30.11.15

Último dia de meu melhor mês!

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Novembro é meu mês favorito. Apesar de corrido pela proximidade do final do ano letivo, é cheio de expectativas e com menores exigências tanto da administração escolar quanto dos pais.
Menores exigências porque os resultados saltam aos olhos. A turminha é mesmo fera, ao comparar o diagnóstico de fevereiro com a evolução atual, torna-se nítido.
Novembro é um mês no qual já nos acostumamos ao calor e ao horário de verão, porém este novembro foi particularmente especial: Tivemos chuva e noites amenas quase o tempo todo.
Não perdi e nem ganhei alunos, visto que é uma época de sossego entre os pais, não fica aquele troca-troca de período e de escola como nos meses iniciais.
Aqui na oficina tivemos muito serviço, como sempre, entretanto sem percalços. Tudo fluiu serenamente, ajudado pelos diversos feriados do segundo semestre.
Dezembro é mês mais tumultuado, com a escolha da classe para o próximo ano, cheio de eventos e excessos desnecessários (sobretudo em época de crise), mas também é início de férias.
E que corra o tempo, totalmente alheio a nós e nossas bizarrices humanas sobre ele.
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29.11.15

Comida para intervenção terapêutica


Meu Par vem arrastando indícios de uma tragédia anunciada a 12 anos, quando começou a medicação para hipertensão arterial.
Dali para cá houve acúmulo significativo de gordura visceral - aquela dura, que fica na parte interna da barriga e pior que a banha visível e mole.
Ele teve vários episódios de triglicerídeos a 750, descendo para 350 e subindo novamente aos poucos.
Teve efeitos colaterais terríveis com medicamentos para baixar - dores difusas por todo o corpo, aparentando um velhinho de 75 anos (fibromialgia).
Em 2010 eu o levei a um geriatra que fez 14 exames e detectou o efeito colateral das estatinas como uma das principais causas daquela condição degradante.
Teve eventos inflamatórios, pois triglicerídeo é o pior agente inflamatório existente - esporão, gota recorrente, tendinites, dores articulares.
Em meados de 2013 passei a estudar autodidaticamente alimentação, visto que eu também engordara um pouquinho, apesar de não comer demais e me exercitar - hormônios do climatério.
Fui percebendo controvérsias gritantes entre estudos estrangeiros atuais e as orientações tradicionais sobre alimentação - um medo se instalou.
Quando em meados do primeiro semestre deste ano, o Par trouxe a bomba - estava pré diabético - eu já havia me armado com a descoberta da restrição de carboidratos como intervenção terapêutica e não como dieta da moda.
Carboidrato está em todo canto - até no talo da couve, que não digerimos (celulose - um açúcar). Os densos é que são os vilões (arroz branco, farináceos, batata, alimentos açucarados). 
Os integrais são um pouco menos densos, assim como mandioca, milho verde, tapioca, baroa, beterraba, abóbora madura, banana...
Futas de menor teor glicêmico, legumes e verduras possuem carboidratos leves e levíssimos, formando a base da alimentação de um pré diabético, acrescendo-se uma proteína e gordura. Tudo natural, com o mínimo de industrializados.
No Brasil, um dos blogs sérios que me ajudaram a sair das trevas, trazendo referências bibliográficas de peso foi este, com uma didática invejável. Nossa salvação, pois as orientações médicas tradicionais estão totalmente ultrapassadas e equivocadas, cuidando os sintomas e não a causa.
Obviamente eu não sigo nenhum autor específico, pincelo cá e acolá e monto um quebra-cabeças que se encaixa à realidade do meu  Par, sua rotina e aceitação. O próprio médico autor do blog prega a customização das dietas terapêuticas.
Aqui, uma palestra dele que resume muitas ideias avessas ao senso comum e reforça o sentido terapêutico da restrição de carboidratos e não modismo.
Meu Par baixou a glicemia de 167 para 98 / 105 em quatro meses, sem medicação e com uma disposição incrível. Ele não segue dogmas à risca, apenas compreendeu que carbos lhe são prejudiciais e a opção é a gordura, pois proteína não é combustível.
O efeito colateral? A pressão arterial caiu tanto que ele foi diminuindo e espaçando a medicação até parar de vez. Ele monitora todo dia a pressão e glicemia (que dá uma subidinha quando ele perde a linha). Os próximos exames laboratoriais calcularão os triglicerídeos.
Gordura é abacate; polpa de coco; amendoim, castanhas e afins, sementes de girassol, de abóbora, gergelim; azeitonas;  ovos e suas gemas (sobretudo caipiras); queijos (principalmente o branco artesanal curado); manteiga; comida feita moderadamente na banha caseira; carne com alguma gordurinha anexada - sem forçar a gordura.
Você conhece um portador de Síndrome Metabólica? Oriente-o a estudar, se informar, pesquisar autodidaticamente e reverter sua condição comendo corretamente.
Para quem deseja se aprofundar, aqui eu tenho uma lista imensa.

28.11.15

Levain

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Levain ou "pasta madre" é um levedo, um fermento caseiro para pães. Outro aqui. As italianas chamavam de lievito e usavam batata crua ralada no lugar da farinha para iniciar o processo.
Dizem ser mais digerível que o industrializado. Ele deixa um delicioso retrogosto avinagrado ao final da mastigação.
Também tem a qualidade de absover melhor os ingredientes, possuir validade maior depois de assado, equilibra a flora intestinal e auxilia na intolerância à lactose.
Eu já usei um levain fornecido por amiga (o indês) por cerca de uma década, todavia minha gastrite tomou forma, o pão batia no estômago e logo eu sentia o drama (deve ter ficado muito azedo com o tempo).
Pão com fermento comprado era tolerável, porém o natural  pode fermentar demais no estômago. Aquilo virava um vulcão... E não é apenas comigo.
Agora que estou com a danada da gastrite praticamente sob controle, a tempos venho pensando em recriar meus próprios "bichinhos". Se fizer mal, volto para o biológico, comprado.
Ia tentar esta receita da Neide (é só procurar "levain" no blog dela):
1 pacotinho de fermento granulado
250 ml de água
250 gr de farinha
*Cobrir com filme plástico por três horas, separar um pouco para a próxima (em geladeira) e usar o resto na massa de pão.
*Ao fazer outro pão, retirar o "indês" um dia antes da geladeira, aumentar com 200 ml de água e 200 gr de farinha. Cobrir com filme e deixar 24 h.
*Se for muito pão, repetir mais um dia a operação, dobrando o levain. Geralmente usa-se uma parte de levedura para três de farinha (no verão diminui-se).

Entretanto, ganhei de uma colega professora, aquele levain "de Cristo" parecido ao que tive. Já fui dividindo com outra colega.
Estou fermentando na metade do tempo indicado (metade da receita e metade do tempo - para ver se fica menos ácido e não ataca a gastrite, nem cause gases).
Está assim:
250 ml do líquido fermentado;
Logo cedinho acresci mais 250 ml de água, 1 colher de sopa com açúcar e 1 de farinha.
Não mexi e cobri com pano. 
Após 12 horas colocarei 2 colheres de sopa com farinha e 1 pitada de sal (sem mexer).
O sal inibe o crescimento do pão. 
Amanhã cedinho mexerei com as mãos e repartirei em 3. Um tanto vai em geladeira por até dois meses. O resto virará massa para pães e afins.
Na massa vai 3 ovos, 6 colheres de sopa com açúcar e 1 colher muito cheia de banha. Pode-se acrescer 250 gr de cenoura, cará, mandioca, abóbora madura, baroa, inhame - cozido ao vapor ou fubá (escaldado). Farinha até desgrudar das mãos.
Comprei abóbora (super barato hoje).
Ao amassar bem, deixarei fermentar até a tardinha (dobrar de tamanho - umas 10 horas). O objetivo é aerar a massa, então o tempo dependerá disso.
Uma bolinha de massa vai num copo d'água. Quando subir, posso enrolar os pães.
Só na hora de enrolar vai 1 ou 2 colheres de chá com sal, para não retardar mais ainda o crescimento. 
Enrolar e deixar dobrar de tamanho novamente (umas 4 horas no verão e 7 no inverno). Às vezes, enrola-se à noite para assar de manhã. Repete-se a bolinha de massa no copo.
O levain mais antigo (passado de pessoa a pessoa) costuma ter bacilos mais robustos e resistentes - devido ao processo de fracionar as famílias e aumentar sua nutrição.
Ufa, que ritual! Será que dará certo (cultivo amargo; frutos doces)? 

Quitanda

Atividades Alfabetização - Método Fônico Q
A alguns dias, sistematizando a letra Q com as crianças, distribui palavras iniciadas por ela. Um dos garoto recebeu a palavra "quitanda" e não sabia seu significado.
Joguei à classe e alguns responderam corretamente, nomeando em detalhes os itens vendidos; outros "chutaram" argumentos "nada a ver". 
A resposta mais inusitada foi de uma garotinha que mora sobre uma quitanda. Ela disse:
_  Quitanda é uma lojinha que vende "chicrete".

_  Ah, então é por isso que a senhorita chega mascando toda manhã? Tanta fruta gostosa e barata, você gasta seu dinheiro com chicletes?

Aproveitamos para uma contextualização oral sobre alimentos saudáveis e a importância das frutas para nossa saúde.
Acontece que nem toda mãe gosta que se trabalhe o tema... No ano passado, uma delas disse que estava fazendo efeito contrário - a menina implicava com o "miojo" que a mãe preparava (culpa minha - e a outra mãe concordou com ela).

Maternidade

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A vida tem estado tão artificial que o parto normal tornou-se anormal. As jovens mulheres que nem pensam em engravidar foram convencidas pela modernidade que esse ato "animalesco" é sujo, arcaico, até nojento. Um padecimento totalmente desnecessário - má utilização do caríssimo plano de saúde.
Cesárias pré programadas não respeitam o amadurecimento natural do bebê. Metade dos partos no Brasil não são naturais, sendo que a OMS indica uma taxa de apenas 15%, aqueles com complicações sérias. 
O risco de morte da mãe é 4 vezes maior na cesária devido à infecções, hemorragias, lesões de outros órgãos, trombose, reações medicamentosas. 
E eu que acabara de completar 21 anos quando Fiotão nasceu, fiquei arrasada por me levarem à cesária devido à pouca dilatação... Será que foi mesmo necessário? Não teria sido o caso de me providenciarem uma doula (que não existia no hospital à época)?
O parto normal não é mais simples apenas para a mãe, traz benefícios também ao desenvolvimento do bebê. Seu papel é ativo, ele secreta corticoides que preparam seu organismo para o ambiente externo ao útero. 
A compressão do tórax ajuda o bebê a eliminar o líquido amniótico das vias respiratórias, aliviando desconfortos respiratórios futuros. 
Cesárias são importantes quando há desproporção céfalo-pélvica (cabeça do bebê maior que a passagem), hemorragias e outras complicações gestacionais, bebê transverso, sofrimento fetal, diabetes gestacional, pressão alta e trabalho de parto muito prolongado. 
Atualmente há possibilidade de massagens, parto hídrico, anestesias para amenizar as agruras e equipes de apoio especializadas em parto humanizado. Estamos caminhando...
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27.11.15

Meu Brasil "fazendão"


Depois de tanta corrupção, de tanta sujeira em Brasília, estou necessitada de ver meu Brasil por um ângulo melhor para aconchegar a alma.
Amo geografia, então vamos lá: Nosso território compreende mais de  8,5 milhões de km2 e a densidade demográfica é baixa - 23,8 hab. / km2. População estimada - 202 milhões, com "vazios" demográficos e um povo multicultural (sem grandes guetos).
Temos 1/4 da água potável mundial, sol (a pino) o ano todo, sem vulcões ativos, sem altíssimas cordilheiras, sem desertos, sem risco de grandes terremotos.
Possuímos  subsolo riquíssimo em minérios, energias renováveis, a maior fatia da maior floresta tropical do mundo (com rica biodiversidade e índios isolados), extensamente banhado pelo Atlântico.
Dispomos de universidades renomadas e todos os brasileiros devem obrigatoriamente frequentar escola dos 4 anos aos 17 anos, o que eleva a qualidade educacional, sobretudo nas séries iniciais - é bem comum uma criança estar lendo aos 5 anos.
Contamos com o gigantesco Sistema Único de Saúde a  tentar oferecer acesso universal, gratuito e equitário ao povo, embora haja regiões com subsídios locais e melhor qualidade.
Embora a segurança pública seja precária nos grandes centros, temos recantos tranquilos na maior parte do interior e não somos visados por grupos terroristas (com excessão das olimpíadas).
Não é uma pena sermos tão mal dirigidos?
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24.11.15

Dia gelado dum novembro molhado

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Lembremos que em continuidade ao outubro rosa, estamos no novembro azul - em luta contra o câncer de próstata!

Depois de um outubro assustadoramente seco, o verde impera em qualquer fresta. Muita chuva nesse novembro atípico.
Mais atípica é a temperatura: Estamos com 20º em pleno período da tarde. Nesta noite dormi com cobertor e pijama longo, o céu ainda está bem carregado.
Que delícia sentir friozinho! Dá uma vontade de ficar lá em casa enrolada na coberta vendo nada na TV e bebendo aguinha saborizada...
Voltei da escola pedalando sob chuvisco forte que persistiu por grande parte da manhã escura e atrapalhou os feirantes, que foram embora mais cedo.
O clima de natal impera, final de ano letivo se aproxima aos poucos, criançada rende nas atividades escolares por motivação extra.
Nesta semana está havendo avaliação externa para segundos e quintos anos. Algumas professoras estão se digladiando porque tal turma se sai melhor que outra. 
Maior bobeira, o cotidiano é que vale; cada professor conhece as potencialidades e dificuldades de cada aluno. 
Avaliações externas são apenas números estimados; uma criança pode fazer cruzinhas aleatórias e acertar quase tudo, outra mais proficiente fica nervosa e trava.
Meras burocracias do sistema...

Imagem Google.

20.11.15

Glicemia e comida

Como eu já disse, a glicemia do meu Par, que estava em torno de 167, tem estado na caso dos 108 através da dieta de baixo carboidrato. Quando ele abusa, já sobe para 120.
Ele faz 6 refeições, onde a proteína e gordura devem estar presentes, porém sem exagero. Arroz e pão integral são um perigo!
Na foto, os últimos abacates que encontrei na feira a algumas semanas; uma das suas maiores fontes de gordura. Mandioca que cozi no sal grosso, ele come um pedacinho; batata-doce que ele não come (mas eu e filho não ficamos sem).
Anona; duas variedades de banana (ele agora fica com a maçã ou prata); o maracujá roxo que não pode faltar para o lanche dele; mamão que sirvo com sementes de girassol, abóbora e gergelim (gorduras).
Temperos naturais - a pimenta sininho bem madura tem menos solanina, assim como "seu primo" tomate. A couve-flor verde fica ótima no vapor. Meia dúzia de ovos caipiras (gordura ótima). O resto eu ainda tinha na geladeira.
A proteína: Manteiga, leite fermentado com pouco açúcar (ele toma 1 por dia, com amendoim cru). Mocotó e pescoço de frango para fazer caldo; bisteca suína; frango; costela bovina; peixe; toucinho para fazer banha (não prefiro óleo industrializado).
Carne moída refogada com cascas de banana picado miudinhas (essas escurinhas). Fica como berinjela, porém os nutrientes são outros. Um prato que devoramos rápido.
 Curimbatá. A carne amarelada é sucesso garantido. Descamo e tempero com sal grosso e limão.
Fecho e deixo marinando em geladeira. Depois asso inteiro, ao meio ou em postas. Vario para não enjoar. O caldo reaproveito no preparo de outros peixes.
Pernas de frango desossadas (coxa e sobrecoxa). É o corte favorito aqui de casa. Marino de um dia ao outro e asso numa cama de salsa com louro.
Todo o caldo é reaproveitado. A manta de gordura que se forma sobre, aumenta a durabilidade em geladeira. Uso no arroz, feijão, legumes, sopas. Acaba rapidinho.
Ponta de agulha bovina, fígado (só para ele), carne moída e pernil suíno. Cartela de ovos que complemento com os caipiras. 
Cozinho uma dúzia de ovos, embrulhados em guardanapo para não abrir. Fogo baixo, ao levantar fervura desligo e deixo cozendo desligado por 20 minutos. Guardo em geladeira para três dias.
 Ovo pochê, quibe assado na maquininha de cupcake (sucesso) e legumes (sobras) gratinados com frios.
Compra do mercado: Café, farinha branca para receitas de biomassa, amendoim (usamos muito), provolone (uso lâminas na salada), leite fermentado, lombinho (para incrementar os legumes), azeitonas picadas e pretas (gordura), três pães para a torrada do Filho, feirinha.
Não concordo com as orientações médicas tradicionais sobre diabetes, onde se pode tudo com moderação. Essa palavra é traiçoeira. Carboidratos densos para diabéticos é crime.
O peso dele desceu de 84 e está meio parado em 77 / 78. Aos poucos, deve baixar para 70. As frutas não quero tirar, prefiro que emagreça mais lentamente (frutose = carboidratos leves).

Melou duplamente

Neste feriado da Consciência Negra havíamos planejado pedalar até a Prata, cuidar de algumas coisas em casa e rasgar a Mantiqueira, almoçando na doce Ibitiura.
Levantei-me costumeiramente às 4 h 30, adiantei desjejum do Par e meu suco verde, logo a chuvinha chegou. Foi aumentando, o dia clareou e só 8 h 00 consegui correr uma volta rápida embaixo de garoa.
Manhã delícia, parecendo um janeirão, porém sair de casa jamais... Coloquei roupa na máquina, estendi, arrumei meu quarto. A casa não vou limpar porque a Lucimara vem amanhã cedo.
Adiantei almoço - arroz com cenoura ao caldo de frango caseiro (para o filho), chuchu refogado, berinjela com carne moída, ovos cozidos. Lavei toda a louça e limpei fogão.
Está 22 graus, num chuvisqueiro quase constante, e eu de shorts e regata. Se não fossem os fogachos, estaria com meias de lã. Que novembro maravilhoso em águas! Aumentou a vasão do "Rio Sagrado", assim denominado pelos indígenas que aqui moravam.

18.11.15

Pães com biomassa

Por que biomassa?
  • Para diminuir industrializados e seus malefícios, promovendo saúde;
  • Minimizar o excesso de glúten e lactose na dieta atual;
  • preservar a natureza, evitando que a Mãe Terra produza à exaustão;
  • Agregar nutrientes importantes, enriquecendo a receita ;
  • Praticar arteterapia na cozinha e ainda economizar dinheiro.
Aqui, pão sírio de cenoura e cúrcuma com pouca biomassa. Ficou divinal! 
 A mesma massa recheada com carne moída e palmito, numa espécie de fogazza.
Aqui, bastante biomassa e folhas já feinhas de couve. Recheio de frango e ervilhas frescas. A massa fica escura, mesmo colocando farinha branca com moderação.
Um "pão de banana" - e o gostinho de banana prevalece mesmo.
Uma panqueca com biomassa de banana, recheio de carne moída e muito tomate. Nem sobrou para a janta. 
 
Pãezinhos com pouca biomassa e bastante fubá (escaldado para não ficar áspero). Ovos caipiras e banha de porco.
 Assados ficaram assim: "pãezinhos de fubá".
Bolo de canela e chocolate com biomassa. Recheio de bananas (no fundo da forma). Oito bananas.
Roscas com fubá escaldado, cenoura e biomassa cozida na água de beterraba. Frutas cristalizadas e açúcar mascavo em pouca quantia (sempre).  
A de baixo é da nora. Ótima opção contra panetone industrializado, que parece isopor.
Parte interna das roscas. É uma delícia com mel ou geleia.
Foram 10 bananas verdolengas cozidas e batidas + uma xícara de fubá + duas cenouras e farinha branca. Manteiga para amassar e ovos caipiras.
Observe a diferença na cor da massa devido à água da beterraba - clarinha.
Pão de biomassa já durinho (aproveitamento), torrado com cobertura de cebola, tomate, orégano, com bastante mussarela . Os "meninos" da oficina atacam, aqui em casa nada se perde!
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 Bolo de biomassa com canela, aveia e maçã feito na maquininha. Coberto com lâminas de maçã.
 Por dentro - bastante aveia. 

Ai, que "forga"!


Fui dormir cedo e acordei 3 h 50, fiquei saracutiando pela casa até o celular despertar ( 4 h 30). Ontem à noite adiantei as tarefas da cozinha propositalmente e sobrou um tempinho para correr uma volta antes do trabalho. 
Correndo desde aqui de casa, perfiz 1 km bem rápido; é o suficiente para uma manhã fresquinha. Na noite de ontem só fiz uma volta também, porque choveu - a intenção era correr 3...
Com esses calores do climatério estou evitando correr muito nas tardes quentes desse horário de verão. De manhãzinha é tão melhor! O plano é estabelecer a rotina de uma volta rápida toda madrugadinha e outra à noite, menos na terça-feira que é dia de feira livre lá na pista da esquina.
Tenho ido trabalhar quase todos os dias de bici, subindo um bom morro de manhãzinha. Na volta, em pleno sol, é só descida.
Com o feriadão da "Consciência Negra", pedalaremos três dias seguidos à cidade vizinha. Uma hora e meia, parando para pegar mangas, limões e o que mais tiver. Penduramos as sacolinhas nas bicis.
Sabe que até já me dou ao luxo de ter enjoado da manga "comum" que é a primeira a amadurecer? Agora deixo lá pelo chão e só pego as outras variedades. Tem tanta mangueira por aqui...
Na imagem, as mangas comuns. Quando caem na calçada cimentada, ficam amassadinhas.

17.11.15

Pavlov e os reflexos condicionados

Pavlov2
No curso de pedagogia, estudamos Pavlov exaustivamente, pois os reflexos condicionados (ou condicionamentos respondentes) podem estar na base do comportamento humano.
O bebê aprende logo a "escravizar" a mãe sem noção da teoria Pavloviana (as bisavós sabiam por empirismo sobre esse aprendizado condicionado).
Na imagem acima, o cão vê um osso e começa a salivar, induzindo fome. Ao ouvir um sino, nem liga (estímulo neutro). Ao ouvir o sino e ver o osso ao mesmo tempo, logo saliva. Por fim, saliva apenas ao ouvir o sino, pois ele passou a representar comida. Mas com o tempo, o reflexo não correspondido cessa.
Fica nítido com as crianças assim que bate o sinal do recreio.
Quando se vai ao mercado com fome, os reflexos serão ampliados!
Esses reflexos também podem ser criados do nada, sem um motivo plausível, trazendo-nos soluções ou problemas. 
A publicidade faz uso dessa teoria o tempo todo. A moda também nos faz de "escravos" pelos mesmos motivos - se um pijama virou moda praia, "baba-se" em frente à vitrine feito um cão pavloviano. 
O condicionamento pode ser poderoso a ponto do cérebro alterar funções orgânicas, prova são os milagres movidos pela força da fé.
Um ditado diz que "gato escaldado teme água fria".
Lendo este texto do Dr. Fung, do Canadá, fica claro como pessoas se assustam com a ideia do jejum, devido a suposições. Pensam que se passa fome ou haverá compulsão alimentar e tudo mais... Basta condicionar-se!

16.11.15

Prendinhas

Aqui no interior, de vez em quando somos presenteados com produtos naturais. São as lembrancinhas que mais amo!
Eu havia passado a usar esse maracujá roxo delicioso e não tão ácido no lanche da tarde do marido. Ele adora. Não é de suco, come-se com colher.
Inclusive eu congelo as cascas higienizadas para fazer biomassa. Porém essa é outra história!
Fim de safra, a fruta escasseou, o preço subiu e fui diminuindo as quantias ou frequência de consumo.
Ó um pouquitito lá no fundo da pia, perto dos ovos caipiras. E sem contar que a nora também devora a bela frutinha saborosa.
Entretanto, veja o que ganhei de um conhecido!
Gente, há presente melhor que esse?
Dividi um pouquinho com a nora, guardei em geladeira e durou bem duas semanas.
A biomassa?
É só cozer na pressão por 10 minutos, com bastante cascas de banana e liquidificar em pouca água (do cozimento). Usa-se onde a imaginação levar: doce, pão, rosca, bolo, sopa, mingau, carne, molho...
 Ah, e ganhei de um cliente (Zazo) esses 6 kg de feijão acabado de arrancar, molinho! Dei um kg prá nora, um pro vizinho e outro prá colega da escola. Congelei os três kg restantes, crus para cozer aos poucos.
Lembrete: deve demolhar em ambiente ácido - ficar da noite para o dia em água com pouquinho de vinagre, para expelir parte dos antinutrientes. Até as flatulências são eliminadas assim! 
Aceita um caldinho de feijão ou uma metade de maracujá roxo?

E eu lá vou saber?

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Na reunião a pouco, a Coordenadora solicitou que preenchêssemos um "paperzin" sobre os livros didáticos e tal... rotina.
Acontece que não aceita falta de dados, e um deles é o números da sala de aula. No meu bloco há um portão de acesso que ninguém da turma da noite sabe qual a chave. Como vou olhar o número da sala?
Vou lá argumentar:
_ Mas "Cordena", até já vi muitas vezes um "numrin" sobre a porta, porém nunca decorei. É 20 e tantos... decorar prá que?
Conclusão: Vou ter que entregar amanhã o documentinho.
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14.11.15

O mais vulnerável

O meu aluno F é o mais velho da turma; é filho de uma mulher deficiente intelectual e a família não faz ideia de quem seja o pai.
A avó é tutora da mãe e consequentemente, dele. A irmã mais velha engravidou na adolescência e a sogra a acolheu - vive sua vidinha com o bebê, num bairro distante.
Por grande sorte, nenhuma das duas crianças herdou a deficiência; entretanto, a avó necessitou brigar para que fizessem a laqueadura nessa mãe, que sumia uns dias e voltava grávida, assim do nada.
Uma senhora forte, cuidadora de uma idosa no período noturno. Frequenta "bailão" na sua folga de domingo à noite.
A tempos atrás, uma das "coleguinhas" passou a lhe encarar no baile, ela se irritou e jogou a dama no meio do salão, segurando-a pelo "colarinho".
O tio solteiro, segundo o próprio menino, não trabalha e vive pelos becos com os "nóias". Um tio melhorzinho morreu a dias, atingido por enorme pedra, na pedreira onde trabalhava.
A vila nova onde estão morando é um aglomerado de inúmeras casinhas populares, umas empoleiradas nas outras. Os policiais já apelidaram o bairro de "Cidade de Deus". Não presta fazer casas populares todas num só canto, precisa espalhar!
Enquanto F dá trabalho em sala de aula, eu o incentivo a exercer um dom que notei: Desenha muito bem - e gosta do que faz; se acalma e se concentra.
Tenho falado com ele sobre o ofício de pintura em letreiros, fachadas de lojas, customização. Até chamei uma professora que já exerceu essa profissão a tempos para estimulá-lo. 
Esse menino precisa de um norte o quanto antes para salvar-se do poderio das drogas, no meio em que habita. Precisa saber sonhar com o possível!
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Em ponto morto...


Por acordar sempre 4 h 30 da madrugada, às 8 h 00 eu já tinha preparado desjejum do Par, feito meu suco verde, arrumado cama, tirado o lixo de casa e da oficina, corrido 5 km, recolhido e dobrado a roupa que estendi na noite de ontem, higienizado toda a geladeira por dentro e lavado a louça para ajudar minha limpadora (que vem nas manhãs de sábado me auxiliar). 
Desde o último ano, eu tenho preferido meus finais de semana como a figura acima: Sem quase nenhuma badalação ou compromisso, curtindo a rua de casa, a pracinha da esquina com pista de corrida. 
Fico lá sentada num banco, observando os transeuntes, jogando conversa fora com algum vizinho, andando descalça na terra para eliminar toxinas eletromagnéticas...
Estar quase à toa no meu ninho tem sido tão aconchegante após aquela bagunça reforma do ano passado! Fazemos helioterapiapedilúvio e adianto os pratos de carne para dias úteis.
A semana é sempre corrida, com família para alimentar devidamente, roupas para aprontar, casa e sobretudo cozinha para ajeitar,  mercado e feira livre...
Tem a escola toda manhã, com 24 criancinhas sugadoras exigindo olho na nuca atenção constante. Parênteses: Neste ano não tenho uma vírgula do que reclamar. A turminha é normal. Agradeço demais a Deus por esse prêmio!
Tem esta oficina para cuidar toda tarde. Tudo bem que a dois anos banquei a velhinha folgada maneirei muito os afazeres daqui, porém tenho que cuidar ao menos da parte frontal: escritório, clientes...
Ontem ao final do dia fui fazer as cobrança habituais, com agendamento prévio, e 3 das 6 empresas parceiras não me pagaram. Dizem que é a crise - volta semana que vem.
Olha, mal cheguei e Marido "saiu vazado" justo à hora de pico, foi fazer algo que poderia ter feito nesta calma manhã; quase surtei fiquei bravinha e queria enforcá-lo.
Os clientes se aglomeravam, os colaboradores compreensivelmente  estavam loucos para ir embora; eu tentando corrigir provas dos alunos, o telefone tocando sem parar. Ufa!
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12.11.15

Fibra seria um carboidrato?


Será mesmo?
Aqui pelas minhas autodidatices, passei um tempão tentado descobrir em qual categoria se encaixam as tais fibras.
Lembrando as 5 categorias: Carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais (eletrólitos).
Eu ficava cá, matutando... será que esqueceram de criar uma sexta categoria para incluir as fibras?
"Adondé qui vai essi trem"?
Realmente as fibras são carbos. Boa parte delas é composta por um açúcar.

Cri, açúcar na fibra?
A celulose!
A fibra não é digerível no estômago, nem no intestino delgado. Ela se desloca intacta até o intestino grosso. Lá, é fermentada pela metabolização da microbiota intestinal - um carboidrato de qualidade.
Por serem especiais, as fibras são subtraídas na contagem de carbos.
Num alimento com 28g de carboidratos, sendo 8g de fibras, fica assim: 28 - 8 = 20.
Então, 20g de carbo disponível (a se transformar em glicose).
Entretanto, fibras em excesso, dentre outras possíveis complicações, interferem com a absorção de zinco e cálcio pelo organismo. A diferença entre remédio e veneno é sempre a dose!
A tempos, eu passei a coar meu suco verde em peneira grossa - ponderação.

Quase cai o céu


À sujeição de corpulenta tormenta, calvaguei a Mantiqueira sobre a moto, domando aguaceiro e granizo que precipitavam encarniçadamente, com ventania uivante e friagem congelante a esmagar até os últimos ossinhos dos dedos das mãos...
Voltando à realidade:
Ontem à tarde fui fazer serviço de rua com a moto e passei na mãe, reclamando do calorão. Ela disse que  havia previsão de chuva, porém não levei fé.
Já na oficina, fui percebendo a formação de nuvens, o céu escurecendo e logo iniciou-se uma ventania com pancadas "de banda", num ângulo de 45º.
Cerca de meia hora, água entrando pelas frestas, oficina fechada com clientes dentro, e então cessou.
Subi para casa num chuvisqueiro leve, aproveitei para fazer sopa de mandioca (a mandioca é o carboidrato primogênito do Brasil) com repolho & cia - se aguardar o frio, só farei sopinha ao fim de abril.
Não é que então a chuva voltou com tempestade elétrica? Fui tirando tudo das tomadas, catei minhas havaianas por proteção, e fiquei meio apavorada, apesar da família estar em casa!
É que o piscinão estava quase ao meio de água da primeira pancada e isso deve atrair raio "prá dedel"...
Só pude saber se a mãe estava em ordem mais de uma hora após - falar ao telefone é um perigo, com tempestade elétrica.
O banho? Só depois do risco passar. Ninguém prudente se enfia embaixo de chuveiro elétrico com relâmpagos à solta.
Nesta manhã, a criançada só falava na tempestade!
Imagem Google.

7.11.15

Ondas de calor, fogachos ou afrontamentos


Menopausa

A perimenopausa ou climatério chega para todas. As regras ficam irregulares e outras "cousitas" podem surgir. Ondas de calor, fogachos ou afrontamentos acometem 3 em cada 4 mulheres.
Desde fevereiro, por volta dos 50 anos e meio, eu comecei a perceber episódios de calor um pouco acentuados, que logo abrandavam.
Passei a acordar no meio da noite com a nuca suada, a ponto de ter que virar o travesseiro. Nada exagerado, apenas a sensação de que o ambiente ficou abafado.
Sempre fui mais friorenta que a média... Fiquei cabreira, só observando...
Então, aguardei o inverno e tudo transcorreu normalmente, entretanto sem aqueles instantes gélidos que eu costumava ter em outros invernos.
Será que as mudanças climáticas chegaram à Mantiqueira?
No mês passado, com as temperaturas subindo, atribuí os calores à elas. Chegaram as chuvas, refrescou, e os calores persistiram.
No fim de semana, senti calor aos 28 graus. Senti calor aos 22 graus! Em situações normais, sou fresca até aos 33 grauzinhos.
Tenho que admitir. São eles!
Pelo que pesquisei, duram em média 3 anos.
Para amenizar, deve-se evitar bebidas quentes; apimentados, cafeína e álcool; refrigerar os ambientes (quarto); beber muita água e colocar pouca roupa.
Sabe aquelas velhinhas assanhadas que vemos de perninhas de fora por aí? Pode ser mero efeito dos fogachos!
A flutuação dos níveis hormonais causa ondas de calor através do descompasso no mecanismo de controle térmico, gerado no hipotálamo. O corpo reage, em pouquíssimos minutos sente-se uma espécie de brisa.

Imagem Google.

2.11.15

"Hoje por mim; amanhã por ti"

Quem me acompanha sabe o quanto eu curto arte tumular. Curto conhecer cemitérios em todas as cidades onde me hospedo - só mais antigos (quanto mais antigo, mais peculiar e menor, melhor).
Há anos, quando estive hospedada em Conceição, para conhecer as vizinhas São João Del Rei e Tiradentes (mais caras), deparei-me com a frase do título na entrada do cemitério:
"Hoje por mim; amanhã por ti"!
No mínimo, uma colocação onde se debruçar, afinal é nossa única certeza - a efemeridade e fragilidade da vida... 
Então, por que agimos por vezes tão estupidamente, como se tivéssemos cá a eternidade?
Trata-se de um cemitério antiquíssimo; um muro peculiar com cerca de 70 cm de largura; tão pequenino e ainda não cheio, denotando o encolhimento da cidadezinha.
Foram-se tantas cidadezinhas, tantos cemitérios... Entretanto, hoje dia dos mortos, eu detesto visitar necrópoles. 
Assim como em qualquer data "festiva", datas-marco como dia dos pais, das mães são tumultuosas, estressantes. Toda aquela gentarada se acotovelando, agitação, cheiro de flores murchas, aquela disputa velada sobre qual túmulo da família recebe mais vasinhos, comércio, gente arrastando uma melancia tão grande que o peso denuncia a gula...
Em minha cidade, eu gosto mesmo de ir ao cemitério em dias normais, logo que abre às 6 h 00, ainda na penumbra, naquele sossego eremítico, apenas quebrado por esparsos idosos cá e acolá, visitando religiosamente os entes, sem atinar para a sua própria perecibilidade.
Imagem - cemitério local, com o tombado muro do séc. XVIII caiado em branco e portão azul real.