7.1.21

Restrição de carboidratos para diabetes: desde 1700


A restrição de carboidratos, usada desde 1700 para prolongar a sobrevivência em pessoas com diabetes, caiu em desuso após a descoberta da insulina. 
Apesar dos dispendiosos desenvolvimentos farmacológicos e tecnológicos nas últimas décadas, as terapias atuais não alcançam resultados ideais.
A maioria das pessoas com diabetes continua sob alto risco de complicações micro e macrovasculares. 
Recentemente, as dietas com baixo teor de carboidratos recuperaram popularidade, com evidências preliminares de benefício para o peso corporal, hiperglicemia pós-prandial, hiperinsulinemia e outros fatores de risco cardiometabólico no diabetes tipo 2.
Com dados mais limitados, também há evidências preliminares no diabetes tipo 1. 
Estudos de alta qualidade e longo prazo são necessários para avaliar as preocupações com a segurança.
Podem determinar se esta abordagem dietética antiga ajuda pessoas com diabetes a atingir os alvos clínicos de forma mais eficaz e a um custo menor.

5.11.20

Em low carb, diabéticos economizam dinheiro com remédios.

 FONTE   É importante consultar os detalhes da fonte.


Insights de uma avaliação de serviço em clínica geral que apoia uma dieta baixa em carboidratos nos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e pré-diabetes.
É uma análise secundária com dados clínicos de rotina, incluindo HbA1c, peso e prescrição ao longo de 6 anos.

Conclusões:
Esta abordagem de aconselhamento dietético para reduzir carboidratos em pacientes com DM2 e pré-diabetes foi incorporada com sucesso aos cuidados primários de rotina ao longo de 6 anos. 
Houve melhorias estatisticamente significativas em ambos os grupos para peso, HbA1c, perfis lipídicos e pressão arterial, bem como economias significativas no orçamento de medicamento$. 
Esses resultados sugerem necessidade de outras pesquisas empíricas sobre efeitos da dieta com baixo carboidratos e controle glicêmico de longo prazo.
E ao mesmo tempo registram impactos colaterais positivos para outros resultados metabólicos na saúde.
O que o artigo adiciona:
Para aqueles que escolhem uma abordagem dietética com menos carboidratos por uma média de 23 meses, é possível atingir uma taxa de remissão de diabetes T2 livre de medicamentos de 46% nos cuidados primários no Reino Unido.
Em paralelo, consegue melhorias significativas no peso, pressão arterial e perfis lipídicos.
Em pacientes com pré-diabetes (HbA1c 42 a 48 mmol / mol), uma abordagem low carb reduziu a HbA1c para dentro de um limite não diabético em 93% dos pacientes.
A auditoria demonstrou participantes que começaram com os piores níveis de açúcar no sangue (HbA1c) e viram as maiores melhorias no controle do diabetes.

4.11.20

Alimento animal não contém antinutrientes.

Animais podem correr, morder, arranhar e voar para fugir de predadores. 
Não precisam empregar o tipo de guerra química passiva que a maioria das plantas usam para dissuadir a predação. 
Não podem se mover, então fabricam produtos químicos que irritam as vísceras ou envenenam diretamente os animais que procuram comê-las. 
Não há fitatos, lectinas (glúten), oxalatos, saponinas, solaninas, arsênio, cianeto e outros compostos problemáticos em um bife. 
Exceto por alergias e intolerâncias à carne vermelha, como surgidas na picada de carrapato lyme, a carne é totalmente segura.
E alguns nutrientes essenciais para a saúde só ocorrem em carnes, como creatina, carnosina, taurina ou vitamina B12. 
Quem não come carne, não obtém esses nutrientes condicionalmente essenciais sem depender de suplementação, que não existia a cem anos atrás.
Além de que os nutrientes animais são muito biodisponíveis. Nomeie qualquer nutriente e ele provavelmente será mais biodisponível na forma animal.
Nutrientes de plantas geralmente passam por um processo de conversão antes que humanos possam utilizá-los, e nem todo humano tem boa capacidade de converter. 
Enquanto isso, alimentos animais contêm nutrientes na forma perfeita para serem absorvidos por outros animais. 
Retinol é a “forma animal” da vitamina A, muito mais eficaz do que o beta-caroteno, a forma vegetal. 
Os ômega-3 de cadeia longa de frutos do mar são mais eficazes que os ômega-3 de cadeia mais curta encontrados nas plantas, que requerem a conversão na "forma animal" mais longa. 
Na evolução, características humanas se expandiram à medida que comíamos mais e mais carne, embora a causalidade não seja clara. 
O potencial genético para o crescimento cerebral já estava lá, mas permaneceu em silêncio até que essa dieta o catalisasse.
Até 2,5 milhões de anos, o cérebro hominídeo nunca ultrapassava os 600 cm3; meros 500 mil anos depois, o valor já se aproximava dos 1.000 cm3, cerca de 80% da média atual do Homo sapiens.
Bebês humanos tem um cérebro que equivale a 14% de seu peso, mas consome 75% da energia da criança. 
É a gordura estocada dos recém-nascidos, famosa por torná-los "fofinhos", que os ajuda a alimentar esse cérebro glutão.
Podem ser as proteínas e gorduras calóricas dos animais que estimularam a expansão do nosso cérebro. 
Pode ser que nosso desejo por carne necessitasse um cérebro expandido para aumentar a inteligência e astúcia na fabricação de ferramentas e habilidades de caça.
Talvez aqueles humanos cujos cérebros se expandiram, estivessem melhor adaptados à caça. Pode ser tudo isso de uma só vez.
Fato é que a arte rupestre não representa coleta de vegetais, e sim muitas cenas de caça.
Usados com parcimônia, vegetais são ótimos, até medicinais. Irão enriquecer a dieta e aliar micronutrientes valiosos, como o magnésio, além de ajudar na hormese.

22.9.20

Leite não te inflama e é benéfico?

 FONTE                Leia o texto completo. É rico.



O estudo citado acima mostra efeitos da ingestão de produtos lácteos e de proteínas lácteas na inflamação: uma revisão sistemática da literatura.

Evidências mostram que produtos lácteos ou proteínas lácteas não afetam adversamente os biomarcadores de inflamação em indivíduos saudáveis ​​e com sobrepeso ou obesos, e potencialmente fornece efeitos benéficos.

Resumo

A inflamação sistêmica está associada à obesidade e ao risco de doenças crônicas. 
A ingestão de alimentos lácteos está associada à redução do risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares; entretanto, o impacto dos laticínios sobre a inflamação não está bem estabelecido. 
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática para avaliar o efeito de produtos lácteos (leite, queijo e iogurte) e do consumo de proteínas lácteas, na inflamação sistêmica de baixo grau em adultos sem distúrbios inflamatórios graves. 
Uma pesquisa bibliográfica foi concluída em setembro de 2019 usando PubMed e CENTRAL, bem como a inspeção de listas de referência de artigos de revisão relevantes. 
A busca resultou na identificação de 27 ensaios clínicos randomizados que foram incluídos nesta análise. 
Nos 19 ensaios que avaliaram produtos lácteos, 10 não relataram nenhum efeito da intervenção, enquanto 8 relataram redução em pelo menos um biomarcador de inflamação. 
Todos os 8 estudos que investigaram a ingestão de proteína láctea em marcadores de inflamação não relataram nenhum efeito da intervenção. 
A literatura disponível sugere que os produtos lácteos e as proteínas lácteas têm efeitos neutros a benéficos sobre os biomarcadores da inflamação. 
Estudos clínicos adicionais projetados usando biomarcadores inflamatórios como o desfecho primário são necessários para elucidar completamente os efeitos da ingestão de laticínios na inflamação.

18.9.20

Na áfrica, cozia-se em águas termais antes do domínio do fogo.

 FONTE                              FONTE

Biomarcadores microbianos revelam uma paisagem hidrotermalmente ativa no desfiladeiro de Olduvai no amanhecer do Acheulean, África.








Reconstruções em escala de paisagem de ambientes antigos dentro do berço da humanidade podem revelar percepções sobre a relação entre os primeiros hominídeos e os recursos mutáveis ​​ao seu redor.
Muitos estudos do desfiladeiro de Olduvai durante o período Plioceno-Pleistoceno revelaram a presença de ciclos úmido-seco impulsionados pela precessão sobre uma tendência geral de aridificação, embora possam subestimar o impacto das condições de escala local sobre os primeiros hominídeos, que provavelmente experimentaram uma variação e mais dinâmica panorama. 
Biomarcadores de lipídios fósseis de plantas e micróbios antigos codificam informações sobre seus arredores por meio de suas estruturas e composição moleculares e, portanto, podem lançar luz sobre ambientes anteriores. 
Aqui, nós empregamos biomarcadores de lipídios fósseis para estudar a paleopaisagem no desfiladeiro de Olduvai no surgimento da tecnologia acheuliana, 1,7 Ma, através da camada inferior de arenitos augíticos. 
No contexto da expansão das savanas, nossos resultados representam um ecossistema de mosaico rico em recursos, povoado por rios alimentados com água subterrânea, plantas aquáticas, arbustos de angiosperma e plantas comestíveis. 
A evidência de uma paisagem geotermicamente ativa é relatada por meio de uma distribuição incomum de biomarcadores consistente com a presença de feições hidrotérmicas vistas hoje no Parque Nacional de Yellowstone. 
O estudo do hidrotermalismo em ambientes antigos e seu impacto na evolução dos hominídeos não foi abordado antes, embora a associação de nascentes termais nas proximidades de sítios arqueológicos aqui documentados também possa ser encontrada em outras localidades. 
As características e recursos hidrotérmicos presentes no desfiladeiro de Olduvai podem ter permitido que os primeiros hominídeos processassem termicamente plantas comestíveis e carne.

15.9.20

O sono em duas etapas

    FONTE                        E                      FONTE

Oito horas de sono contínuo é um padrão de descanso moderno e artificial. 
Algumas pessoas têm a sorte de se adaptar a ele, mas para muitos de nós, os genes se lembram de uma época diferente.
A noite costumava ser longa e aterrorizante, antes da luz elétrica. As pessoas iam para a cama mais cedo. A síndrome do pôr do sol pode vir desta época de noites perigosas.
Cavernas eram raras, e dormia-se em cantinhos, tocas, sobre as árvores (já sonhou que está caindo?)
Nossos ancestrais não podiam condensar o sono em um pacote eficiente de oito horas, de modo que desfrutavam de um sono bifásico.
As mulheres tinham um bebê atrás do outro. Os homens se revesavam na vigia, e as mocinhas, alimentando o fogo e evitando incêndios.
Consistia talvez em quatro horas do primeiro sono, depois duas horas de vigília e, em seguida, quatro horas do segundo sono. 
Há um ditado para quem dorme profundamente: "ele já está no segundo sono".
O período de vigília era gasto em oração, conversa, visita a vizinhos, artesanato e sexo. Foi até recomendado como a melhor hora para conceber um filho.
Estudos de sono segmentado detectaram um evento hormonal único que ocorre durante o período de vigília noturna. 
É um aumento no hormônio pituitário prolactina e pode melhorar nossa capacidade de adaptação ao estresse.
Não entre em pânico se acordar no meio da noite! Desfrute.
O historiador Roger Ekirch, professor do Departamento de História da Virginia Tech é autor do livro “At Day’s Close: Night in Times Past”.
Ele encontrou registros desse sono segmentado em obras antigas como o velho-testamento, a Odisséia de Homero, Dom Quixote, entre outros.
O atual sono condensado é eficiente em termos de tempo, mesmo que não seja ideal para a saúde.
Infelizmente, oito horas contínuas nem sempre é fácil. Os insones podem sentir angústia pela pressão social de "perder o sono". 
De acordo com o psicólogo do sono Gregg Jacobs: Acordar durante a noite faz parte da fisiologia humana normal.
Existem outras maneiras de descansar. Considere uma siesta e tente passar mais horas na cama para permitir um pouco de vigília noturna natural e benéfica.

Dezenove mitos relacionados à dieta a serem observados

 FONTE

Vá ao texto original para romper mitos!










Pensamentos finais:

A ciência nutricional é complexa, muitas vezes as coisas são nos tons de cinza em vez de preto ou branco.

Apesar disso, existem muitas afirmações fortes sobre diferentes alimentos e nutrientes, e saber no que acreditar pode ser difícil. 

Por esse motivo, é sempre bom fazermos pesquisas adicionais por conta própria, em vez de acreditar cegamente. 

Além disso, quando há pontos de vista fortes e opostos, a verdade geralmente está em algum lugar no meio dos dois.

O mesmo se aplica a muitos dos 'mitos da nutrição' mencionados no artigo da fonte.

31.8.20

Gelatina incolor sem sabor

 Gelatina Pura Em Pó Sem Sabor -gelita - 300g - R$ 28,85 em Mercado Livre

Quem não gosta de fazer caldo de ossos, pode utilizar a gelatina pura. É de fácil absorção e altamente saciante.
Veja o maravilhoso absurdo de 85g em proteína contida em 100 g. Os 15g restantes são os indispensáveis sais minerais.
O kg do pó de gelatina custa em torno de R$ 60,00 nas lojas de artigos para festas, ocasionando um mês de rico consumo.
Após hidratar em água morna, eu misturo ao kefir ou frutas e levo a gelar. Também coloco na sopa ou leite com café quentinho. 
É composta por 18 aminoácidos. A glicina é um de seus principais. Veja abaixo.

LINK

Para sobreviver, precisamos de carboidrato ou  gordura natural. Todavia, para prosperar carecemos muita proteína.
Só ela nos reconstrói continuamente, dia a dia, célula a célula. A proteína repara todo dano ocasionado ao corpo.

19.8.20

Toxinas Vegetais

FONTE

https://andreabisi.com.br/home/antinutrientes/

http://www.fernandamartins.pt/dicas/20-os-anti-nutrientes-fitatos-oxalatos-e-lectinas

 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52731999000100002

https://carnivoreaurelius.com/truth-about-vegetables/

Para se defender de serem comidas, as plantas produzem armadilhas tóxicas contra herbívoros e insetos.
Através da evolução, aquelas capazes de proteger seus descendentes, sobrevivem. É por isso que sementes podem ser a parte mais perigosa a comer.
Como acontece com a maioria das toxinas, a dose e frequência produzem veneno / remédio. É o efeito Hormose.
O cozimento, demolhagem, fermentação e germinação podem reduzir muito o efeito de antinutrientes.
Danos crônicos leves devidos à prolongada ingestão de são difíceis de se avaliar. Eis alguns:

Saponina: uma classe de compostos de sabor amargo que produzem espuma semelhante a sabão. Fontes: quinoa, aveia, leguminosas, espinafre, curcubitáceas, dentre outros.
Basta cortar a ponta de um pepino bem fresco e esfregá-la ao próprio pepino. A espuma se formará rapidamente, é o que o torna indigesto, sobretudo se consumido com alimentos gordurosos.
Saponinas interrompem o metabolismo da gordura: pesquisas mostram que as saponinas em alimentos vegetais podem interferir na absorção e digestão de glicose, proteína e vitaminas A, B12, D e E.
Resultados de estudos indicam que saponinas aumentam a permeabilidade das células da mucosa do intestino delgado, inibindo o transporte de nutrientes ativos e facilitando a absorção de materiais aos quais o intestino normalmente seria impermeável.
Saponinas têm um efeito fitoestrogênico e podem atuar como um desregulador endócrino. Em homens, podem reduzir os níveis de testosterona e diminuir a contagem de espermatozoides. 
Oxalato (ácido oxálico): encontrado em oleaginosas, amendoim, grãos, batata-doce, vagem, verduras, carambola e outros.Riscos: 80% das pedras nos rins são por de oxalatos de cálcio; níveis de oxalato no sangue são 3 vezes mais altos em autistas; os oxalatos se ligam a minerais como cálcio e magnésio, reduzindo a absorção; dor nas articulações; problemas de pele e olhos; fadiga crônica.
Goitrogênico: Dificulta a absorção de iodo, inibe a ação da tireóide. Pode causar bócio, ganho de peso, pele seca, depressão, sensibilidade ao frio, hipotireoidismo, hipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto, e até câncer da tireoide.
Os principais vegetais são as brássicas (crucíferas): repolho, brócolis, couves, couve-flor, couve de Bruxelas, nabo, rabanete, mostarda.
Fitato (ácido fítico): encontrado em sementes, bloqueia a absorção de ferro, zinco e magnésio.
Presente nas leguminosas como feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, fava, em oleaginosas, cereais como arroz, trigo, milho, aveia, centeio e seus farelos, amendoim, tofu, linhaça, farinha de soja.
Lectina: proteína inflamatória de sementes que podem agravar doenças autoimunes; depressão; resistência à insulina; obesidade - se liga aos receptores de leptina, diminuindo a saciedade; causa desconforto digestivo e pode até abrir o revestimento do intestino, como o glúten ( uma lectina). 
Solanina: encontrada em tomate, batata, pimentão e pimentas, berinjela, jiló, jurubeba, goji berry.
É inflamatória, podendo causar gastrite, artrite, agravar doenças autoimunes, irritar o intestino.
Acumula-se na casca, sendo de sabor amargo. Os produtos mais maduros contém baixa concentração. É nítido observar a diferença digestiva entre pimentão verde e maduro.
Tanino: presente em fibras e cascas de quase todos os vegetais, inibe determinadas enzimas, influencia negativamente a digestibilidade de proteínas e também inibe significativamente a absorção de ferro.
Em frutas meio verdes, o tanino "amarra" a boca (caqui, caju).
Maior concentração: leguminosas, cereais, vegetais verdes, café, chá, cidra, vinho.
É usado na indústria para produzir vinho, curtir couro, coagular goma, estabilizar cerveja, tratar água.
Na planta, está relacionado ao processo de cicatrização.
Decifrando os taninos no vinho - Fashionismo