15.1.16

Gastrite, carboidrato e canela

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Fiotão se viu obrigado a mudar de emprego, como contei. No novo trabalho, o estresse era tanto, que antes de sair para trabalhar, ele tinha ruidosas ânsias de vômito (os "peões" são indisciplinados e os patrões querem resultados rápidos).
Aquilo mexeu comigo a ponto de atacar a gastrite nervosa (sou acidopata como dizem alguns médicos).
O maior bicho-papão da gastrite é o carboidrato, porque fermenta no estômago inflamado.
Importante tentar "visualizar" as paredes estomacais, quase em "carne-viva" para evitar alimentos perigosos.
Sofri mais de dez anos com gastrite. Professor é só estresse, aliado ao  meu TOC relacionado à escassez de tempo.
Com a reeducação alimentar e auto-observação, no início de 2014 a danada foi sumindo.
Nenhum médico sequer mencionou carboidrato, me enchiam de ranitidina e omeprazol, que eu  quase não tomava (detesto ser escrava de fármacos).
Nos episódios críticos, eu sentia "dor de vacuidade" - aquela dor gelada que nos acomete pela madrugada, com estômago vazio.
Eu, então, achava erroneamente que devia comer petiscar a cada duas horas durante o dia, para não deixar o estômago vazio nas crises.
No final de cada processo de fermentação estomacal, a dor voltava e eu a apaziguava com algum alimentozinho paliativo. 
Chegava a 10 noites consecutivas em crise, muito mal dormidas. O cansaço diurno era rotina.
Ingênua, eu cometia o absurdo de comer canjica (mucunzá), biscoito de polvilho, sopa de batata com tomate, leite gelado, sopinha de fubá, pão e bolachinhas, docinhos, pensando na digestão fácil.
A fermentação só piorava.
E como me curei nas últimas crises?
Retirei os carboidratos: amidos, sacarose (açúcar de mesa), frutose, lactose, celulose (couve refogada e saladas, nos casos de crise se tornam altamente indigestas).
Também as solanáceas, alimentos ácidos, fermentados e picantes: café, cebola, alho, cebolinha, rúcula, agrião, limão, pimenta, gengibre, citrus, maracujá, abacaxi, graviola...
Os amidos são terríveis. Fermentam e formam "um vulcão". Para mim, o pior é o milho, seguido da mandioca e então todos os outros.
O que comer então, Muié?
Não se assuste, a crise dura poucos (3) dias e retornamos à alimentação normal, deixando os amidos por último.
Entretanto, uma dieta excessivamente diversificada sobrecarrega um estômago convalescente... Administrar tantas enzimas é exaustivo para ele.
Desjejum: suco verde com mínimo de sal, sem fruta, gengibre ou limão; sem pepino (curcubitacina) - fundamental folhas de goiabeira. Chá de canela sem açúcar e não tão fervendo. Abacate puro. Goiaba liquidificada sem o miolo (muita frutose) - faz-se uma pastinha para comer de colher (sem liquidificar é indigesta) ou suco de goiaba natural sem adoçar. Ovos.
Almoço / jantar: Proteína - ensopadinhos bem cozidos de carnes naturais magras e peixe, com chicória sem o talo e alguns legumes - abobrinha, chuchu, couve-flor. Ovos.
Moderado - cenoura, beterraba, abóbora madura. Tudo só no sal (pouco) e ervas brandas, não picantes - salsa, orégano, louro.
Quiabo e vagem contém muita celulose, que o  intestino onívoro não digere, e nas crises causa gases estomacais. 
Fazer as três refeições em pequenas quantias. Lanches - evitar (dê descanso ao estômago doentio). Em último caso, repetir parte do desjejum.
Imprescindível - só água gelada com canela a cada meia hora  para curar o estômago, inclusive no meio da noite e muito chá de canela sem adoçar.
NÃO SUBESTIME A CANELA. ELA DÁ CONTA DO RECADO.
A bactéria E. coli infesta mais da metade da população do Brasil, sendo geralmente inofensiva. Ela se multiplica apenas nas crises de estresse (excesso de acidez). Se erradicada via antibióticos, pode se reintroduzir facilmente - está na natureza. 

Imagem Net.

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