O papel da mulher na sociedade vem mudando paulatinamente, entretanto fazer bebês ainda é um de seus muitos atributos, e cada vez mais ela exige respeito à sua vontade.
Acompanhei de perto uma discussão calorosa sobre o tema, incluindo a visão religiosa, bolsa família, crianças com deficiências, desigualdade social.
Logicamente o debate deu em nada, pois cada um puxava veementemente a sardinha prá sua brasa.
A pessoa religiosa é contra todo tipo de assassinato, incluindo fetos de poucas semanas. Nem o estupro seria excessão.
O interlocutor bradava o "rombo" do programa Bolsa Família, o custo extra com crianças portadoras de deficiências e a desigualdade social que apenas aumenta sem permissão de aborto.
Ele lembrou também que a prática existe quase abertamente para ricos, em clínicas confiáveis. A religiosa se fez de desentendida.
Ah, não me contive e incluí uma exuberante pitada de pimenta para acirrar a dicotomia: Os "filhos do crack" e dados demográficos.
Sim, cada vez mais crianças cujas mães fizeram uso na gravidez nos chegam apresentando comportamentos difíceis, muitos com Transtorno Desafiador severo, comprometendo todo o grupo de colegas.
Por outro lado, a natalidade já vem diminuindo naturalmente, estamos bem abaixo da taxa de reposição, o que a longo prazo também torna-se problema pelo custo com o excesso de idosos (inativos).
Comentando sobre os países modernos que praticam o aborto, lembrei-me da Índia, tão populosa e socialmente não tão moderna. Sabia que permite, entretanto não tinha informações precisas.
Agora, vim à Net e descobri que desde 1971 o aborto é permitido naquele país nas seguintes condições:
2. Quando a saúde física ou mental da mulher está em risco durante a gravidez.
3. Quando o feto corre o risco de nascer com anomalias físicas ou mentais.
4. Caso a gestante contraia rubéola durante os 3 primeiros meses da gravidez.
5. Caso ela tenha gerado filhos com anomalias congênitas anteriormente.
6. Caso o feto tenha alguma doença sanguínea.
7. Caso o feto tenha sido exposto a radiação.
8. Caso a gravidez seja resultado de um estupro.
9. Caso a situação sócio-econômica da gestante venha a atrapalhar sua gestação.
10. Caso o anticoncepcional tenha falhado.
Creio que a superpopulação tenha levado os governantes a este desfecho. O problema é que a saturada rede pública de saúde deles não cobre o aborto. Também é sabido o quanto a mulher é discriminada lá. Então, abortos de menininhas acontecem porque sim...
Penso: A longo prazo, a China e Índia deverão importar mulheres casadeiras a peso de prata! É que quando implantamos determinadas medidas sempre haverá consequências: Boas e más.
Imagem Net
Oi, Cristina!
ResponderExcluirO Estado não deveria interferir tanto na vida das pessoas. O aborto deveria ser legalizado, mais por causa dos riscos que correm as mulheres que fazem aborto clandestino.
Sou contra o aborto e à morte das mulheres que muitas vezes são vítimas do próprio sistema em que vivem.
A igreja católica também é contra a pilula do dia seguinte?
Tem um lance na Índia muito parecido com a China com relação à mulher, mas também quanto à cor da pele. Os homens tendem a procurar mulheres mais claras e quando o casamento é com mulheres mais escuras, eles evitam ter filhos.
Beijus,
Oi, Luma!
ResponderExcluirTambém creio que deveria haver uma abertura maior. Quantas meninas de baixa renda engravidam com 14, 15 anos... E as usuárias de crack que se prostituem pela pedra!
Mais tarde a própria sociedade se deparará com esses adolescentes mal criados.
Creio que em tese, várias religiões sejam contra a púlula do dia seguinte e até mesmo a púlula anticoncepcional comum.
A discrepância na quantidade de homens e mulheres na China e Índia é grande e já traz consequências.
Beijão procê também
~
ResponderExcluir~ Em Portugal já passámos por períodos de discussões apaixonadas e acaloradas até à legalização.
~ Já não me recordo do prazo máximo, mas achei muito alargado, bom para fomentar o desleixo.
~ ~ Abraço, mulher. Repara no gmail - deixei uma homenagem. ~ ~
~~~~~~~
Olá, Majo!
ResponderExcluirNós estamos vivendo esta fase; o Brasil ainda não ouve suas mulheres para chegar a bom acordo.
Vou ao gmail ( me esqueço dele).
Que esse restinho de oito de março lhe seja tranquilo!