (Laura Ingalls Wilder). 
Peguei um livro dela e fui para o sofá (deveria estar ajudando o esposo). Adormeci uns vinte minutos após reler todo o capítulo de seu casamento. Acordei com um funcionário estacionando a moto barulhenta.
Treze horas! Desci voando e ninguém percebeu meu arroubo. A tarde transcorreu normalmente, com trabalho braçal em meio aos meninos do setor de pintura.
A vantagem do serviço braçal é que trabalha-se sonhando acordada. À tardinha, uma de minhas chefes ligou para passar o horário de sexta-feira: 7 h 30 às 11 h 30.
Eba! Melhor que o habitual (a partir de segunda), de 7 h às 12 h, já com os novos aluninhos. E assim vão-se as férias!
Uma "escola" no Nepal
Fonte: http://terraimunda.blogspot.com.br

25.1.13

Dicas de leitura

A Joana, do Blog "Boneca de Neve":  http://habitatpalavra.blogspot.com/ , recebeu (e me repassou - Grata pela lembrança, Joana!) um BC interessante:
- Partilhar pelo menos dois títulos de livros que lemos em 2012, e dois que estejam na lista de espera.

- Passar o desafio a 10 outros bloggers.




1- " A Massai Branca"  

Narra uma história real (e doida) de uma europeia que se apaixona por um guerreiro massai. Vale muito pelo choque cultural envolvido na trama (sem traçarmos juízo de valor), por apresentar um retrato da África, e pelo que resta de uma relação assim.
A narrativa mais chocante é quando o carro quebra no ermo com uma grávida ( o bebê morto a dias). No extremo desespero, ela senta-se, enfia as próprias mãos pela vagina e retira-o.
Para mais detalhes, fiz um post: Digite "Massai" em "Pesquisar".


2- "O Nome da Rosa"
Este é mais árduo, todavia narra os meandros da Igreja Católica na idade média. É interessante pelo cotidiano num monastério, pelo tratamento despendido à mulher, pelos dogmas e tabus. Uma história de detetives escrita por um italiano.
Se você tem o hábito de molhar o dedo indicador em saliva para folhear seu livro, receberá um choque!
Também há post:  Digite "O nome da Rosa" em "Pesquisar".




Quanto aos que quero (e necessito ler para me desengasgar) são os dois livros restantes da coleção "Laura Ingalls Wilder". 
Quem viu o seriado "Os Pioneiros", inspirados em todos estes livros?

Uma Pequena Cidade na Campina


    

Já li oito e restam estes:


"Uma pequena cidade na campina" narra o início de sua própria adolescência na cidade ainda germinando, na época da colonização do meio oeste americano (final do Sec IXX) - viveu lá até cinco anos após casada.    


O Longo Caminho de Casa    "O longo caminho de casa", foi quando Laura deslocou-se em carroça da cidade acima, para sua última morada, em seu sítio, local famoso, onde viveu mais de sessenta anos e escreveu a coleção de livros.
Também há um post sobre a Queridinha Laura: Digite "Laura" em "Pesquisar".




Pessoal: Esta caipira do interior está com V-E-R-G-O-N-H-A de elencar blogs. 
É delicioso participar, e de quebra, descobrimos novos títulos para 2013.

15.1.13

Ablação do clitóris

Livro - Flor do Deserto
Fonte: http://www.submarino.com.br/produto/200481/livro-flor-do-deserto
Esta amputação injuriosa de parte da vulva, incluindo lábios vulgares, trata-se da exacerbação do androcentrismo. Há também os casos de clitóris minguados com ferro quente.
É a sujeição das mulheres em prol da ampliação do desejo sexual masculino, e sua "honra" como esposo.
O domínio sobre elas, através desta prática criminosa (e proibida), visa refrear o desejo sexual feminino, evitando que se tornem "fogosas".
As mães as levam para realizar a mutilação genital feminina para que fiquem puras, limpas, pois uma moça não infibulada não consegue marido.
A prática cruel consta do livro autobiográfico "Flor do Deserto" da modelo somali "Waris Dirie" (imagem cima).
A extirpação clitoriana recebe aval de mulheres influentes na comunidade, que amputam sem anestesia ou assepsia, usando uma lâmina de barbear, mediante pagamento.
As garotas não conseguem descrever a dor, passam mais de uma hora desmaiando e acordando, lavadas em sangue.
Ao costurar (inclusive com espinho de acácia, na África subsaariana), deixa-se uma abertura do tamanho da cabeça de um fósforo, tornando difícil urinar. Nos primeiros três meses, o ardor é medonho, evitam tomar água para conter a urina.
Quando menstruam, tudo fica empossado no canal vaginal, levando duas semanas a escorrer. As cólicas são hediondas devido aos espasmos corporais para tentar desobstruir a passagem.
É uma barbárie que mutila corpo e alma, inclusive de meninas pequenas, levando a infecções que chegam à morte.
Na noite de núpcias, o desconhecido marido corta novamente ou penetra-a à força, chegando o sangue a espirrar, sob gritos angustiantes.
No parto, ela deve ser reaberta a cortes. Se o bebê irrompe antes, a rasgadura pode atingir o ânus, e afetar o crânio ou coluna vertebral do recém-nascido pelo descomunal esforço.
A parteira deve coser novamente, deixando a mínima abertura, e assim sucessivamente a cada parto.

Menina de quatro anos é circuncidada em Sulaimaniyah, no Curdistão iraquiano, em abril de 2009 (Foto: AFP)
mutilação
Fonte da imagem:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/e-impossivel-descrever-dor-diz-modelo-sobre-circuncisao-feminina.html
Procurem por mais informações, ajudemo-nos nesta batalha contra o horror! 

Versão do livro em e-book (esta ainda não li - está em português de Portugal - que adoro):

13.1.13

Meu mundo

Eis a simplicidade e sossego do leste paulista! Mas até quando?

Esta obra é a casinha que Esposo comprou a sete anos (aqui do outro lado da rua). Foi uma luta convencê-lo a se predispor à reforma. Agora escolheu a estação chuvosa para iniciar.
Haverá um barracão, e à direita, uma garagem mais baixa com corredor (para a casinha de dois quartos - aos fundos).
Minha cachorrinha está enterrada lá embaixo daquela raquítica mexeriqueira...
Rua abaixo. Toda terça, há feira livre; venho às seis horas. A abobreira seguindo a cerca de arame farpado, e a única árvore que os feirantes não quebraram, quando a Prefeitura plantou. O piscinão `a direita.
Obra do piscinão (contenção de enchentes). Fui monitora de creche a anos, e posteriormente, diretora da mesma creche, aí neste complexo público.
No campo de futebol, há jogo agora. Ontem, embaixo de chuva, eu ouvia a algazarra. 
É campeonato internacional, categoria de base (segundo o "Fiotão", serve para revelar bons jogadores).
São adolescentes e ficam nas escolas próximas, inclusive aqui na rua, e também onde leciono. 
Já tivemos equipes do Uruguai, Argentina. Acontece todo janeiro.
O postinho de saúde na esquina de cima. Mesclo atendimentos aí, com o plano de saúde, pois aqui é "meu local de querência".
O prédio aos fundos (à esquerda) é a escola, na metade superior do quarteirão. Trabalhei lá antes da creche, em 1992. E "Fiotão" foi aluno.
A casa de minha mãe fica rumo ao orelhão, no próximo quarteirão, virada para leste (quase minha vizinha).
Moro na casa da árvore amarela, desde novembro de 1988 (estava inacabada). Ao lado, o barracão do Esposo, e a obra à esquerda, na quaresmeira. O jogo de bolas ali ao fundo.
A escola onde leciono é à esquerda, abaixo, uns dez quarteirões. Tenho o irmão, três cunhadas, tia, avó, primos, todos nas adjacências.

12.1.13

Generatividade

No conceito lato, trata-se do legado de experiências / conhecimentos visando a sobrevivência da espécie (e pensar a não estagnação do Planeta), focando sobretudo a adultez, o indivíduo proativo.
Inclui a necessidade de ser necessário (cuidar do outro). É onde a atividade profissional se insere, como contribuição individual na remitência da comunidade, ou dos soldos familiares.
Atividades espirituais, políticas, de civismo, voluntariado fazem parte deste rol, focando a manutenção e bem estar das próximas gerações. A descendência (parentalidade) induz a uma imortalidade simbólica ( estado agêntico).
No conceito estrito, diz respeito ao desejo de vir a ter prole, a experiência da maternagem.
Em meu curso "magistério", a Prof. de Psicologia do Desenvolvimento, explanava sobre a importância da sublimação, onde compensa-se a generatividade adotando um animal de estimação, realizando um projeto altruísta, cuidando de alguém.
No curso de Pedagogia, a Prof. dizia que temos "prazo de validade" enquanto possíveis genitoras. A idade ideal para gravidez existe: Abrange a década dos 20 aos 30 anos.
Hoje a gravidez ocorre geralmente fora desta faixa etária "ideal": Entre adolescentes, imaturas física, psicológica e financeiramente (dentre outros), ou entre mulheres que já atingiram tais requisitos, porém estão no limiar da maturidade física.
Sabemos que a população mundial continua crescente, porém o Brasil já desacelerou: Contamos no último senso (IBGE), com 1,9 filhos por mulher.
O Brasil já se encolhe! E o que significa? É motivo de comemoração? É  bom ou ruim?
Economicamente pode vir a ser ruim, pois a população ativa diminui em relação aos idosos (improdutivos e onerosos para o poder público).
Ecologicamente, pode se tornar uma positiva contribuição para a recuperação do Planeta (e de outras espécies), visto que nós, humanos, devastamos em demasia.
Esbrangendo esta visão simplista, há que se encontrar um ponto de equilíbrio na balança generativa, o que caberá às próximas gerações.
Fonte da imagem: coisaspraver.blogspot.com.br  

6.1.13

Qual é esta fruta?


As maiores têm um tamanho que enche a mão feminina, e as menores se equiparam à goiaba média; vão saindo da cor verde e adquirindo este maravilhoso tom róseo. Ao ser tateadas, são de uma lisura e maciez calmantes. Fresquinhas mesmo em temperatura ambiente. Uma fruta nada frugal.


Esta haste negra e forte, é o "umbigo" de uma imensa flor noturna (provavelmente fica ótima em omeletes, quando ainda em botão). Polinizada por insetos, gera o fruto, que na infância é de uma magnífica cor azulada.  Na adolescência, passa  para  um verde acinzentado bem exótico.

Com este cabinho resistente, ela permanece atarracada à sua mãe. E quando bem madurinha, se raxa toda e vai abrindo, para espalhar as minúsculas sementes negras e duras.É a perpetuação da espécie, para nosso deleite (e de inúmeros pássaros).

A casca suculenta e carnuda, é gosmenta de uma viscosidade fraca, parca em cheiro e sabor. Corta-se deliciosamente e não escorre líquido algum. É tranquilamente possível comer das cascas, em tiras, como pimentão maduro (porém suavíssima - estou comendo agora, a casca mansa, melhor que qualquer legume). Traz certa semelhança ao quiabo - possivelmente "varrerá" os intestinos... Eba!
O âmago assemelha-se a um sorvete de flocos. Apresenta um aroma leve, e sabor doce aguadinho, sem nada de acidez, e não se "amarra" à boca. É pouco fibrosa e quase sem viscosidade (estou degustando agora para melhor discorrer). Devido ao tênue aroma e sabor, não é enjoativa.
Solta-se facilmente da casca, é firme ao toque e quase nada pegajosa. Diz a medicina popular, que contém propriedades emagrecedoras e faz bem para diversas enfermidades terminadas em "ite" (gastrite, cistite,). 
O perfume, ao interior, é de fragrância bastante suave, com refrescância. As negras, pequeninas e firmes (durinhas) sementes trazem uma crocância peculiar à fruta, ao tilintar entre os dentes durante a mastigação, talvez um "caviar" frutífero (que arroubo)!  

Sua adstringência é tal que parece já termos feito a escovação dentária ao término de nos alimentarmos da fruta.
Quem nunca provou, recomendo a angelical experiência.
Meu avô não permitia que os filhos sequer a tocassem, considerando ser venético! Minha mãe assustou-se quando lhe levei uma, porém confirmou que somente a Tia Ana (espanhola), tinha coragem (e prazer) em saborear "o fruto proibido". 

5.1.13

Intemperismo elétrico

Fonte: vidadeengenheiro.wordpress.com/2011/08/29
Estive fora da Rede Mundial de Computadores desde momentos após a última postagem.
Uma faísca - denominação dada por nós, caipiras, aos raios, relâmpagos, foi a causadora da debandagem. 
Quando o primeiro estralo ocorreu (assim denominamos os trovões), corri em casa e desliguei o relógio de energia, todavia me esqueci da possibilidade de sulubilização da descarga elétrica irregular pela fiação telefônica.
Meu modem queimou! Após horas à linha telefônica, o "Fiotão" conseguiu: Novo modem em cinco dias úteis.
Em final de ano há dias úteis? Após uma semana, vem apenas o modem. O anterior possuía o roteador acoplado. Mais um dia para providenciar ( $ ) roteador, nova senha, instalação ...
E não é que nada ocorreu? Só hoje a net voltou a funcionar e estava caindo. Contudo já estava ruim a alguns meses.
Via fone, informaram ser problema entre o poste e a residência (culpa nossa)!
Que fiz então nesta semana "insular?
Terminei alguns livros largados ao meio, fiz crochê, estive com familiares, fui ao sítio (lá eu li cartinhas antigas) , consertei roupas, assisti TV, passeei pala redondeza (não viajei).
Estou de férias da Escola, porém dobro período na oficina (que não ficou em recesso).
Tenho tanta coisa para organizar (e material escolar para preparar) neste janeiro de "férias", que sinto o tempo a escorrer-me pelos vãos dos dedos. Vou ticando a lista, e novos problemas surgem...
Tenho e-books para ler, uma listinha de livros para comprar, e agora as leituras de blogs para atualizar!